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O Ministério de Paulo: Dos Primeiros 18 Anos às Viagens Missionárias e Martírio (35-67 d.C.)
Este relato detalha cronologicamente o ministério do apóstolo Paulo, abrangendo sua conversão, os primeiros anos de formação, suas três grandes viagens missionárias, seus aprisionamentos e, finalmente, seu martírio. A narrativa concilia informações dos livros de Atos dos Apóstolos (capítulos 9, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 27 e 28) e das epístolas paulinas, oferecendo uma estimativa cronológica baseada em eventos e pistas temporais bíblicas.
A. Primeiros 18 Anos do Ministério de Paulo (Ano 0 - Ano 18 após a Conversão)
Este período cobre a conversão de Paulo até o Concílio de Jerusalém, onde seu apostolado aos gentios é formalmente reconhecido.
1. Conversão e Primeiros Anos (Ano 0–Ano 3)
 * Locais: Caminho para Damasco → Damasco → Arábia → Damasco
 * Referências: Atos 9:1-25; Gálatas 1:15-18
Paulo (então chamado Saulo) converte-se dramaticamente a caminho de Damasco, após uma visão do Senhor Jesus. Em Damasco, é curado da cegueira por Ananias, é batizado e começa a pregar imediatamente que Jesus é o Filho de Deus. Após um breve tempo em Damasco, Paulo vai para a Arábia (provavelmente o deserto da Nabateia, fora da Judeia). Segundo Gálatas 1:17, ele retorna a Damasco, completando um total de três anos desde a conversão. Durante esse período, ele cresce no conhecimento e começa a ser perseguido pelos judeus em Damasco, precisando fugir da cidade, sendo descido por uma muralha em um cesto.
2. Primeira Visita a Jerusalém (Ano 3)
 * Locais: Damasco → Jerusalém → Cesareia → Tarso
 * Referências: Atos 9:26-30; Gálatas 1:18-21
Após três anos da conversão, Paulo sobe a Jerusalém pela primeira vez como cristão. Lá, ele encontra Pedro e fica com ele por quinze dias, e também vê Tiago, o irmão do Senhor. Contudo, enfrenta resistência dos judeus helenistas e é ameaçado de morte. Os irmãos o acompanham até Cesareia Marítima, e de lá ele parte para sua terra natal, Tarso, na Cilícia (atual Turquia).
 * Estimativa: Ano 3 após a conversão de Paulo (aproximadamente entre 36–38 d.C.).
3. Ministério em Tarso e depois em Antioquia da Síria (Ano 3–Ano 13)
 * Locais: Tarso → Antioquia da Síria
 * Referências: Atos 9:30; Atos 11:19-26
Paulo permanece em Tarso por vários anos. Este é um período silencioso em Atos, mas vital para seu preparo, correspondendo ao trecho em Gálatas 1:21, onde ele menciona ter ido para as regiões da Síria e Cilícia. Cerca de 7 a 10 anos depois, Barnabé vai buscar Paulo em Tarso e o leva para Antioquia da Síria, onde os dois ensinam juntos por um ano inteiro. Antioquia se torna o novo centro missionário da Igreja, e é ali que os discípulos são chamados "cristãos" pela primeira vez.
 * Estimativa:
   * Tarso: aproximadamente do Ano 3 ao Ano 12/13 da conversão.
   * Antioquia: Ano 13.
4. Viagem de Socorro a Jerusalém (Ano 14)
 * Locais: Antioquia → Jerusalém → Antioquia
 * Referências: Atos 11:27-30; Atos 12:25; Gálatas 2:1
Durante o tempo em Antioquia, profetas vêm de Jerusalém, e um deles, Ágabo, prediz uma fome. A igreja em Antioquia envia ajuda aos irmãos da Judeia, e Barnabé e Paulo são enviados com essa oferta para Jerusalém. Em Gálatas 2:1, Paulo menciona ter subido novamente a Jerusalém 14 anos após a conversão, com Barnabé e Tito. Essa é possivelmente a mesma viagem de Atos 11–12.

(Ou não )

Eles retornam a Antioquia levando João Marcos com eles.
 * Estimativa: Aproximadamente Ano 14 (c. 47–48 d.C.).
5. Envio Missionário Oficial: Início da 1ª Viagem Missionária (Ano 15)
 * Locais: Antioquia da Síria → Missões
 * Referências: Atos 13:1-3
Após o retorno a Antioquia, Paulo é separado oficialmente pelo Espírito Santo para o ministério missionário, junto com Barnabé, marcando o início da primeira viagem missionária. A partir deste ponto, o nome "Saulo" passa a ser "Paulo".
 * Estimativa: Início do Ano 15 a partir da conversão, ou cerca de 48/49 d.C.
B. As Grandes Viagens Missionárias de Paulo
Este período detalha as três viagens missionárias de Paulo, marcadas por intensa evangelização, formação de igrejas e enfrentamento de desafios.
6. Primeira Viagem Missionária (Ano 15–17 após conversão)
 * Locais: Antioquia da Síria → Chipre → Panfília → Pisídia → Licaônia → Derbe → Antioquia
 * Referências: Atos 13–14
Paulo e Barnabé, acompanhados por João Marcos, são enviados pela igreja de Antioquia.
 * Chipre (Salamina → Pafos): Eles anunciam nas sinagogas. Em Pafos, Paulo confronta o mágico Elimas e converte Sérgio Paulo, o procônsul romano.
 * Perge da Panfília (Ásia Menor): João Marcos os abandona e volta para Jerusalém.
 * Antioquia da Pisídia: Paulo prega na sinagoga, muitos gentios se convertem, mas os judeus se opõem e os expulsam.
 * Icônio: A cidade se divide. Ameaça de apedrejamento os força a fugir.
 * Listra: Curam um paralítico, o povo tenta adorá-los como deuses. Paulo é apedrejado e deixado por morto, mas sobrevive.
 * Derbe: Muitos discípulos são feitos.
 * Retorno: Voltam pelas mesmas cidades (Listra, Icônio, Antioquia da Pisídia, Perge), fortalecendo as igrejas antes de embarcar de Atália para Antioquia da Síria.
 * Duração Estimada: Cerca de 2 anos (Ano 15 ao 17 após a conversão).
 * Países Atuais Visitados: Chipre, Turquia.
7. Retorno a Antioquia e Controvérsia com Judaizantes (Ano 17)
 * Locais: Antioquia da Síria
 * Referências: Atos 14:27–15:1
Ao retornarem, Paulo e Barnabé relatam à igreja o que Deus fez entre os gentios. No entanto, alguns judeus da Judeia insistem que os gentios convertidos precisam ser circuncidados. Essa forte disputa leva Paulo e Barnabé a Jerusalém para resolver a questão com os apóstolos.
8. Concílio de Jerusalém (Ano 18 após conversão)
 * Locais: Antioquia → Jerusalém → Antioquia
 * Referências: Atos 15:1-35; Gálatas 2:1-10
Paulo e Barnabé sobem com Tito (não circuncidado). A reunião com os apóstolos e presbíteros em Jerusalém (o Concílio Apostólico) conclui que os gentios não precisam seguir a Lei de Moisés para serem salvos, apenas evitar certos costumes pagãos. Paulo afirma que Pedro, Tiago e João reconheceram seu apostolado aos gentios, dando-lhe a destra de comunhão.
 * Estimativa: Ano 18 após a conversão (cerca de 48 d.C.).
9. Conflito com Pedro em Antioquia (ainda no Ano 18)
 * Locais: Antioquia da Síria
 * Referências: Gálatas 2:11-14
Após o Concílio, Pedro visita Antioquia, mas se afasta dos gentios por medo dos judaizantes. Paulo o repreende publicamente, pois sua atitude contraria o evangelho da justificação pela fé.
10. Preparação para a Segunda Viagem Missionária (fim do Ano 18)
 * Locais: Antioquia da Síria
 * Referências: Atos 15:36-41
Paulo propõe revisitar as igrejas da primeira viagem. Surge um conflito com Barnabé, que quer levar João Marcos, mas Paulo não concorda devido à deserção anterior. O grupo se separa: Barnabé vai para Chipre com Marcos, e Paulo escolhe Silas e parte pela Síria e Cilícia.
 * Estimativa: Fim do Ano 18 após a conversão.
11. Segunda Viagem Missionária (Ano 18–21 após conversão)
 * Locais: Antioquia da Síria → Síria e Cilícia → Derbe e Listra → Trôade → Filipos → Tessalônica → Bereia → Atenas → Corinto → Cencreia → Éfeso → Cesareia → Jerusalém → Antioquia da Síria
 * Referências: Atos 15:36 – 18:22
Paulo parte com Silas, fortalecendo as igrejas na Síria e Cilícia.
 * Derbe e Listra: Encontra Timóteo, que se junta à equipe e é circuncidado por Paulo por causa dos judeus.
 * Viagem Impedida e Visão de Macedônia: O Espírito Santo impede Paulo de pregar na Ásia e Bitínia. Em Trôade, Paulo tem uma visão de um macedônio pedindo ajuda, interpretando como um chamado de Deus para a Europa. É aqui que Lucas se junta ao grupo.
 * Filipos (Macedônia): Primeira cidade europeia evangelizada. Conversão de Lídia. Paulo e Silas são presos, açoitados e libertos por um terremoto milagroso. O carcereiro e sua família se convertem.
 * Tessalônica: Paulo prega na sinagoga por três sábados. Muitos creem, mas os judeus provocam tumulto e os perseguem. Aqui nascem os cristãos aos quais Paulo escreve 1 e 2 Tessalonicenses.
 * Bereia: Os judeus são mais nobres e examinam as Escrituras diariamente. Muitos creem, mas perseguidores de Tessalônica vêm agitar a cidade. Paulo segue sozinho para o sul.
 * Atenas: Paulo fica indignado com a idolatria. Discute com filósofos no Areópago, pregando sobre o "Deus desconhecido". Alguns zombam, mas poucos creem.
 * Corinto: Paulo encontra Áquila e Priscila e trabalha com eles como fazedor de tendas. Prega aos judeus, mas ao ser rejeitado, volta-se aos gentios. Muitos se convertem, incluindo Crispo, líder da sinagoga. Paulo permanece em Corinto por um ano e seis meses.
   * Escrita das Epístolas: É possível que durante essa estadia em Corinto, Paulo escreva as epístolas de 1 Tessalonicenses (cerca de 50-51 d.C., de Corinto) e 2 Tessalonicenses (cerca de 51 d.C., também de Corinto). Essas cartas abordam questões sobre a segunda vinda de Cristo e o comportamento cristão.
 * Retorno: De Corinto, ele vai para Cencreia, depois brevemente para Éfeso (deixando Áquila e Priscila ali), embarca para Cesareia, sobe a Jerusalém e, por fim, desce para Antioquia da Síria.
 * Duração Estimada: Cerca de 3 anos (Ano 18 ao 21 após a conversão).
 * Companheiros: Silas, Timóteo, Lucas, Áquila e Priscila.
12. Terceira Viagem Missionária (Ano 22–25 após conversão)
 * Locais: Antioquia da Síria → Galácia e Frígia → Éfeso → Macedônia → Grécia (Corinto) → Filipos → Trôade → Mileto → Cos → Rodes → Pátara → Tiro → Ptolemaida → Cesareia → Jerusalém
 * Referências: Atos 18:23 – 21:17
Paulo parte pela terceira vez de Antioquia, revisando e fortalecendo os discípulos nas regiões da Galácia e Frígia por terra.
 * Éfeso: Encontra discípulos que só conheciam o batismo de João, batiza-os em nome de Jesus, e eles recebem o Espírito Santo. Prega na sinagoga por três meses, depois na escola de Tirano por dois anos, fazendo com que a Palavra do Senhor se espalhe por toda a Ásia. Realiza milagres extraordinários. O crescimento do ministério provoca uma revolta dos artífices de ídolos de Diana.
   * Permanência Total em Éfeso: Cerca de 2 anos e 3 meses (Ano 22 a 24 após a conversão).
   * Escrita das Epístolas: Provavelmente, Paulo escreve 1 Coríntios (cerca de 55 d.C., de Éfeso) e Gálatas (cerca de 55-56 d.C., de Éfeso, ou um pouco antes, talvez na Macedônia ou Corinto, dependendo da teoria de datação) durante sua estadia em Éfeso. 2 Coríntios (cerca de 56 d.C., da Macedônia) é escrita após sua saída de Éfeso, durante sua viagem para a Macedônia, refletindo as aflições e o consolo que ele encontrou.
 * Grécia (Corinto): Permanece três meses.
   * Escrita da Epístola: Durante esse tempo em Corinto, Paulo escreve a Epístola aos Romanos (cerca de 56-57 d.C., de Corinto), preparando o caminho para sua planejada viagem a Roma e expondo a doutrina da justificação pela fé.
 * Retorno pela Macedônia: Paulo retorna por terra, acompanhado por uma comitiva. Em Filipos, celebra a Páscoa. Em Trôade, prega até meia-noite e ressuscita Êutico, que havia caído da janela.
 * Viagem Costeira Rumo a Jerusalém: Evita Éfeso para não se atrasar, pois deseja estar em Jerusalém no dia de Pentecostes. Em Mileto, convoca os anciãos de Éfeso para um emocionante discurso de despedida.
 * Viagem Final a Jerusalém: Navega por várias cidades costeiras. Em Cesareia, fica na casa de Filipe, o evangelista. O profeta Ágabo prediz que Paulo será preso em Jerusalém. Apesar dos apelos dos irmãos, Paulo declara-se pronto para ser preso e morrer por Cristo. Finalmente, chega a Jerusalém com a comitiva e entrega a oferta dos gentios.
 * Duração Total da Viagem: Cerca de 3 anos (Ano 22 ao 25 após a conversão).
 * Chegada a Jerusalém: Fim do Ano 25 após a conversão (cerca de 57 d.C.).
C. Prisão em Jerusalém e Viagem a Roma (Ano 25 – Ano 30+ após a Conversão)
Este período cobre a prisão de Paulo em Jerusalém, seus julgamentos, o encarceramento em Cesareia e, finalmente, sua longa viagem como prisioneiro até Roma, onde ele continuou seu ministério.
13. Prisão em Jerusalém (Ano 25)
 * Locais: Jerusalém
 * Referências: Atos 21:17 – 23:35
Após chegar a Jerusalém com a oferta para os irmãos, Paulo visita Tiago e os presbíteros, relatando o que Deus fez entre os gentios. No entanto, em um esforço para mostrar que ele ainda respeitava as tradições judaicas e desmentir rumores, Paulo participa de uma cerimônia no Templo. Lá, judeus da Ásia o reconhecem e, falsamente, o acusam de profanar o Templo ao trazer gentios para dentro. Isso incita um tumulto na multidão, e Paulo é arrastado para fora e agredido.
Soldados romanos intervêm e o resgatam da multidão. O comandante Lísias o prende e tenta interrogá-lo, mas Paulo, sendo cidadão romano, exige seu direito de não ser açoitado sem julgamento. Diante do Sinédrio, Paulo causa discórdia entre fariseus e saduceus, o que leva a um novo tumulto. Uma conspiração para matá-lo é descoberta, e Lísias o envia sob forte escolta para Cesareia, para ser julgado pelo governador Félix.
 * Estimativa: Fim do Ano 25 após a conversão (cerca de 57 d.C.).
14. Encarceramento em Cesareia (Ano 25 – Ano 27)
 * Locais: Cesareia Marítima
 * Referências: Atos 24:1 – 26:32
Paulo é mantido prisioneiro em Cesareia por dois anos.
 * Julgamento Perante Félix: Os judeus, representados pelo advogado Tértulo, acusam Paulo diante do governador Félix. Paulo se defende vigorosamente, negando as acusações e afirmando que está sendo julgado por causa de sua fé na ressurreição. Félix, apesar de não encontrar culpa em Paulo e ter certo conhecimento do "Caminho", adia a decisão, esperando suborno e mantendo Paulo preso para agradar os judeus.
 * Perante Festo: Dois anos depois, Pórcio Festo sucede Félix como governador. Os judeus renovam suas acusações, pedindo que Paulo seja transferido para Jerusalém (planejando uma emboscada). Paulo recusa a transferência e, como cidadão romano, apela a César, garantindo sua ida a Roma.
 * Perante Agripa: Antes de ser enviado a Roma, Paulo tem a oportunidade de apresentar sua defesa perante o rei Agripa II e Berenice. Ele relata sua conversão e seu chamado apostólico, proclamando o evangelho. Agripa se impressiona e conclui que Paulo poderia ser solto se não tivesse apelado a César.
 * Estimativa: Cerca de 57-59 d.C.
15. Viagem para Roma (Ano 27)
 * Locais: Cesareia → Sidom → Bons Portos (Creta) → Malta → Siracusa → Régio → Putéoli → Roma
 * Referências: Atos 27:1 – 28:16
Paulo, agora prisioneiro, é entregue a um centurião chamado Júlio, juntamente com outros prisioneiros, para ser levado a Roma. Lucas, o autor de Atos, acompanha essa jornada, que é descrita em grande detalhe.
 * Perigos no Mar: A viagem é marcada por tempestades severas. Apesar dos avisos de Paulo, a tripulação segue em frente, resultando em um grande naufrágio perto da ilha de Malta. Todos a bordo, cerca de 276 pessoas, sobrevivem milagrosamente.
 * Estada em Malta: Em Malta, Paulo é mordido por uma víbora, mas não sofre mal algum, o que causa grande espanto entre os nativos. Ele também cura muitas pessoas na ilha, incluindo o pai de Públio, o principal da ilha. O grupo permanece em Malta por três meses durante o inverno.
 * Chegada a Roma: Após o inverno, eles embarcam em outro navio e continuam a viagem, passando por Siracusa, Régio e Putéoli. Em Putéoli, encontram irmãos na fé e são encorajados. Finalmente, chegam a Roma, onde irmãos da cidade vão ao encontro de Paulo.
 * Estimativa: Cerca de 59-60 d.C.
16. Primeiro Aprisionamento em Roma (Ano 27 – Ano 29/30)
 * Locais: Roma
 * Referências: Atos 28:17-31; Epístolas da Prisão (Efésios, Filipenses, Colossenses, Filemom)
Ao chegar em Roma, Paulo recebe permissão para morar por conta própria, sob a guarda de um soldado. Mesmo prisioneiro, ele continua a pregar.
 * Reuniões e Pregação: Paulo convoca os líderes dos judeus em Roma e lhes explica sua situação, apresentando o evangelho do Reino de Deus. Ele os recebe em sua residência e prega "com toda a ousadia, sem impedimento algum" sobre o Senhor Jesus Cristo.
 * Ministério e Escrita: Durante esses dois anos de prisão domiciliar em Roma, Paulo escreve várias de suas epístolas mais importantes, conhecidas como as Cartas da Prisão:
   * Efésios (cerca de 60-62 d.C., de Roma): Focada na Igreja como o corpo de Cristo e os propósitos de Deus para ela.
   * Filipenses (cerca de 60-62 d.C., de Roma): Uma carta de alegria e encorajamento, escrita aos irmãos em Filipos.
   * Colossenses (cerca de 60-62 d.C., de Roma): Combate falsas doutrinas e exalta a supremacia de Cristo.
   * Filemom (cerca de 60-62 d.C., de Roma): Um apelo pessoal por Onésimo, um escravo fugitivo que se converteu.
 * Estimativa: Cerca de 60-62 d.C.
D. Possível Libertação e Segundo Aprisionamento (Pós-Atos dos Apóstolos)
Embora o livro de Atos termine com Paulo em prisão domiciliar em Roma, a tradição e evidências em suas epístolas pastorais sugerem uma libertação e um segundo período de ministério antes de sua morte.
17. Libertação e Quarta Viagem Missionária (Ano 29/30 – Ano 33/34)
 * Locais: Creta, Éfeso, Macedônia (Filipos), Nicópolis, talvez Espanha.
 * Referências: 1 Timóteo, Tito
Após seu primeiro aprisionamento, a maioria dos estudiosos acredita que Paulo foi libertado. Durante esse período, ele pode ter realizado uma "quarta viagem missionária". Suas cartas a Timóteo e Tito dão pistas sobre suas atividades:
 * Ele deixou Tito em Creta para organizar as igrejas (Tito 1:5).
 * Deixou Timóteo em Éfeso para combater falsas doutrinas (1 Timóteo 1:3).
 * Mencionou estar na Macedônia (1 Timóteo 1:3) e planejou passar o inverno em Nicópolis (Tito 3:12).
 * A tradição antiga, incluindo Clemente de Roma, sugere que Paulo pode ter viajado até a Espanha, cumprindo seu desejo mencionado em Romanos 15:28.
 * Estimativa: Cerca de 62-66 d.C.
 * Escrita das Epístolas: Durante esse período de liberdade e nova viagem missionária, Paulo escreve as epístolas pastorais:
   * 1 Timóteo (cerca de 62-64 d.C., da Macedônia ou Éfeso): Instruções a Timóteo sobre a organização da igreja e o combate a falsas doutrinas.
   * Tito (cerca de 62-64 d.C., provavelmente da Macedônia): Orientações para Tito sobre como liderar e organizar as igrejas em Creta.
18. Segundo Aprisionamento e Martírio em Roma (Ano 33/34)
 * Locais: Roma
 * Referências: 2 Timóteo
Paulo foi preso novamente, provavelmente por volta de 66-67 d.C., durante a perseguição de Nero aos cristãos. Este segundo aprisionamento é descrito em 2 Timóteo como muito mais rigoroso que o primeiro.
 * Desamparo e Fidelidade: Nesta carta, Paulo expressa sua solidão ("todos me abandonaram" - 2 Timóteo 4:16) e sua certeza da morte iminente. Ele encoraja Timóteo a permanecer fiel e a "combater o bom combate".
 * Escrita da Epístola: 2 Timóteo (cerca de 66-67 d.C., de Roma) é a última carta conhecida de Paulo, escrita enquanto estava na prisão e próximo ao martírio.
 * Martírio: A tradição cristã, amplamente aceita, afirma que Paulo foi decapitado em Roma sob o imperador Nero, provavelmente no ano 67 d.C. Ele é considerado um dos mártires mais importantes da fé cristã.
 * Estimativa: Cerca de 67 d.C.
O ministério de Paulo, que começou com uma perseguição ardente e uma dramática conversão, transformou-se em uma vida inteiramente dedicada à proclamação do evangelho. esse texto foi escrito por Marcos Fabrício Silva Souza. e foi editado por inteligência artificial, e reestrurado pelo próprio escritor. essa é a primeira edição convertida em texto para mais informações acesse https://www.reddit.com/user/Sou-0-Fabricio/?utm_source=share&utm_medium=mweb3x&utm_name=mweb3xcss&utm_term=1&utm_content=share_button / em algumas veses eu não respondo a pergunta dos leitores nos comentários, mas incorporo as respostas nos próprios textos 







 

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C.T. Russell

Porque apenas algumas testemunhas de Jeová vão para o céu?.​A Vontade de Jesus e a Vontade do Pai​João 5:30: "Não posso eu mesmo fazer coisa alguma; conforme ouço, julgo; e o meu julgamento é justo, porque não busco a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou."​João 6:38: "Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou."​Nesse contexto, Deus poderia dizer que a vontade d'Ele é a vontade de Jesus, e a vontade de Jesus é a vontade de Deus. Embora uma criatura possa fazer a vontade de Deus, é necessário considerar que, para fazer toda a vontade de Deus, é preciso saber toda a Sua vontade, o que implica onisciência e um conhecimento intrínseco sobre os propósitos de Deus. Somente o próprio Deus pode afirmar que faz tudo o que Ele quer. Jesus está dizendo que Ele faz a vontade do Pai, que é a Sua própria vontade. A vontade de Jesus é a vontade de Deus e a vontade de Deus é a vontade de Jesus. Jesus não tem mais de uma vontade, pois a Sua vontade é fazer a vontade do Pai.​Uma criatura pode fazer a vontade de Deus se tiver conhecimento sobre a vontade de Deus, e ela faz tudo baseado no conhecimento que possui. No entanto, ainda há limitações por causa do conhecimento. Apenas Deus pode realizar toda a Sua obra e toda a Sua vontade, porque só Ele sabe o que quer fazer e só Ele faz o que quer. 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São João 5:23[23]Desse modo, todos honrarão o Filho, bem como honram o Pai. São João 5:30[30]De mim mesmo não posso fazer coisa alguma. Julgo como ouço; e o meu julgamento é justo, porque não busco a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou.Se Jesus fizesse outra vontade além da vontade do pai ele seria tão pecador quanto as pessoas as quais ele dirige a palavra, veja que nos capítulos seguintes Jesus acusa eles de justamente faser a vontade que eles tiveram junto do pai deles , Satanás. Jesus nunca se rebaixou para engrandecer o pai ele mesmo explica .São João 5:23[23]Desse modo, todos honrarão o Filho, bem como honram o Pai. Aquele que não honra o Filho, não honra o Pai, que o enviou.São João 5:18[18]Por esta razão os judeus, com maior ardor, procuravam tirar-lhe a vida, porque não somente violava o repouso do sábado, mas afirmava ainda que Deus era seu Pai e se fazia igual a Deus.É costume dos seres humanos dar mais valor ao quadro da pintura do que o pintor que fez o quadro, porém Deus não é como os seres humanos ! ​A Glória de Jesus e a Honra de Deus​Jesus nunca é visto adorando a Deus. No entanto, o Pai lhe disse: "Já tenho te honrado e outra vez te glorificarei!" (João 12:28). Deus não atribui honra a uma criatura, pois isso usurparia a Sua honra, já que Ele criou todas as coisas. A cadeira não pode receber o elogio, pois foi o marceneiro quem a fez. O que Jesus teria de especial se Deus pudesse fazer outro igual a Ele?​O Filho só pode fazer o que vê o Pai fazer. Jesus viu tudo que Deus fez porque Ele estava antes da criação. 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Jesus é o Criador por isso adorá-lo e atribuir honra a ele não é idolatria/ Jesus não é a cadeira mais bem feita , ele mesmo é o " marceneiro " Romanos 1:25[25]Trocaram a verdade de Deus pela mentira, e adoraram e serviram à criatura em vez do Criador, que é bendito pelos séculos. Amém!Romanos 9:5[5]; deles descende Cristo, segundo a carne, o qual é, sobre todas as coisas, Deus bendito para sempre. Amém. De fato, Jesus não é a criatura. Como Ele é a imagem de Deus, todos que O adoram estão adorando a Deus, pois a imagem de Deus é equivalente a Deus.​O Papel de Jesus e o Espírito do Anticristo​João escreve no seu Evangelho, no capítulo 1, que João Batista foi enviado à frente de Jesus, o que significa que Jesus é o Senhor, para quem João Batista prepara o caminho (João 1:23). Outra vez, "eis que vos enviarei o meu mensageiro antes do dia do Senhor" (Malaquias 3:1), e Paulo diz que aquele dia é o "dia de Cristo" (Filipenses 1:6).​João 5:19: "Então Jesus lhes respondeu: Em verdade, em verdade vos digo que o Filho por si mesmo nada pode fazer, mas só aquilo que vê fazer o Pai; porque tudo quanto ele faz, também o Filho assim o faz."​Jesus sempre esteve com Deus, logo tudo que Deus faz Ele faz também. A criação, em São João 1:2-3, diz: "Ele estava no princípio junto de Deus. Tudo foi feito por ele, e sem ele nada foi feito." Em São João 1:10: "Estava no mundo e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o reconheceu."​Jesus não pode fazer nada que não seja a vontade de Deus, pois a vontade de Deus é a vontade de Jesus. Em outras palavras, Deus só faz o que é da vontade de Jesus, pois a vontade de Jesus é que Deus faça Sua vontade. Ambos têm a mesma vontade e o mesmo sentimento, pois Eles são um.​Além disso, como Jesus poderia receber glória como Deus sem ser objeto de idolatria? A idolatria não é somente fazer uma imagem de escultura, mas adorar a criatura em vez do Criador. No Evangelho de João, no capítulo 1, João nos dá informações valiosas sobre quem é Jesus:• ​São João 1:2-3: "Ele estava no princípio junto de Deus. Tudo foi feito por ele, e sem ele nada foi feito."• ​São João 1:10: "Estava no mundo e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o reconheceu."• ​São João 1:18: "Ninguém jamais viu Deus. O Filho único, que está no seio do Pai, foi quem o revelou."• ​São João 1:23: "Ele respondeu: Eu sou a voz que clama no deserto: Endireitai o caminho do Senhor, como o disse o profeta Isaías (40,3)."• No original essa voz que clama é o próprio jeova! E os 4 evangelhos atribuem que , João Batista preparou o caminho para Jesus, não é só preparar o povo para escutar a vós de Deus e Jesus como uma pessoa trazendo a mensagem de Deus , mas preparar o caminho do criador! Em Isaías 66 jeova dece em chamas de fogo para tomar vingança dos que não o conhecem isso é exatamente oque Paulo descreve de Jesus em 2 Tessalonicenses sobre o dia de jesus como sendo Jeová, eo jeova comosendo Jesus / 1. Manifestação em fogoIsaías 66:15 – “O Senhor virá em fogo... em chamas de fogo.”2 Ts 1:8 – “Em chama de fogo, tomando vingança.”Ambos falam do Senhor vindo em fogo de juízo.2. Vingança / JuízoIsaías 66:16 – “Com fogo e com sua espada entrará em juízo contra toda a carne.”2 Ts 1:8 – “Tomando vingança dos que não conhecem a Deus.”Mesmo tema: Deus intervindo em juízo universal.3. Contra os rebeldesIsaías 66:24 – “Verão os cadáveres dos que prevaricaram contra mim... seu fogo não se apagará.”2 Ts 1:9 – “Eterna perdição... longe da face do Senhor.”Ambos mostram o castigo eterno dos ímpios.4. Anúncio às nações / ilhasIsaías 66:18-19 – “Anunciarei a minha glória entre as nações... às ilhas remotas.”2 Ts 1:10 – “Quando vier para ser glorificado nos seus santos e admirável em todos os que creram.”Tanto Isaías quanto Paulo ligam o juízo ao anúncio da glória de Deus às nações.​A primeira informação é que tudo foi feito por Jesus e sem Jesus nada do que existe foi feito.​Nas cartas de João, ele diz que todo aquele que nega que Jesus Cristo assumiu a forma humana não é de Deus, mas se opõe a Jesus. Esse é justamente o espírito do anticristo, que se opõe a tudo o que se adora e que se chama Deus. Jesus assumiu a forma de homem para que Deus condenasse o pecado na carne de Jesus, a fim de que as santas demandas de Deus se cumprissem em nós, que já não andamos segundo a natureza humana, mas segundo a natureza do Espírito Santo, como está em Romanos 8.​Salvação e a Justiça de Deus​As Testemunhas de Jeová não negam que Jesus Cristo assumiu a forma humana, mas negam que Jesus seja eterno e que a obra d'Ele seja suficiente, pois eles acrescentam obras antes e depois da salvação. Ou seja, para eles, a fé na obra de Cristo não é suficiente para salvar. Pois, se a fé vier sozinha, não é suficiente. E também depois da salvação, porque se o membro da organização não se esforçar, ele perde a salvação.​Mesmo que Jesus tenha assumido a forma humana, a pessoa só é salva se ela se esforçar. Isso nega a suficiência da obra de Cristo como a única solução para levar o homem a Deus. Se houver outra forma de salvação além da obra de Cristo, então Jesus Cristo morreu em vão. Como Paulo escreve em Gálatas 2:21: "se a justiça provém da lei, logo segue-se que Cristo morreu em vão". Ele continua: "e não aniquilo a graça de Deus, porque se a justiça provém da lei, segue-se que Cristo morreu em vão".​Eles negam que Cristo morreu em vão de uma forma sutil e velada, pois a fé na obra de Cristo não é suficiente para salvar eternamente, precisa de algo mais. Esse é justamente o espírito do anticristo, que atribui glória a si mesmo em vez de atribuir a Deus, e se opõe a tudo o que se chama de Deus e se adora.​Em outras palavras, se eu for salvo pelos meus esforços, então o louvor é para mim. Mas se Deus me salva unicamente por eu confiar n'Ele, então o louvor é para Deus. É por isso que Paulo escreve que o justo viverá pela fé (Romanos 1:17) e não por fazer parte de alguma organização ou pelo esforço humano. Porque se o esforço humano entra na salvação, o louvor resulta para a criatura e não para o Criador.​Nesse mesmo assunto, o espectro do anticristo se manifesta quando eles negam que a justiça de Deus seja eterna. Isto é, a justiça seria apenas uma criação de Deus. Em algum momento, antes de Deus criar a justiça , não existiam bem nem mal, era uma coisa só. É por isso que eles dizem que o lago de fogo não tem duração eterna, mas consequência eterna ,. Se eles admitissem que a justiça de Deus é eterna e que a punição no lago de fogo é eterna, os que são submetidos ao juízo eterno teriam que ser, legitimamente ser substituidos por um ser eterno, isso é se o lago de fogo é eterno , logo a pessoa que vai substituir o pecador tem que ser eterno, não apenas sem fim, mas sem começo nem fim . Só Deus não tem começo nem fim , a justiça é o caráter do próprio Deus! E Jesus segundo eles não é sem começo, pois ele é uma criatura, a primeira , a obra prima de Deus, e segundo eles o lago de fogo é uma criação também, por isso deixará de existir quando aniquilar todos os infiéis . ​A resposta é que Deus não criou a justiça, pois a justiça é o próprio Deus. Deus olha para Si mesmo e julga as pessoas conforme Ele mesmo é. As pessoas que não são como Ele são condenadas eternamente. Pois se a justiça de Deus é eterna, quais seriam as consequências se a justiça não fosse? Descaradamente, eles negam a justiça de Deus, pois a justiça d'Ele é eterna, mas não nas pessoas. Isso contrasta exatamente com o perfil de Deus, que é ser justo. Eles colocam em jogo tanto a justiça de Deus quanto a bondade de Deus quando dizem que a salvação e o juízo de Deus não são eternos. Eles são exatamente como os homens de 1 Timóteo 4:2 e 2 Timóteo 3:5: homens que têm "aparência de piedade, mas negam a sua eficácia".---1. No Batismo de JesusDeus dá testemunho público de Seu Filho:📖 Mateus 3:16–17“E, sendo Jesus batizado, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo sobre ele. E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo.”---2. Na TransfiguraçãoDeus novamente confirma a glória de Seu Filho diante dos discípulos:📖 Mateus 17:5“Estando ele ainda a falar, eis que uma nuvem luminosa os cobriu; e da nuvem saiu uma voz, que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo; escutai-o.”---3. Na Entrada em Jerusalém, quando Jesus oraJesus pede ao Pai que o glorifique, e o Pai responde do céu:📖 João 12:27–28“Agora a minha alma está perturbada; e que direi eu? Pai, salva-me desta hora? Mas para isto vim a esta hora. Pai, glorifica o teu nome. Então veio uma voz do céu que dizia: Já o tenho glorificado, e outra vez o glorificarei.”---4. Na Oração SacerdotalJesus fala que o Pai já lhe deu glória e pede que seja plenamente manifestada:📖 João 17:1, 4–5“Jesus falou assim, e, levantando os olhos ao céu, disse: Pai, é chegada a hora; glorifica o teu Filho, para que também o teu Filho te glorifique a ti; (…) Eu glorifiquei-te na terra, tendo consumado a obra que me deste a fazer. E agora, glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse.”---5. Na RessurreiçãoA ressurreição é o maior ato de Deus Pai glorificando Jesus:📖 Atos 3:13, 15“O Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó, o Deus de nossos pais, glorificou a seu Filho Jesus, a quem vós entregastes e perante a face de Pilatos negastes, tendo ele determinado que fosse solto. (…) E matastes o Príncipe da vida, ao qual Deus ressuscitou dentre os mortos, do que nós somos testemunhas.”---6. Na Exaltação à Direita do PaiApós subir ao céu, Jesus recebe glória e honra de Deus:📖 Filipenses 2:9–11“Pelo que também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome; para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai.”📖 Hebreus 2:9“Vemos, porém, coroado de glória e de honra aquele Jesus que fora feito um pouco menor do que os anjos, por causa da paixão da morte, para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todos.”---São João 12:38[38]Assim se cumpria o oráculo do profeta Isaías: Senhor, quem creu em nossa pregação? E a quem foi revelado o braço do Senhor (Is 53,1)?🔹 1. Justificação dos homens📖 Isaías 53:11> “O Justo, meu Servo, justificará muitos homens, e tomará sobre si suas iniquidades.”👉 A justificação é prerrogativa divina.Isaías 45:25: “No Senhor será justificada e se gloriará toda a descendência de Israel.”Romanos 8:33: “É Deus quem justifica.”➡️ Se esse homem justifica, ele participa daquilo que só Deus pode fazer. Logo, ele não é mera criatura.---🔹 2. Carregar pecados e curar pela expiação📖 Isaías 53:5–6> “Mas ele foi castigado por nossos crimes, e esmagado por nossas iniquidades; o castigo que nos salva pesou sobre ele; fomos curados graças às suas chagas. (…) o Senhor fazia recair sobre ele o castigo das faltas de todos nós.”👉 Quem pode tomar sobre si os pecados de todos e ainda oferecer cura e salvação?Salmo 103:3: “É ele quem perdoa todas as tuas iniquidades e sara todas as tuas enfermidades.”Miquéias 7:18: “Quem é Deus semelhante a ti, que perdoa a iniquidade e esquece a transgressão do remanescente da sua herança?”➡️ Essa ação é divina, e se atribuída a um homem, significaria dar louvor de salvação a uma criatura. Aqui vemos que é o próprio braço do Senhor (Is 53:1) agindo.---🔹 3. O sacrifício expiatório aceito por Deus📖 Isaías 53:10> “Mas aprouve ao Senhor esmagá-lo pelo sofrimento; se ele oferecer sua vida em sacrifício expiatório, terá uma posteridade duradoura, prolongará seus dias, e a vontade do Senhor será por ele realizada.”👉 O termo aqui é “oferta pela culpa” (asham no hebraico), sacrifício que no sistema mosaico era oferecido a Deus.Nenhum homem poderia se oferecer a si mesmo como sacrifício aceito por Deus, a menos que fosse de natureza divina.Aqui esse Servo é aceito de forma única, cumprindo a vontade eterna de Deus.---🔹 4. Recebe honra, recompensa e parte com os grandes📖 Isaías 53:12> “Eis por que lhe darei parte com os grandes, e ele dividirá a presa com os poderosos: porque ele próprio deu sua vida, e deixou-se colocar entre os criminosos, tomando sobre si os pecados de muitos homens, e intercedendo pelos culpados.”👉 Esse Servo não apenas sofre, mas recebe exaltação, herança e vitória.Filipenses 2:9–11 mostra esse cumprimento: Deus lhe deu um Nome acima de todo nome, para que toda língua confesse que Ele é Senhor.➡️ Honra de governar e dividir a presa é linguagem de soberania — atributo do Criador.---🔹 5. O Servo como o Braço do Senhor📖 Isaías 53:1> “Quem poderia acreditar nisso que ouvimos? A quem foi revelado o braço do Senhor?”👉 O Servo aqui é identificado como o braço do Senhor, expressão usada no Antigo Testamento para o poder criador e salvador de Deus:Isaías 51:9: “Desperta, desperta, veste-te de força, ó braço do Senhor…”Deuteronômio 7:19: “o Senhor teu Deus te tirou [do Egito] com mão forte e braço estendido.”➡️ O Servo é o próprio braço de Deus revelado em carne.---📌 ConclusãoEm Isaías 53 vemos atributos divinos dados a esse Homem/Servo:1. Justifica muitos (Is 53:11) → só Deus justifica.2. Carrega pecados e cura (Is 53:5–6) → só Deus perdoa e sara.3. É sacrifício expiatório aceito (Is 53:10) → só Deus pode ser oferta eficaz.4. Recebe honra, herança e soberania (Is 53:12) → linguagem de vitória divina.5. É o braço do Senhor (Is 53:1) → manifestação direta do poder criador e salvador de Deus.✝️ Tudo isso mostra que o Servo de Isaías 53 não é uma criatura comum, mas o Deus-Homem, o Messias, que recebe honra como o próprio Criador.O Salmo 110:1 (109:1 na numeração católica) declara:“Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos por escabelo dos teus pés.”Nesse ponto, o salmista coloca o “Senhor” dele no nível de Deus. Se analisarmos cuidadosamente, temos apenas duas possibilidades: ou o Senhor de Davi é o próprio Deus, ou Davi está fazendo de uma criatura objeto de adoração. Se for apenas uma criatura, então trata-se de idolatria, pois uma criatura estaria recebendo a glória e a posição que pertencem somente ao Criador. Mas se não é idolatria, então esse Senhor só pode ser o próprio Deus, exaltado à Sua direita.Jesus confirma que esse salmo foi pronunciado pelo Espírito Santo:Marcos 12:36“Porque o mesmo Davi disse pelo Espírito Santo: Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos por escabelo dos teus pés.”Portanto, não é uma opinião pessoal de Davi, mas revelação divina, inspirada pelo Espírito.1. Deus não dá honra a criaturaO próprio Deus declara:Isaías 42:8“Eu sou o Senhor; este é o meu nome; a minha glória, pois, a outrem não darei, nem o meu louvor às imagens de escultura.”Logo, se o Senhor de Davi recebe glória, honra e exaltação ao lado do Pai, não pode ser criatura. Se fosse, isso violaria a própria palavra de Deus.Isso é reforçado em Mateus 4:10, quando Jesus responde à tentação de Satanás:“Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás.”A adoração pertence somente a Deus, e qualquer criatura que recebesse tal adoração seria objeto de idolatria.2. Jesus é adoradoMesmo assim, no próprio Evangelho de Mateus, Jesus é adorado pelos discípulos e por aqueles que reconhecem sua divindade:Mateus 14:33“Então os que estavam na barca o adoraram, dizendo: Verdadeiramente és Filho de Deus.”Mateus 28:9,17“E, quando o viram, o adoraram; alguns, porém, duvidaram.”Isso demonstra que Jesus é digno de adoração, mas não como criatura; Ele é Deus, o Messias divino, o próprio Senhor de Davi.3. Paralelo com Zacarias 13:7Zacarias 13:7“Ó espada, desperta-te contra o meu pastor, e contra o homem que é meu companheiro, diz o Senhor dos Exércitos...”O termo “companheiro” indica associação íntima com Deus. Uma criatura nunca poderia ocupar tal posição, nem ser chamada de “companheiro” do Senhor, pois isso configuraria idolatria.4. Confirmação pelo Novo TestamentoJesus, ao citar o Salmo 110:1, deixa claro que o Messias é Senhor de Davi, ou seja, é divino, não criatura:Mateus 22:43-45“Ele lhes disse: Como é então que Davi, em espírito, lhe chama Senhor... Se Davi, pois, lhe chama Senhor, como é seu filho?”Hebreus 1:13 também confirma que essa honra não foi dada a nenhum anjo ou criatura:“A qual dos anjos disse jamais: Assenta-te à minha direita, até que ponha os teus inimigos por escabelo dos teus pés?”---ConclusãoO Salmo 110:1 e Zacarias 13:7 mostram que:1. Deus não dá honra a criatura.2. O Senhor de Davi e o companheiro de Deus são o Filho eterno, que compartilha a glória do Pai.3. Jesus é adorado porque é Deus, e não criatura, confirmando que a adoração lhe é devida.🔹 Apocalipse 5Aqui temos a cena celestial, no trono literal de Deus.O trono visto por João corresponde ao mesmo que Isaías viu (Is 6) e Ezequiel descreveu (Ez 1), também ligado a Amós 9, onde Deus está em seu templo.Jesus é apresentado como o Cordeiro que foi morto, mas que também está no trono e, ao mesmo tempo, é descrito como estando à direita do Pai — mostrando a sua plena divindade e unidade com Deus.Os 24 anciãos que estão ao redor do trono são sacerdotes que representam a igreja glorificada, adorando a Cristo. Eles têm coroas e harpas, símbolos de realeza e adoração.O fato de o Cordeiro ser adorado pelos anciãos mostra que Ele recebe a mesma adoração divina que o Pai.---🔹 Apocalipse 6Ao abrir os selos, Jesus dá início ao plano de juízo de Deus sobre a terra.Aqui começa o cumprimento da visão de Romanos 11: Deus passa a tratar novamente com Israel, após o arrebatamento da igreja.O desenrolar dos selos mostra o princípio das dores, juízos e perseguições.No quinto selo, João vê a grande multidão de mártires debaixo do altar.Esse altar é o mesmo de onde foram tiradas brasas para purificar o pecado de Isaías (Is 6:6–7).Essa multidão é composta de gentios e judeus que morreram na tribulação, esperando a ressurreição futura.---🔹 Apocalipse 7O capítulo traz um parêntese consolador entre os juízos.1. Primeiro, aparecem os 144.000 israelitas selados, divididos por tribos.Eles permanecem vivos na terra, como remanescente fiel de Israel durante a tribulação.Representam o cumprimento de Romanos 11, quando Deus volta a lidar com Israel.2. Depois, João vê a grande multidão diante do trono e do Cordeiro.Eles estão debaixo do altar, como os mártires do capítulo 6.São os que vieram da “grande tribulação”, esperando a ressurreição para viver na terra juntamente com os 144.000.---📌 Conclusão O trono é literal, o mesmo visto por Isaías, Ezequiel e Amós.Jesus está no trono e à direita de Deus, recebendo adoração dos anciãos (a igreja).Os 144.000 são judeus vivos, preservados como remanescente de Israel.A grande multidão são gentios e judeus mortos na tribulação, aguardando a ressurreição debaixo do altar.No fim, todos — 144.000 e grande multidão — participarão do banquete eterno com Abraão, Isaque e Jacó na terra renovada.

Apenas os salvos operam prodígios em nome de Jesus?