---A Cronologia da Morte e Ressurreição de Jesus Segundo os Evangelhos e os Dois Calendários (Solar e Lunar)
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A Cronologia da Morte e Ressurreição de Jesus Segundo os Evangelhos e os Dois Calendários (Solar e Lunar)
A tradição cristã ensina amplamente que Jesus foi crucificado numa sexta-feira e ressuscitou no domingo pela manhã. Essa compreensão foi consolidada nas celebrações da “Sexta-feira da Paixão” e do “Domingo de Páscoa”. No entanto, uma análise detalhada das Escrituras, aliada ao conhecimento dos diferentes calendários usados na época — o calendário solar (nazareno, adotado por muitos galileus e essênios) e o calendário lunar (usado em Jerusalém por fariseus e saduceus) — revela um panorama muito mais complexo e, por vezes, ignorado.
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A Crucificação e os Dias de Sábado
Segundo o evangelho de João, Jesus foi crucificado no “dia da Preparação da Páscoa” (João 19:14), o que indica que Sua morte ocorreu antes da celebração da Páscoa judaica (lunar). No entanto, os evangelhos sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas) relatam que Jesus celebrou a Páscoa com os discípulos antes de morrer (Mateus 26:17-20), o que corresponde ao calendário solar utilizado pelos galileus e nazarenos. Dessa perspectiva, Jesus morreu no dia seguinte à Páscoa solar — que coincidia com um sábado cerimonial: o primeiro dia da Festa dos Pães Asmos, segundo o calendário solar.
Assim, entende-se que Jesus morreu no sábado pascal dos nazarenos, correspondente ao primeiro dia da Festa dos Pães Asmos no calendário solar — um sábado galileu, distinto do calendário lunar judaico. Enquanto isso, os judeus em Jerusalém, que seguiam o calendário lunar, celebrariam a Páscoa mais tarde naquele mesmo dia. O sábado mencionado em João 19:31, portanto, não é o sábado nazareno, mas sim o sábado cerimonial lunar — o primeiro dia da Festa dos Pães Asmos segundo o calendário judaico. Esse sábado era “grande”, ou seja, especialmente solene, distinto tanto do sábado solar quanto do sábado semanal.
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A Importância de Contar Três Dias e Três Noites
Jesus afirmou que ressuscitaria no terceiro dia (Mateus 16:21; Marcos 10:34; Lucas 18:33). Mas também declarou em Mateus 12:40:
> “Pois, assim como Jonas esteve três dias e três noites no ventre do grande peixe, assim estará o Filho do Homem três dias e três noites no coração da terra.”
Essa afirmação é crucial, pois aponta para um período completo de 72 horas — ou seja, três dias e três noites literais. O dia bíblico era dividido em 12 horas de luz (dia) e 12 horas de trevas (noite), conforme João 11:9-10. Portanto, a contagem literal da profecia só é cumprida se Jesus foi sepultado antes do pôr do sol de quarta-feira e ressuscitou ao final do sábado, completando exatamente 72 horas.
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A Cronologia Detalhada da Semana da Paixão
1. Quarta-feira (Shabat nazareno, altamente sagrado):
Jesus morre por volta da hora nona (15h — Mateus 27:46-50), no Shabat solar dos nazarenos, que marca o primeiro dia da Festa dos Pães Asmos no calendário solar. Nesse mesmo dia, ao pôr do sol, começa a Páscoa lunar em Jerusalém, conforme o calendário religioso judeu. É, portanto, um dia extremamente sagrado, unindo o sábado cerimonial dos galileus com a celebração da Páscoa lunar em Jerusalém. Após a morte, José de Arimateia e Nicodemos retiram o corpo e o sepultam rapidamente antes do anoitecer (João 19:31-42), cumprindo Deuteronômio 21:23.
2. Quinta-feira (primeiro dia completo):
Inicia-se o sábado cerimonial lunar, ou seja, o primeiro dia da Festa dos Pães Asmos segundo o calendário judaico (João 19:31). Esse sábado é chamado de “grande dia” por suceder diretamente a Páscoa lunar. As mulheres ainda não haviam comprado especiarias.
3. Sexta-feira (segundo dia completo):
Dia comum (não é sábado), após o sábado cerimonial lunar. As mulheres compram e preparam as especiarias (Marcos 16:1). Esse intervalo entre dois sábados explica a sequência: após o sábado (cerimonial), elas compram; antes do sábado (semanal), preparam e descansam.
4. Sábado semanal (terceiro dia completo):
As mulheres descansam, conforme o mandamento (Lucas 23:56). Trata-se do sábado semanal, o sétimo dia da semana (Êxodo 20:10).
5. Final do sábado, antes do pôr do sol:
Jesus ressuscita, exatamente três dias e três noites após ser sepultado. Isso cumpre literalmente Mateus 12:40.
6. Domingo (muito cedo):
Maria Madalena encontra o túmulo já vazio, “sendo ainda escuro” (João 20:1). Marcos 16:2 e Mateus 28:1 também relatam visitas ao túmulo pela manhã, mas a ressurreição já havia acontecido.
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A Lógica dos Três Sábados na Semana da Paixão
Um ponto essencial, muitas vezes ignorado, é a presença de não dois, mas três sábados distintos naquela semana:
1. O sábado galileu — primeiro dia da Festa dos Pães Asmos segundo o calendário solar, adotado por Jesus e seus discípulos, especialmente os da Galileia. Esse sábado coincidiu com o dia seguinte à Páscoa solar dos nazarenos.
2. O sábado cerimonial judaico — correspondente ao primeiro dia da Festa dos Pães Asmos no calendário lunar, celebrado pelos judeus em Jerusalém no dia seguinte à Páscoa lunar. Esse sábado é chamado em João 19:31 de “grande dia”.
3. O sábado semanal regular, o sétimo dia da semana, conforme o mandamento (Êxodo 20:8-11), também mencionado nos evangelhos como o dia em que as mulheres descansaram após prepararem as especiarias (Lucas 23:56).
A sequência desses três sábados explica perfeitamente o aparente paradoxo entre os evangelhos de Marcos e Lucas. Marcos 16:1 afirma que as mulheres compraram especiarias após o sábado, enquanto Lucas 23:56 afirma que elas prepararam as especiarias e descansaram no sábado. Essa cronologia só faz sentido se houver:
Um primeiro sábado (galileu, no qual Jesus morreu e foi sepultado);
Um segundo sábado (judaico, cerimonial), após o qual as mulheres compraram especiarias (sexta-feira);
Um terceiro sábado (semanal), no qual descansaram.
Assim, os três sábados revelam que a crucificação e o sepultamento de Jesus ocorreram num período extremamente sagrado, repleto de sobreposições entre datas cerimoniais e semanais, tornando aquela semana única na história de Israel.
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A Afirmação dos Discípulos no Caminho de Emaús
Em Lucas 24:21, os discípulos dizem:
> “Hoje é o terceiro dia desde que essas coisas aconteceram.”
Se isso ocorreu no domingo, o “terceiro dia desde” a crucificação só faz sentido se considerarmos que os eventos finais da crucificação e sepultamento ocorreram na quarta-feira.
Em Lucas 23
Ele parece se referir a 2 sábados distintos naquela semana
Veja o verso 54 - 56 aos olhos de uma leitura superficial aparenta que Lucas fala do sábado e logo em seguida contextualiza o assunto , porém ao aprofundar nos detalhes da para notar que ele se refere à dois sábados distintos São Lucas 23:54-56
[54]Era o dia da Preparação e já ia principiar o sábado.
[55]As mulheres, que tinham vindo com Jesus da Galiléia, acompanharam José. Elas viram o túmulo e o modo como o corpo de Jesus ali fora depositado.
[56]Elas voltaram e prepararam aromas e bálsamos. No dia de sábado, observaram o preceito do repouso.
Veja que no verso 54 ele fala do dia de sábado dia seguinte ao dia da preparação ( veja de qual preparação ele se refere ,São Marcos 15:42
[42]Quando já era tarde - era a Preparação, isto é‚ é a véspera do sábado -,São João 19:31
[31]Os judeus temeram que os corpos ficassem na cruz durante o sábado, porque já era a Preparação e esse sábado era particularmente solene. Rogaram a Pilatos que se lhes quebrassem as pernas e fossem retirados.São Mateus 27:62
[62]No dia seguinte - isto é, o dia seguinte ao da Preparação -, os príncipes dos sacerdotes e os fariseus dirigiram-se todos juntos à casa de Pilatos.
Essa era a Preparação de um sábado especialmente solene ( o primeiro dia da Festa dos Pães Asmos) que começava na noite do mesmo dia em que celebravam a Páscoa em Jerusalém)
Dia seguinte à Páscoa celebrada em Jerusalém em seguida ele fala do sábado
Semanal
( digo isso com base na própria lei de Moisés , adotando a primiça de que elas não quebrantaram a lei , isto é elas não podiam comprar ou preparar especiarias no dia de sábado , em outras palavras isso só seria possível se tivesse dois sábados, com um dia entre estes dois sábados, algo que sugiro que esteja acontecendo)
Êxodo 20:10
[10]Mas no sétimo dia, que é um repouso em honra do Senhor, teu Deus, não farás trabalho algum, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem teu servo, nem tua serva, nem teu animal, nem o estrangeiro que está dentro de teus muros.
Veja Mateus 27 São Mateus 27:62-66
[62]No dia seguinte - isto é, o dia seguinte ao da Preparação -, os príncipes dos sacerdotes e os fariseus dirigiram-se todos juntos à casa de Pilatos.
[63]E disseram-lhe: Senhor, nós nos lembramos de que aquele impostor disse, enquanto vivia: Depois de três dias ressuscitarei.
[64]Ordena, pois, que seu sepulcro seja guardado até o terceiro dia. Os seus discípulos poderiam vir roubar o corpo e dizer ao povo: Ressuscitou dos mortos. E esta última impostura seria pior que a primeira.
[65]Respondeu Pilatos: Tendes uma guarda. Ide e guardai-o como o entendeis.
[66]Foram, pois, e asseguraram o sepulcro, selando a pedra e colocando guardas.
Os judeus vão a Pilatos no dia seguinte à preparação/ no dia de sábado cerimonial
Então eles pedem que o sepulcro seja guardado até o terceiro dia , se já estavam no dia se de sábado semanal seria estranho dizer isso apilatos . Em seguida vemos em São Mateus 28:1
[1]Depois do sábado, quando amanhecia o primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o túmulo.
Esse sim é o dia de sábado semanal
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Diferenças Culturais e de Calendário
É essencial lembrar que os evangelhos foram escritos para públicos diferentes e refletiram diferentes visões culturais sobre a contagem do tempo. João, por exemplo, escrevendo para um público helenizado, usa um modelo de contagem distinto dos evangelhos sinóticos, mais voltados ao público judeu. Assim, é normal que certas informações pareçam contraditórias, quando na verdade estão medindo os eventos sob perspectivas diferentes — como alguém que diz estar 20 °C e outro que afirma estar 68 °F: ambos estão certos, apenas usam sistemas distintos.
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Conclusão
Ao analisar cuidadosamente os textos bíblicos, os calendários utilizados e a contagem exata de dias e noites mencionada por Jesus, concluímos que Ele foi crucificado e sepultado ao final da quarta-feira, e ressuscitou ao final do sábado, completando exatamente 72 horas no sepulcro. Essa compreensão reconcilia com precisão todos os relatos bíblicos, resolve aparentes contradições entre os evangelhos e demonstra que a tradição da “sexta-feira da paixão” talvez não corresponda à cronologia real das Escrituras.
Marcos 16:9 é frequentemente citado como prova de que a ressurreição ocorreu no domingo pela manhã:
> “Jesus, tendo ressuscitado de manhã cedo no primeiro dia da semana...”
No entanto, o verbo grego usado está no tempo perfeito, indicando uma ação já completada. Isso mostra que, quando o domingo começou, Jesus já havia ressuscitado, confirmando a ressurreição ao final do sábado, antes do amanhecer do primeiro dia da semana.
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O Mais Importante:
Cristo morreu por nossos pecados, foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, conforme as Escrituras (1 Coríntios 15:3–4). E Ele vive eternamente.
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1. Como este estudo glorifica a Deus
> “Dai ao Senhor a glória devida ao seu nome” (Salmo 29:2)
Deus é glorificado quando o conhecemos corretamente e quando suas palavras se cumprem exatamente. Jesus disse:
> “A Escritura não pode falhar” (João 10:35).
Mostrar que a profecia de Jesus — “três dias e três noites” — se cumpriu literalmente glorifica a Deus como fiel à sua Palavra, exato em suas promessas e soberano sobre o tempo e a história. Muitos pensam que a Bíblia se contradiz nesses detalhes — mas quando se mostra que ela é coerente e perfeita, o nome de Deus é exaltado como digno de confiança absoluta.
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2. Como isso é útil para a pregação do Evangelho
> “Este evangelho do Reino será pregado em todo o mundo” (Mateus 24:14)
A mensagem do Evangelho tem três pilares inseparáveis:
> “Cristo morreu por nossos pecados, foi sepultado, e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras” (1 Coríntios 15:3–4)
Mostrar como tudo aconteceu “segundo as Escrituras” fortalece o Evangelho como mensagem histórica, precisa, profética e inspirada. Isso dá mais força ao testemunho, responde a dúvidas sinceras de buscadores da verdade e desmonta argumentos usados por céticos, muçulmanos ou ateus que dizem que a cronologia bíblica não confere.
Este estudo pode ser uma poderosa ponte para pregar Cristo como o legítimo Messias, que cumpriu todas as Escrituras, nos mínimos detalhes.
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3. Como valoriza a Palavra de Deus
> “A soma da tua palavra é a verdade” (Salmo 119:160)
“Exaltei acima de tudo o meu nome e a minha palavra” (Salmo 138:2)
Muitos cristãos, por tradição, acham que certos textos “não batem” e aceitam interpretações forçadas ou simbólicas. Mas quando se realiza um estudo como este, mostrando que a Bíblia é precisa, detalhada, e que cada evangelho se encaixa ao se entender os calendários e contextos, isso:
valoriza a autoridade da Escritura,
mostra que Deus não mente nem erra,
reforça que a Bíblia não precisa ser “ajustada”, apenas bem compreendida.
Ou seja, a Palavra se mostra viva, confiável e digna de estudo profundo.
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4. Como isso pode ser útil para você (leitor cristão ou pesquisador)
Este tipo de estudo:
Fortalece sua fé: mostra que Jesus é exatamente quem disse ser, e que tudo nele se cumpriu à risca.
Ensina você a estudar a Bíblia com mais profundidade: comparando calendários, contextos históricos, e interpretando com cuidado.
Capacita você a ensinar outros com clareza: muitas pessoas têm dúvidas reais sobre esses temas, e você estará pronto para explicá-los com base sólida.
Aumenta sua paixão por Jesus: ao perceber a exatidão com que Ele se submeteu ao plano eterno do Pai, você se torna mais grato e submisso a Ele.
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5. Como isso pode ser útil para outras pessoas
As pessoas ao seu redor (cristãs ou não) podem ser beneficiadas porque:
Muitas nunca ouviram essa explicação, o que pode abrir os olhos de muitos para a verdade bíblica;
Crentes confusos quanto à cronologia podem ser fortalecidos;
Céticos que acham que a Bíblia se contradiz podem ser confrontados com a harmonia da Palavra;
Buscadores sinceros podem ver que o cristianismo se baseia em fatos reais, não apenas em dogmas religiosos;
Pode inspirar outros a valorizar o estudo sério da Bíblia e abandonar o superficialismo que domina muitos púlpitos.
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✨ Em resumo:
> Este estudo glorifica a Deus, honra as Escrituras, fortalece o Evangelho, edifica você e abençoa os outros.
Você está fazendo exatamente o que Paulo disse a Timóteo:
> “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem do que se envergonhar, que maneja bem a Palavra da verdade.” (2 Timóteo 2:15)
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esse texto foi escrito por Marcos Fabrício Silva Souza. e foi editado por inteligência artificial, e reestrurado pelo próprio escritor. essa é a 2 " edição convertida em texto para mais informações acesse https://www.reddit.com/user/Sou-0-Fabricio/?utm_source=share&utm_medium=mweb3x&utm_name=mweb3xcss&utm_term=1&utm_content=share_button / em algumas veses eu não respondo a pergunta dos leitores nos comentários, mas incorporo as respostas nos próprios textos
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