---📖 Aplicação prática dos dons de Romanos 12:6-8 com múltiplas referências bíblicas>
--- 📖 Aplicação prática dos dons de Romanos 12:6-8 com múltiplas referências bíblicas >s
> Romanos 12:6-8 (ARA)
> “Tendo, porém, diferentes dons, segundo a graça que nos foi dada, se profecia, seja ela segundo a proporção da fé; se ministério, dediquemo-nos ao ministério; ou o que ensina, esmere-se no fazê-lo; o que exorta, faça-o com dedicação; o que contribui, com liberalidade; o que preside, com zelo; quem exerce misericórdia, com alegria.”
>
1. Profecia – Falar da parte de Deus com fidelidade
📍 Ágabo
> Atos 11:28 – “Levantando-se um deles, chamado Ágabo, dava a entender pelo Espírito que haveria uma grande fome [...]”
>
📍 Ágabo novamente
> Atos 21:10-11 – “Ágabo tomou o cinto de Paulo, amarrou os próprios pés e mãos, e disse: Assim diz o Espírito Santo [...]”
>
📍 Os filhos de Filipe, o evangelista
> Atos 21:9 – “Tinha este quatro filhas virgens, que profetizavam.”
>
📍 Profetas em Antioquia
> Atos 13:1 – “Na igreja que estava em Antioquia havia profetas e mestres [...]”
>
2. Ministério (serviço) – Suprir necessidades práticas da igreja
📍 Febe
> Romanos 16:1-2 – “Nossa irmã Febe, que está servindo à igreja [...] porque tem sido protetora de muitos [...]”
>
📍 Sete escolhidos para servir às mesas
> Atos 6:2-3 – “Não é razoável que nós abandonemos a palavra [...] Escolhei, pois, irmãos, sete homens de boa reputação [...] para que se encarreguem desse serviço.”
>
📍 Dorcas (Tabita)
> Atos 9:36-39 – “Era notável pelas boas obras e esmolas que fazia [...] e todas as viúvas choravam, mostrando as túnicas que Dorcas fizera [...]”
>
3. Ensino – Explicar a Palavra de Deus com clareza
📍 Apolo
> Atos 18:24-25 – “Apolo, homem eloquente e poderoso nas Escrituras [...] ensinava com precisão a respeito de Jesus [...]”
>
📍 Escribas instruídos por Jesus
> Mateus 13:52 – “Todo escriba instruído acerca do reino dos céus é semelhante a um pai de família [...]”
>
📍 Presbíteros que trabalham no ensino
> 1 Timóteo 5:17 – “Devem ser considerados merecedores de dobrados honorários os presbíteros que presidem bem, com especialidade os que se afadigam na palavra e no ensino.”
>
📍 Timóteo
> 2 Timóteo 2:2 – “O que de mim ouviste [...] transmite a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem a outros.”
>
4. Exortação (encorajamento) – Fortalecer, consolar, firmar o ânimo
📍 Barnabé
> Atos 11:23 – “Exortava a todos a que, com firmeza de coração, permanecessem no Senhor.”
>
📍 Barnabé (filho da consolação)
> Atos 4:36 – “José, cognominado Barnabé, que quer dizer filho da consolação [...]”
>
📍 Paulo
> 1 Tessalonicenses 2:11-12 – “Assim como sabeis que procedemos para convosco, exortando-vos e consolando-vos [...]”
>
📍 Judas e Silas
> Atos 15:32 – “E Judas e Silas, que também eram profetas, exortaram e fortaleceram os irmãos com muitas palavras.”
>
5. Contribuição (dar) – Generosidade prática e voluntária
📍 Crentes da Macedônia
> 2 Coríntios 8:2-3 – “Mesmo em profunda pobreza, superabundaram em generosidade [...]”
>
📍 Cornélio
> Atos 10:2-4 – “Fazia muitas esmolas ao povo, e de contínuo orava a Deus [...] as tuas esmolas [...] subiram para memória diante de Deus.”
>
📍 Cristãos de Jerusalém
> Atos 2:44-45 – “Vendiam suas propriedades e bens, distribuindo o produto entre todos [...]”
>
📍 Maria, mãe de João Marcos
> Atos 12:12 – “Foi à casa de Maria, mãe de João [...] onde muitas pessoas estavam reunidas orando.”
>
6. Presidir (liderar) – Conduzir a igreja com zelo e responsabilidade
📍 Presbíteros de Éfeso
> Atos 20:28 – “O Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastoreardes a igreja de Deus [...]”
>
📍 Tito
> Tito 1:5 – “Por esta causa te deixei em Creta, para que pusesses em ordem as coisas restantes [...] e estabelecesses presbíteros em cada cidade.”
>
📍 Os que governam bem
> 1 Timóteo 5:17 – “Os presbíteros que presidem bem [...]”
>
📍 Anciãos que conduziam decisões da igreja
> Atos 15:6 – “Congregaram-se os apóstolos e os anciãos para examinar a questão.”
>
7. Misericórdia – Ação compassiva em favor dos necessitados (Atos e Epístolas)
📍 Dorcas (Tabita)
> Atos 9:36-39 – “Era notável pelas boas obras e esmolas que fazia [...] todas as viúvas choravam, mostrando as túnicas que Dorcas fizera [...]”
>
📍 Crentes em Jerusalém
> Atos 2:45 – “Vendiam suas propriedades e bens, distribuindo o produto entre todos, à medida que alguém tinha necessidade.”
> Atos 4:34-35 – “Não havia entre eles necessitado algum [...] se fazia a distribuição a cada um, conforme a necessidade que cada um tinha.”
>
📍 Ofertas para os santos necessitados da Judeia
> Atos 11:29-30 – “Os discípulos, cada um conforme suas posses, resolveram enviar socorro aos irmãos que moravam na Judeia.”
>
📍 Paulo incentivando atos de misericórdia
> Gálatas 2:10 – “Recomendaram-nos somente que nos lembrássemos dos pobres, o que também me esforcei por fazer.”
>
📍 Coleta entre as igrejas gentílicas para os pobres
> 2 Coríntios 9:1,12 – “Quanto à assistência a favor dos santos [...] o serviço desta assistência não só supre as necessidades dos santos, mas também redunda em muitas graças a Deus.”
>
📍 Paulo descrevendo o valor da misericórdia em ação
> Romanos 12:13 – “Compartilhai as necessidades dos santos; praticai a hospitalidade.”
> Romanos 15:26 – “A Macedônia e a Acaia se comprazem em levantar uma coleta para os pobres dentre os santos que vivem em Jerusalém.”
>
📍 Timóteo orientado sobre viúvas verdadeiramente necessitadas
> 1 Timóteo 5:3-10 – “Honra as viúvas verdadeiramente necessitadas [...] se tiver testemunho de boas obras [...] socorro a aflitos [...]”
>
📍 Exortação à compaixão ativa
> Colossenses 3:12 – “Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus [...] de entranhas de misericórdia, de benignidade [...]”
> Efésios 4:32 – “Sede uns para com os outros benignos, misericordiosos [...]”
>
É o Espírito Santo quem opera os dons de Romanos 12?
Introdução
Em Romanos 12:6-8, o apóstolo Paulo apresenta uma lista de dons concedidos aos membros da igreja para o serviço mútuo no Corpo de Cristo. Embora o texto de Romanos 12 não mencione diretamente o Espírito Santo como o doador ou operador desses dons, as Escrituras, ao serem consideradas em conjunto, revelam de forma clara que os dons ali mencionados são, sim, manifestações da operação do Espírito Santo. Para demonstrar isso, é necessário comparar Romanos 12 com outras passagens que tratam da origem, da distribuição e da operação dos dons espirituais.
1. O Espírito é a fonte dos dons, dos serviços e das operações
A primeira evidência direta encontra-se em 1 Coríntios 12:4-6, onde Paulo afirma:
> “Ora, os dons são diversos, mas o Espírito é o mesmo. E há diversidade nos serviços, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade nas realizações, mas o mesmo Deus é quem opera tudo em todos.” (1 Coríntios 12:4-6)
>
Aqui Paulo ensina que:
* Os dons procedem do Espírito Santo.
* Os serviços (ministérios) procedem do Senhor (Jesus Cristo).
* As operações (resultados) procedem de Deus Pai.
Dessa forma, mesmo que Romanos 12 enfatize os dons “segundo a graça que nos foi dada”, como veremos a seguir, é evidente que todos os dons, incluindo os de serviço, vêm do Espírito.
2. Os dons de Romanos 12 são dados segundo a graça — e a graça é operada pelo Espírito
Paulo afirma:
> “Tendo, porém, diferentes dons, segundo a graça que nos foi dada, usemo-los: se profecia, seja ela segundo a proporção da fé; se ministério, dediquemo-nos ao ministério [...]” (Romanos 12:6)
>
A palavra “graça” aqui é fundamental. Paulo afirma que os dons são resultado da graça recebida por cada um. Ora, a Escritura afirma que essa graça se manifesta através do dom de Cristo e do Espírito Santo.
> “E a graça foi concedida a cada um de nós, segundo a medida do dom de Cristo.” (Efésios 4:7)
>
> “Deus também testificou juntamente com eles, por sinais e prodígios, e por vários milagres, e por dons do Espírito Santo, distribuídos segundo a sua vontade.” (Hebreus 2:4)
>
> “Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus.” (1 Pedro 4:10)
>
A conclusão é inevitável: se os dons de Romanos 12 vêm “segundo a graça”, e essa graça é manifesta por meio da distribuição dos dons do Espírito, então os dons de Romanos 12 são, sim, operações do Espírito Santo.
3. Toda manifestação no corpo é do Espírito, inclusive os dons de serviço
Paulo deixa claro:
> “A cada um, porém, é dada a manifestação do Espírito, visando a um fim proveitoso.” (1 Coríntios 12:7)
>
Mesmo quando os dons se apresentam como ações cotidianas e não espetaculares (ensino, serviço, contribuição, misericórdia), ainda assim são manifestações do Espírito. A manifestação espiritual não se limita a milagres e línguas, mas inclui todas as formas pelas quais o Espírito atua na igreja por meio dos membros.
Além disso:
> “Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade.” (Colossenses 3:12)
>
> “Sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros [...]” (Efésios 4:32)
>
Essas exortações mostram que até mesmo a misericórdia, listada como dom em Romanos 12:8, é expressão do novo homem criado segundo Deus, operado pela ação do Espírito Santo.
4. Todos os dons, mesmo distintos, têm a mesma origem: o Espírito
Ainda em 1 Coríntios 12, Paulo afirma de maneira conclusiva:
> “Mas um só e o mesmo Espírito realiza todas estas coisas, distribuindo-as, como lhe apraz, a cada um, individualmente.” (1 Coríntios 12:11)
>
E também:
> “Mas agora Deus dispôs os membros no corpo, cada um deles como quis.” (1 Coríntios 12:18)
>
Embora 1 Coríntios 12 mencione os dons de manifestação, a lógica espiritual se aplica também aos dons de serviço e motivacionais de Romanos 12: tudo é distribuído conforme a vontade soberana de Deus, pelo Espírito, para edificação do corpo de Cristo.
Conclusão
Embora Romanos 12:6-8 não mencione explicitamente o Espírito Santo como operador dos dons ali listados, as Escrituras deixam claro que:
* Os dons são diferentes, mas vêm do mesmo Espírito (1Co 12:4);
* A graça que distribui dons é dada conforme o dom de Cristo e do Espírito (Ef 4:7; Hb 2:4);
* Toda manifestação verdadeira na igreja é manifestação do Espírito (1Co 12:7);
* Até os dons de serviço e misericórdia são fruto da nova vida operada pelo Espírito (Cl 3:12; Ef 4:32);
* O mesmo Espírito realiza todas estas coisas (1Co 12:11).
Portanto, é bíblico afirmar que os dons listados em Romanos 12 são sim operados pelo Espírito Santo, ainda que não sejam manifestações espetaculares, pois fazem parte da graça multiforme de Deus derramada sobre a igreja por meio do Seu Espírito.
A Soberania de Deus na Salvação e na Distribuição dos Dons
1. A Graça de Deus e a Salvação: Um Dom Imerecido
A salvação é chamada de "dom de Deus" (Romanos 6:23), sendo, portanto, algo gratuito, não merecido e não conquistado por obras. A graça não é uma recompensa, mas um presente soberanamente oferecido. Como está escrito:
> “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus; sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus” (Romanos 3:23-24)
>
Essa justificação não é por méritos humanos, mas por iniciativa soberana de Deus:
> “Logo a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus” (Romanos 10:17)
>
A fé não é algo que o homem gera em si mesmo, mas vem pela pregação da Palavra. Deus decide quem ouve e quem crê. Isso mostra que até mesmo o ouvir com fé é dado por Deus:
> “Logo, pois, a fé vem pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus. Mas digo: Porventura não ouviram? Sim, por certo...” (Romanos 10:17-18)
>
A fé não é algo que o homem produz; ela é resultado de uma ação divina anterior.
2. A Soberania de Deus no Chamado e na Justificação
A salvação segue uma ordem que tem origem no próprio conselho de Deus:
> “Porque os que dantes conheceu também os predestinou... e aos que predestinou a estes também chamou; e aos que chamou a estes também justificou; e aos que justificou a estes também glorificou” (Romanos 8:29-30)
>
Note que o início do processo é a ação de Deus, que conhece, predestina, chama, justifica e glorifica. O homem apenas recebe. Tudo é conduzido por Deus, de forma unilateral, soberana e graciosa.
> “De sorte que não é do que quer, nem do que corre, mas de Deus que se compadece” (Romanos 9:16)
>
Ou seja, a vontade e o esforço humano não podem alcançar a salvação. Ela depende unicamente da misericórdia divina. Isso é reafirmado:
> “Logo, pois, isto não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus que se compadece” (Romanos 9:16)
> “Logo, pois, compadece-se de quem quer, e endurece a quem quer” (Romanos 9:18)
>
Essa é a essência da soberania: Deus dá a quem Ele quiser, quando quiser, da forma que quiser.
3. A Distribuição dos Dons Também É Soberana
Da mesma forma como Deus dá a salvação a quem Ele quer, Ele também distribui os dons espirituais com base em sua soberania, não em mérito humano. A única condição é receber.
Em Romanos 12, o apóstolo Paulo mostra que cada crente tem dons diferentes, segundo a graça que lhes foi dada:
> “Porque assim como em um corpo temos muitos membros, e nem todos os membros têm a mesma operação, assim nós, que somos muitos, somos um só corpo em Cristo, mas individualmente somos membros uns dos outros. De modo que, tendo diferentes dons segundo a graça que nos é dada...” (Romanos 12:4-6a)
>
Os dons são dados “segundo a graça”, não segundo obras. O texto continua:
> “...se é profecia, seja ela segundo a medida da fé; se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino; ou o que exorta, use esse dom em exortar...” (Romanos 12:6b-8a)
>
A única condição apresentada é: usar aquilo que se recebeu. Não há exigência de mérito, jejum, santificação prévia ou esforço para conquistar dons. O dom é dado e deve ser usado.
4. O Paralelo entre Salvação e Dons: Ambos São Dons, Ambos São Pela Graça
Tanto a salvação quanto os dons são chamados de “dom” ou “graça”. Isso estabelece um paralelo inevitável:
* Ambos vêm de Deus.
* Ambos são gratuitos.
* Ambos não dependem de esforço humano.
* Ambos são distribuídos soberanamente.
* Ambos requerem apenas uma coisa: receber.
O mesmo Deus que chama quem quer para a salvação (Romanos 9), também concede os dons conforme quer (Romanos 12). Ele é soberano em todas as Suas decisões:
> “Quem és tu, ó homem, que a Deus replicas? Porventura a coisa formada dirá ao que a formou: Por que me fizeste assim?” (Romanos 9:20)
>
Aplicando o mesmo princípio aos dons:
> “Porventura o que tem o dom da profecia, ou da palavra, ou do ensino, pode exigir outro dom? Ou reclamar sua ausência em alguém? Não. Deus distribui como quer.”
>
Assim como a salvação não é conquistada, os dons também não são:
> “Mas, que diz? A palavra está junto de ti, na tua boca e no teu coração; esta é a palavra da fé, que pregamos...” (Romanos 10:8)
>
A fé vem da Palavra, e os dons são resultado da graça. Tudo parte de Deus e só exige uma coisa do homem: receber.
5. Conclusão: A Soberania de Deus é a Fonte de Tudo
Tanto a salvação quanto os dons espirituais são fruto exclusivo da vontade soberana de Deus. Romanos deixa isso claro:
> “Porque dele, e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém” (Romanos 11:36)
>
O homem não pode se gloriar em nada, pois nada é conquistado por ele. A única atitude exigida é a fé receptiva. Tudo o que é bom, tudo o que salva, tudo o que edifica — vem de Deus, por Deus e para Deus.
Algo similar acontece na parábola dos 10 talentos (Mateus 25). Os talentos, nesse contexto, representam a responsabilidade individual de cada um em ouvir a palavra. Isto é, o dom ali tratado é a salvação. O Senhor distribui talentos a cada um segundo a capacidade de cada um:
> Mateus 25:15 – “[15] A um deu cinco talentos; a outro, dois; e a outro, um, segundo a capacidade de cada um. Depois partiu.”
>
Em seguida, os talentos se multiplicam na mão de cada um, exceto na mão do servo que recebeu um talento, pois ele considerou que o Senhor dele era “rigoroso” e “duro”.
Ora, quando o Senhor chegou, Ele deu o mesmo louvor a ambos os servos, exceto ao servo cujo talento ele enterrou e não multiplicou. O Senhor replica:
> Mateus 25:26-27 – “[26] Respondeu-lhe seu senhor: – Servo mau e preguiçoso! Sabias que colho onde não semeei e que recolho onde não espalhei. [27] Devias, pois, levar meu dinheiro ao banco e, à minha volta, eu receberia com os juros o que é meu.”
>
Isto é, havia mais de um jeito de multiplicar o talento. Mas o servo mau o enterrou!
O que aconteceu aqui é algo parecido com o dom da salvação: ele não precisava se esforçar, era só confiar no banqueiro. Em outras palavras, era só receber o dom gratuito da salvação, porém ele negligenciou! O que aconteceu? O Senhor tomou o talento dele e o deu ao que tinha 10 talentos, e lançou o servo negligente nas trevas exteriores.
Isso é, o Senhor não tratou todos igualmente, Ele os tratou com uma justiça proporcional. Ou seja, ao que precisava de pouco, o Senhor deu-lhe pouco; ao que precisava de muito, o Senhor deu-lhe muito, para que houvesse igualdade entre os servos. Ou seja, o que recebeu mais um talento não foi porque deu o dobro de talentos em relação ao segundo depois dele, o Senhor deu-lhe mais um talento para que, no final, os dois servos estivessem na mesma condição e tivessem igual cuidado um com o outro.
Essa não é uma lição de salvação baseada em fidelidade. Pelo contrário, o mais fiel da história retratada é o senhor da terra! A fidelidade é uma consequência da salvação, e não o inverso. Essa é uma parábola que nos fala de soberania e responsabilidade. Não responder às investidas do Espírito Santo trará consequências eternas aos que negligenciam o dom da salvação. Quão profunda é essa passagem, ela merece a nossa atenção.
1 Coríntios 12:23-24
> “[23] E os membros do corpo que temos por menos honrosos, a esses cobrimos com mais decoro. Os que em nós são menos decentes, recatamo-los com maior empenho, [24] ao passo que os membros decentes não reclamam tal cuidado. Deus dispôs o corpo de tal modo que deu maior honra aos membros que não a têm.”
>
Devo pedir algum dom a Deus?
A resposta é um inequívoco Não. Deus não é um mago da lâmpada ou algum guru que faz o que queremos na hora que queremos. Devemos sim estar prontos para receber, e pedirmos os dons/dom da salvação espiritual não por nós ou para proveito próprio, mas sim que Deus manifeste seus presentes a quem Ele decidir presentear, e orar para que as pessoas recebam esse dom. Esse princípio vale tanto para os dons espirituais quanto para o dom da salvação, pois receber é a única condição estabelecida por Deus para se receber. Isso vale para qualquer dádiva divina.
Talvez alguém interprete mal, então vou ratificar:
Não peça a salvação, aceite a salvação. O dom gratuito de Deus, pois Deus quer que você aceite!
1 Timóteo 2:3-6
> “[3] Isto é bom e agradável diante de Deus, nosso Salvador, [4] o qual deseja que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade. [5] Porque há um só Deus e há um só mediador entre Deus e os homens: Jesus Cristo, homem, [6] que se entregou como resgate por todos. Tal é o fato, atestado em seu tempo;”
>
Deus quer te dar a salvação, você não precisa pedir. O dom da salvação é algo que Deus está lhe dando, agora e já. Não é preciso entender, é preciso confiar. E depois que já recebeu, aí sim vai poder pedir para os outros.
Já os dons, Deus os repartiu como Ele quis repartir. Deus não distribui dons igualmente a todos, Ele dá dons a quem Ele decide dar o dom, para que haja igualdade, e não igualmente! É muito importante você entender essa distinção.
Igualdade
Significa tratar todos da mesma forma, com as mesmas regras, recursos ou condições — sem levar em conta diferenças individuais.
Equidade
Significa tratar cada um conforme sua necessidade, situação ou capacidade, de forma justa e proporcional, para que todos tenham as mesmas oportunidades de resultado justo.
📌 Princípio: "Tratar de forma justa, não necessariamente igual."
Exemplo prático:
Dar mais alimento para quem está faminto e menos para quem está satisfeito, garantindo que todos estejam bem alimentados ao final.
Leia 1 Coríntios 12 para entender melhor.
1 Coríntios 12:22-27
> “[22] Antes, pelo contrário, os membros do corpo que parecem os mais fracos, são os mais necessários. [23] E os membros do corpo que temos por menos honrosos, a esses cobrimos com mais decoro. Os que em nós são menos decentes, recatamo-los com maior empenho, [24] ao passo que os membros decentes não reclamam tal cuidado. Deus dispôs o corpo de tal modo que deu maior honra aos membros que não a têm, [25] para que não haja dissensões no corpo e que os membros tenham o mesmo cuidado uns para com os outros. [26] Se um membro sofre, todos os membros padecem com ele; e se um membro é tratado com carinho, todos os outros se congratulam por ele. [27] Ora, vós sois o corpo de Cristo e cada um, de sua parte, é um dos seus membros.”
>
Então, é válido receber o dom seja ele qual for. O critério muda se a disposição para dar o dom for outra. Por exemplo:
Você quer um dom ou uma dádiva espiritual. Você deve pedir a Deus a solução e não o dom em si, pois o dom vem para solucionar algum problema espiritual ou até dar mais cuidado ao que tem falta de cuidado. Então, não seja egoísta, esteja pronto para ser usado por Deus, e peça que Deus utilize os outros como você mesmo quer ser utilizado por Ele. Os dons espirituais nos conduzem à santidade, ao passo que, alcançada a santidade, cessa a utilidade dos dons.
1 Coríntios 13:11
> “[11] Quando eu era criança, falava como criança, pensava como criança, raciocinava como criança. Desde que me tornei homem, eliminei as coisas de criança.”
>
Efésios 4:11-32
> “[11] A uns ele constituiu apóstolos; a outros, profetas; a outros, evangelistas, pastores, doutores, [12] para o aperfeiçoamento dos cristãos, para o desempenho da tarefa que visa à construção do corpo de Cristo, [13] até que todos tenhamos chegado à unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, até atingirmos o estado de homem feito, a estatura da maturidade de Cristo. [14] Para que não continuemos crianças ao sabor das ondas, agitados por qualquer sopro de doutrina, ao capricho da malignidade dos homens e de seus artifícios enganadores. [15] Mas, pela prática sincera da caridade, cresçamos em todos os sentidos, naquele que é a cabeça, Cristo. [16] É por ele que todo o corpo - coordenado e unido por conexões que estão ao seu dispor, trabalhando cada um conforme a atividade que lhe é própria - efetua esse crescimento, visando a sua plena edificação na caridade. [17] Portanto, eis o que digo e conjuro no Senhor: não persistais em viver como os pagãos, que andam à mercê de suas ideias frívolas. [18] Têm o entendimento obscurecido. Sua ignorância e o endurecimento de seu coração mantêm-nos afastados da vida de Deus. [19] Indolentes, entregaram-se à dissolução, à prática apaixonada de toda espécie de impureza. [20] Vós, porém, não foi para isto que vos tornastes discípulos de Cristo, [21] se é que o ouvistes e dele aprendestes, como convém à verdade em Jesus. [22] Renunciai à vida passada, despojai-vos do homem velho, corrompido pelas concupiscências enganadoras. [23] Renovai sem cessar o sentimento da vossa alma, [24] e revesti-vos do homem novo, criado à imagem de Deus, em verdadeira justiça e santidade. [25] Por isso, renunciai à mentira. Fale cada um a seu próximo a verdade, pois somos membros uns dos outros. [26] Mesmo em cólera, não pequeis. Não se ponha o sol sobre o vosso ressentimento. [27] Não deis lugar ao demônio. [28] Quem era ladrão não torne a roubar, antes trabalhe seriamente por realizar o bem com as suas próprias mãos, para ter com que socorrer os necessitados. [29] Nenhuma palavra má saia da vossa boca, mas só a que for útil para a edificação, sempre que for possível, e benfazeja aos que ouvem. [30] Não contristeis o Espírito Santo de Deus, com o qual estais selados para o dia da Redenção. [31] Toda amargura, ira, indignação, gritaria e calúnia sejam desterradas do meio de vós, bem como toda malícia. [32] Antes, sede uns com os outros bondosos e compassivos. Perdoai-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou, em Cristo.
---
1. Difusão do Evangelho
Como a má interpretação prejudica este ponto:
Quando se entende mal que os dons são distribuídos soberanamente por Deus e não pelo esforço humano, corre-se o risco de centralizar o serviço cristão apenas em manifestações espetaculares ou em determinados dons “visíveis”, como profecia e milagres, em detrimento dos dons de ensino, misericórdia, contribuição, exortação e ministério. Isso limita o alcance da mensagem, pois Deus quer usar todo o corpo (1Co 12:7, 22-27) para edificação mútua e expansão do Evangelho.
> Por exemplo, se alguém despreza o dom de ensinar, como o de Apolo (At 18:24-25), ou o de exortar, como o de Barnabé (At 11:23), e espera só dons sobrenaturais para agir, ele bloqueia meios legítimos e bíblicos pelos quais o evangelho é propagado.
> Além disso, negligenciar a soberania de Deus na concessão dos dons faz com que muitos se frustrem por não receberem aquilo que desejam, e desistam de cumprir sua missão, quando, na verdade, já foram capacitados por Deus com aquilo que Ele quis distribuir (Rm 12:6; 1Co 12:11).
Conclusão: Uma má compreensão rompe com a difusão do evangelho, pois desacredita os meios ordinários e equilibrados estabelecidos por Deus para esse fim.
---
2. Glória a Deus
Como a má interpretação prejudica este ponto:
Quando se acredita que dons são conquistados por mérito (esforço, santidade, jejum, consagração), isso inevitavelmente rouba a glória de Deus e coloca o foco na capacidade humana. Paulo é enfático:
> “Logo, pois, isto não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus que se compadece.” (Rm 9:16)
> “Mas um só e o mesmo Espírito realiza todas estas coisas, distribuindo-as, como lhe apraz, a cada um, individualmente.” (1Co 12:11)
Ao transformar o dom em uma recompensa espiritual, o crente assume a glória para si, mesmo que inconscientemente. Essa distorção invalida a essência da graça, pois:
> “Porque dele, e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém.” (Rm 11:36)
Conclusão: A má compreensão que atribui a posse de dons à conquista humana invalida a glória devida exclusivamente a Deus.
---
3. Utilidade para si mesmo (edificação pessoal legítima)
Como a má interpretação prejudica este ponto:
Crer que os dons devem ser buscados e obtidos por mérito ou esforço pessoal, e não recebidos pela graça, gera frustração espiritual, insegurança e até culpa injustificada. Muitos podem se sentir espiritualmente inferiores por não manifestarem certos dons, como o de línguas, profecia ou cura.
Isso distorce a verdade bíblica de que:
> “A cada um, porém, é dada a manifestação do Espírito, visando a um fim proveitoso.” (1Co 12:7)
> “Compartilhai as necessidades dos santos; praticai a hospitalidade.” (Rm 12:13)
Todos os dons edificam quem os exerce. Mesmo a misericórdia, o serviço prático ou a generosidade silenciosa, como o exemplo de Dorcas (At 9:36-39), são instrumentos de edificação pessoal, pois permitem à pessoa participar da graça de Deus de forma ativa e digna.
Conclusão: Quando se desprezam esses dons e se busca apenas os “maiores”, perde-se a bênção individual que cada dom gera ao ser exercido segundo a medida da fé (Rm 12:6).
---
4. Utilidade para o próximo (edificação mútua)
Como a má interpretação prejudica este ponto:
A visão errada de que apenas alguns dons “espirituais” são úteis leva a uma igreja desequilibrada. Muitos deixam de servir por acharem que não foram “ungidos”, quando, na verdade, já receberam de Deus o necessário.
> “Se é ministério, dediquemo-nos ao ministério; [...] quem exerce misericórdia, com alegria.” (Rm 12:7-8)
> “Deus dispôs o corpo [...] para que os membros tenham o mesmo cuidado uns para com os outros.” (1Co 12:25)
Além disso, quando se busca dons para si, com motivações egoístas, ao invés de buscar o bem comum, toda a função do corpo se desorganiza. O Espírito dá a cada um para o proveito de todos (1Co 12:7).
> A negligência ao dom recebido, como na parábola dos talentos (Mt 25:24-30), não é só uma perda pessoal, mas um prejuízo coletivo. O servo inútil não abençoou ninguém.
Conclusão: A má compreensão destrói a utilidade do dom para o próximo, pois ele deixa de ser exercido ou é mal direcionado.
---
5. Conformidade com a Bíblia
Como a má interpretação prejudica este ponto:
Qualquer doutrina que ensina que os dons são adquiridos por esforço, ou que todos devem buscar um dom específico (como línguas), não está em conformidade com a Bíblia. As Escrituras são claras:
> “Tendo diferentes dons, segundo a graça que nos foi dada...” (Rm 12:6)
> “Deus também testificou [...] por dons do Espírito Santo, distribuídos segundo a sua vontade.” (Hb 2:4)
> “Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu...” (1Pe 4:10)
Além disso, há distorções graves quando se entende que:
O dom é sinal de santidade (quando a Bíblia mostra que até os carnais de Corinto tinham muitos dons – 1Co 1:7; 3:1);
Todos devem ter todos os dons (quando o próprio corpo mostra distinção – 1Co 12:29-30);
Deus trata todos com igualdade absoluta (quando Ele age com equidade – 1Co 12:24; Mt 25:15);
O homem deve pedir dons para si mesmo (quando a Bíblia ensina a receber pela graça e orar para que outros também recebam – Ef 4:7; Hb 2:4; Rm 12:3-6).
Conclusão: Toda compreensão que fere essas verdades se desvia das Escrituras e promove ensinos não bíblicos, muitas vezes motivados por tradição ou emoção, e não por doutrina.
---
Conclusão Geral: Riscos da Má Interpretação
A má compreensão do tema dos dons espirituais — especialmente os de Romanos 12 — rompe todos os cinco fundamentos estabelecidos, pois:
Cega a igreja quanto à verdadeira missão de difundir o evangelho com todos os membros.
Rouba a glória de Deus ao colocar o mérito humano como critério para os dons.
Destrói a saúde espiritual pessoal ao gerar frustração e sentimento de inutilidade.
Desestimula o serviço mútuo e a edificação coletiva do corpo de Cristo.
Contraria a revelação clara e harmoniosa das Escrituras sobre graça, soberania e operação do Espírito.
esse texto foi escrito por Marcos Fabrício Silva Souza. e foi editado por inteligência artificial, e reestrurado pelo próprio escritor. essa é a primeira edição convertida em texto para mais informações acesse https://www.reddit.com/user/Sou-0-Fabricio/?utm_source=share&utm_medium=mweb3x&utm_name=mweb3xcss&utm_term=1&utm_content=share_button / em algumas veses eu não respondo a pergunta dos leitores nos comentários, mas incorporo as respostas nos próprios textos
/ eu posso incluir, excluir, ou adicionar informações ao texto, pela razão de que oque eu falo não é inspirado por Deus, e pelo contrário eu me inspiro na Bíblia para criar os textos. Estou pronto a revisar os pontos tratados a luz da Palavra de Deus.
São Tiago 1:17
[17]Toda dádiva boa e todo dom perfeito vêm de cima: descem do Pai das luzes, no qual não há mudança, nem mesmo aparência de instabilidade.
II São Pedro 3:15
[15]Reconhecei que a longa paciência de nosso Senhor vos é salutar, como também vosso caríssimo irmão Paulo vos escreveu, segundo o dom de sabedoria que lhe foi dado.
II Coríntios 9:15
[15]Graças sejam dadas a Deus pelo seu dom inefável!
Comentários
Enviar um comentário