“Refutando o Judaísmo sem Yeshua”







Aquele que se considera justo por se apoiar na Lei e se gloriar em seu conhecimento da vontade divina, mas cuja obediência é apenas superficial, não engana a Deus. Todos os esforços humanos, mesmo os mais zelosos, mostram-se insuficientes, pois o coração é enganoso e propenso à corrupção (Jeremias 17:9-10; Salmos 14:1-3). A aparente fidelidade, quando desprovida de justiça e misericórdia, não honra a Deus; pelo contrário, torna o nome divino objeto de desprezo entre as nações (Isaías 52:5; Oséias 4:1-2; Ezequiel 36:20-22).

A verdadeira justiça exige perseverança em fazer o bem, buscando a glória, a honra e a integridade moral. Aqueles que, apesar do conhecimento da Lei, persistem em desobedecer, acumulam sobre si a ira de Deus, que julgará com justiça cada ação (Eclesiastes 7:20; Isaías 64:6; Oséias 6:6). A hipocrisia e a vã glória, mesmo em rituais ou na observância externa da Lei, não bastam: quem se glorifica por cumprir formalidades, mas transgride os mandamentos, desonra a Deus e profana Seu nome (Malaquias 1:6-8; Levítico 18:21).

Portanto, não é o título de “judeu” ou a circuncisão exterior que definem a fidelidade; o que importa é a integridade interior, a circuncisão do coração, o cumprimento sincero da Lei. Até mesmo o incircunciso que pratica corretamente os mandamentos evidencia a transgressão daqueles que se apoiam apenas na aparência. Assim, a verdadeira honra a Deus não vem de aparências, mas de obediência genuína, moral e ética, que revela o caráter justo que Ele deseja.

Além disso, como ninguém consegue guardar perfeitamente a Lei (Ezequiel 18:20; Salmos 14:1-3; Isaías 64:6), a salvação é inteiramente pela graça de Deus, e não por méritos humanos ou cumprimento da Lei. A Lei revela a necessidade da graça, mostrando que toda tentativa humana de alcançar justiça própria é insuficiente, e que somente a obra de Deus no coração pode tornar o homem aceitável diante Dele.


Argumentação: A Lei e a impossibilidade humana de justificação

A Lei de Deus, dada por meio de Moisés, estabelece um padrão moral absoluto, ao qual todo ser humano está sujeito durante toda a sua vida. Ela não é opcional nem parcial; exige obediência completa em todos os seus preceitos. Como o próprio Senhor declara em Deuteronômio 11:26-28:

> “Eis que hoje ponho diante de vós a bênção e a maldição: a bênção, se obedecerdes aos mandamentos do Senhor vosso Deus, que hoje vos ordeno; e a maldição, se não obedecerdes aos mandamentos do Senhor vosso Deus, e vos desviares do caminho que hoje vos ordeno.”



Este texto evidencia que a Lei traz uma exigência absoluta: a obediência total garante bênção, enquanto qualquer transgressão acarreta maldição. Não há possibilidade de cumprimento parcial: a Lei é cumulativa e indivisível.

A gravidade dessa exigência é reforçada em Levítico 26:14-17:

> “Porém, se não me ouvirdes, e não cumprirdes todos estes mandamentos, e transgredirdes os meus estatutos, e abominardes a minha alma, então também eu vos farei isto: enviarei sobre vós o terror, a consumição, a febre que devora, e a seca, e a praga, e vos perseguirão os inimigos; e cairão diante de vós os que vos odeiam, e vos servirá a terra a seus frutos.”



Aqui fica claro que a transgressão da Lei não é apenas um erro moral, mas um ato que acarreta maldição específica e manifestação da ira de Deus. A Lei, portanto, condena o homem justamente por cada desobediência.

A impossibilidade de cumpri-la perfeitamente é afirmada de forma definitiva em Eclesiastes 7:20:

> “Na verdade, não há justo sobre a terra, que faça bem e nunca peque.”



Este versículo revela uma verdade universal: nenhum ser humano consegue cumprir integralmente a Lei de Deus. Todos, em algum momento, transgridem os mandamentos, mesmo que desejem honrar a Deus.

A conclusão lógica é que a Lei, por si mesma, não pode justificar ninguém. Sua função não é conceder salvação, mas expor a santidade de Deus e a falha moral do homem. Para aqueles que buscam justificação pela Lei, a consequência é inevitável: a maldição e a morte, por não haver ninguém capaz de guardá-la perfeitamente.

Portanto, a Lei cumpre seu papel como norma moral e juiz das ações humanas, mas não serve para salvar, porque exige perfeição impossível de ser alcançada por qualquer ser humano. Qualquer tentativa de justificação baseada na Lei é frustrada pela realidade da imperfeição humana.




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Gênesis 15:6 – “E creu Abrão no Senhor, e isso lhe foi imputado para justiça.”
(Antes da Lei ser dada, Abrão foi justificado pela fé, mostrando que a salvação é pela fé e não por obras.)

Êxodo 20:20 – “Moisés disse ao povo: Não temais, porque Deus veio para vos provar, e para que o seu temor esteja diante de vós, para que não pequeis.”
(A lei serve para instruir e revelar o pecado; não garante salvação, mas revela a necessidade de temor e obediência a Deus.)

Levítico 18:5 – “Guardareis os meus estatutos e os meus juízos; o homem que os cumprir, viverá por eles; eu sou o Senhor.”
(A exigência da lei é absoluta, mas ninguém consegue cumpri-la perfeitamente; a lei mostra o padrão divino, não salva.)

Deuteronômio 27:26 – “Maldito seja aquele que não cumprir as palavras desta lei, para fazê-las. E todo o povo dirá: Amém.”
(A maldição evidencia que a lei apenas revela a falha humana; ninguém é justificado por ela.)

Deuteronômio 28:15 – “Mas será que, se não ouvires a voz do Senhor teu Deus, para guardares e cumprires todos os seus mandamentos e estatutos que hoje te ordeno, virão sobre ti todas estas maldições, e te alcançarão.”
(A desobediência mostra que a Lei expõe o pecado e a incapacidade humana de alcançar a vida por obras.)

Salmos 143:2 – “Não entres em juízo com teu servo, porque nenhum vivo será justificado diante de ti.”
(A salvação não depende de mérito humano; a lei não tem poder para justificar.)

Isaías 1:11-15 – “Para que me serve a multidão dos vossos sacrifícios? — diz o Senhor. Já estou farto dos holocaustos... Não continueis a trazer oferta inútil; o fumeiro dos vossos incensos me é abominável...”
(Sacrifícios e obediência externa da lei não substituem arrependimento e dependência de Deus.)

Isaías 64:6 – “Todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo de imundícia; e caímos todos como a folha, e as nossas iniquidades nos levam como vento.”
(Mesmo as obras mais justas do homem são insuficientes diante de Deus; a lei revela a nossa impotência.)

Jeremias 2:22 – “Porventura ainda não vos envergonhais de me provocardes? — diz o Senhor. Não vos envergonhais de toda a maldade de vossas obras?”
(A lei evidencia a maldade humana; a obediência parcial não satisfaz Deus.)

Ezequiel 20:25-26 – “Por isso, também vos dei estatutos que não eram bons, e juízos pelos quais não viveríeis; e vos os dei para que se cumprisse a maldade de vossas iniquidades, para que soubésseis que eu sou o Senhor.”
(A lei revela a falha humana e a necessidade de Deus; serve para expor o pecado, não para justificar.)

Habacuque 2:4 – “Eis o soberbo! A sua alma não é reta nele; mas o justo, pelo seu zelo, viverá.”
(A vida e a justiça dependem da fidelidade a Deus, não da observância da lei.)



Quando olhamos para Abraão, nosso pai segundo a carne, percebemos que se a justiça dependesse apenas da observância das leis, ele deveria se gloriar, mas não diante de Deus. Pois a Escritura nos mostra que Abraão creu em Deus, e isso foi contado como justiça. O mérito não está em obras humanas ou em observar a lei de Moisés, pois a recompensa do trabalhador corresponde ao esforço cumprido; mas a verdadeira retidão vem daquele que confia plenamente em Deus.

Mesmo Davi proclamou bem-aventurados aqueles cujos pecados foram perdoados e cujas iniqüidades foram cobertas, mostrando que a bem-aventurança não depende da circuncisão nem da estrita observância da lei, mas do coração que se rende à justiça de Deus. Abraão recebeu a promessa antes mesmo de ser circuncidado, mostrando que a lei não foi o fundamento de sua justiça, mas a fé que manifestou confiança em Deus. Assim, ele tornou-se pai de todos os que creem, circuncisos ou não, e a promessa de herdar a vida e a bênção de Deus não depende da observância da lei, mas da fidelidade à promessa de Deus.

Portanto, se a herança e a aprovação divina dependessem da estrita obediência à lei, a promessa de Deus se tornaria sem efeito, pois a lei, por si só, revela a transgressão e traz condenação. A verdadeira justiça não se conquista pelo cumprimento ritual ou legal, mas pelo coração que se coloca diante de Deus com confiança, reconhecendo que a lei mostra o pecado, mas não o remove. Assim, toda tentativa de glória humana baseada na lei é vazia diante do olhar de Deus, e a bênção divina se assegura àqueles que compreendem a limitação da lei e confiam no caráter justo de Deus.


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Argumentação: A verdadeira justiça não está nas obras da Lei, mas na dependência da provisão de Deus

1. Ninguém consegue cumprir a Lei e, portanto, desonra a Deus ao tentar se justificar por suas obras

Desde o início da revelação, a Lei de Deus foi dada como padrão absoluto de justiça, mas jamais como um meio de alcançar mérito humano:

Levítico 18:5 – “Guardareis os meus estatutos e os meus juízos; o homem que os cumprir, viverá por eles; eu sou o Senhor.”
Mesmo sendo a Lei perfeita e exigente, o próprio texto mostra que a obediência plena seria necessária para viver. Nenhum homem consegue cumprir perfeitamente os mandamentos; a Lei evidencia, assim, a limitação humana e a impossibilidade de justificar-se por obras.

Deuteronômio 27:26 – “Maldito seja aquele que não cumprir as palavras desta lei, para fazê-las. E todo o povo dirá: Amém.”
A maldição é a consequência natural da transgressão; ninguém cumpre a Lei integralmente, logo todos estão debaixo de maldição, evidenciando que a Lei não pode justificar.

Deuteronômio 28:15 – “Mas será que, se não ouvires a voz do Senhor teu Deus, para guardares e cumprires todos os seus mandamentos e estatutos que hoje te ordeno, virão sobre ti todas estas maldições, e te alcançarão.”
Aqui Deus mostra que a desobediência acarreta maldição. Isso demonstra que a tentativa humana de “ganhar” a aprovação divina por obras inevitavelmente falha.

Salmos 143:2 – “Não entres em juízo com teu servo, porque nenhum vivo será justificado diante de ti.”
A Escritura declara explicitamente que nenhum ser humano é capaz de se justificar diante de Deus pelas suas ações.

Isaías 64:6 – “Todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo de imundícia; e caímos todos como a folha, e as nossas iniquidades nos levam como vento.”
Mesmo as obras mais nobres e justas do homem são inúteis diante de Deus. A Lei apenas revela a falha humana, não oferece salvação.

Ezequiel 20:25-26 – “Por isso, também vos dei estatutos que não eram bons, e juízos pelos quais não viveríeis; e vos os dei para que se cumprisse a maldade de vossas iniquidades, para que soubésseis que eu sou o Senhor.”
Deus, ao permitir a Lei, mostra que o homem jamais será capaz de cumprir por mérito próprio. A Lei é um espelho que revela a nossa condição, e não uma escada para a salvação.


Conclusão desta tese: Ao confiar na Lei como caminho para a justiça, o homem desonra a Deus, porque evidencia que não reconhece Sua soberania absoluta nem sua própria incapacidade de atingir a perfeição.


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2. A tentativa de “comprar” a salvação pela Lei desonra a Deus e busca um prêmio em vez da graça

O judaísmo legalista, ao crer que a obediência aos mandamentos poderia garantir aprovação divina ou salvação, transforma a Lei em mercadoria:

Isaías 1:11-15 – “Para que me serve a multidão dos vossos sacrifícios? — diz o Senhor. Já estou farto dos holocaustos... Não continueis a trazer oferta inútil; o fumeiro dos vossos incensos me é abominável...”
Deus reprova a tentativa de manipulação da sua misericórdia. O culto, a Lei e as obras exteriores não podem ser utilizados para barganhar a salvação.

Jeremias 2:22 – “Porventura ainda não vos envergonhais de me provocardes? — diz o Senhor. Não vos envergonhais de toda a maldade de vossas obras?”
O objetivo do homem ao tentar “merecer” a salvação é obter um prêmio que não lhe pertence. Isso é uma afronta à glória divina, porque Deus não deve dividir Seu louvor com um ser humano transgressor.

Habacuque 2:4 – “Eis o soberbo! A sua alma não é reta nele; mas o justo, pelo seu zelo, viverá.”
A justiça verdadeira não provém da Lei ou de qualquer tentativa de meritocracia. A vida e a retidão estão na fidelidade a Deus, em reconhecer Sua soberania e não tentar transformar a graça em recompensa.

Êxodo 20:20 – “Moisés disse ao povo: Não temais, porque Deus veio para vos provar, e para que o seu temor esteja diante de vós, para que não pequeis.”
A Lei tem finalidade de instrução, para revelar a necessidade de dependência de Deus, não para vender a salvação ao observador.


Conclusão desta tese: Ao tentar transformar a obediência em “prêmio” ou “moeda de troca”, os homens desonram a Deus. A salvação não é comprável; só pode vir da confiança no favor soberano de Deus, que concede a vida e a justiça gratuitamente.


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Síntese argumentativa

1. A Lei evidencia a falha humana. Ninguém cumpre perfeitamente, e a tentativa de fazê-lo desonra a Deus.


2. A Lei não é mercadoria. Tentar obter a salvação por obras é tratar a glória de Deus como negociável, o que é um pecado contra Sua soberania.


3. A verdadeira justiça provém da fé e da confiança na provisão divina. O homem deve reconhecer sua incapacidade e depender da misericórdia de Deus, não de suas próprias obras.


4. Deus só recebe glória plena quando a salvação é concedida gratuitamente. Qualquer tentativa de “merecer” a vida eterna transforma a Lei em prêmio e desvia a honra que é exclusivamente d’Ele.



A tradição judaica sustenta que a justiça diante de Deus se estabelece mediante a observância rigorosa da Torá. No entanto, as próprias Escrituras hebraicas revelam um princípio superior: a verdadeira justiça não provém das obras humanas, mas da misericórdia do Senhor, que é recebida mediante a fé e confiança em Sua palavra.

Se a salvação ou justificação viesse das obras da lei, o homem teria do que se gloriar. O mérito seria parcialmente seu, e a honra da redenção seria dividida entre o Criador e a criatura caída, incapaz de cumprir perfeitamente todos os mandamentos. Mas os profetas e salmos repetem: a glória pertence somente ao Senhor.

O profeta Jeremias declara:

“Assim diz o Senhor: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem se glorie o forte na sua força; não se glorie o rico nas suas riquezas. Mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em me conhecer e saber que eu sou o Senhor, que faço beneficência, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado, diz o Senhor” (Jeremias 9:23-24).

Se a justiça fosse conquistada pela obediência humana, o homem teria em que se gloriar. Mas o texto mostra que o único motivo legítimo de glória é conhecer o Senhor, reconhecendo que a justiça vem Dele.

O salmista reforça esse mesmo princípio:

“A minha alma se gloriará no Senhor; os mansos o ouvirão e se alegrarão” (Salmos 34:2).

Aqui, o justo não se gloria em sua fidelidade ou cumprimento da lei, mas unicamente no Senhor. E mais adiante:

“Em Deus nos gloriaremos o dia todo, e louvaremos o teu nome eternamente” (Salmos 44:8).

Se as obras fossem o fundamento da justificação, a glória pertenceria ao homem. Mas a Escritura aponta para um único objeto de confiança: o próprio Deus.

O profeta Isaías também confirma:

“Tu os padejarás, e o vento os levará, e um redemoinho os espalhará; mas tu te regozijarás no Senhor, e te gloriarás no Santo de Israel” (Isaías 41:16).

O regozijo e a glória não são atribuídos às obras da Torá, mas ao Santo de Israel. Ainda mais enfático, Isaías 45:25 declara:

“Mas no Senhor será justificada e se gloriará toda a descendência de Israel.”

Aqui, o texto é decisivo: a justificação não está nas mãos do homem, mas “no Senhor”.

Outro testemunho claro está em Isaías 61:10:

“Regozijar-me-ei muito no Senhor, a minha alma se alegra no meu Deus; porque me vestiu de roupas de salvação, cobriu-me com o manto de justiça.”

O profeta não diz: “eu me vesti” ou “eu conquistei”, mas reconhece que é o próprio Deus quem o cobre com o manto da justiça. Assim, a justiça é um dom, não um mérito.

Por fim, os escritos históricos confirmam esta mesma verdade:

“Gloriai-vos no seu santo nome; alegre-se o coração dos que buscam ao Senhor” (1 Crônicas 16:10; Salmos 105:3).

Não são os que confiam em suas obras que se alegram, mas os que buscam ao Senhor.

Portanto, as Escrituras hebraicas mostram que a justiça que agrada a Deus nunca foi baseada nas obras da lei, mas na confiança e na fé no próprio Senhor. Se o homem pudesse salvar-se pela Torá, ele dividiria a glória com Deus. Mas toda a glória e honra pertencem ao Santo de Israel, cuja justiça é concedida como ato de misericórdia, e não como pagamento de dívida.


Onde, então, está o motivo para que o homem se glorie? Ele é anulado. Por qual princípio? Seria pelo das obras? Não, mas pelo princípio da fé.

Concluímos, portanto, que o homem é justificado pela confiança, sem depender da prática da lei.

Ou será que o Deus de Israel é apenas Deus dos circuncisos? Não é Ele também o Deus das nações? Sim, pois Ele é o Deus de todos.

Visto que há um só Deus, Ele justificará pela fé tanto os que são da circuncisão quanto os que não a têm.

Invalidamos, então, a lei por meio da fé? De maneira nenhuma. Ao contrário, confirmamos a lei em sua verdadeira intenção.

E que diremos de Abraão, nosso pai segundo a carne? Que vantagem teria ele alcançado pelas obras? Pois, se Abraão tivesse sido declarado justo em virtude de sua própria observância, poderia se gloriar — mas não diante do Eterno.

Pois o que dizem as Escrituras? “Abraão creu no Senhor, e isso lhe foi contado como justiça.”

Ora, o salário do trabalhador não é dado como favor, mas como dívida. Contudo, àquele que não se apoia em suas obras, mas confia no Deus que justifica até o ímpio, a sua fé lhe é imputada como justiça.

Atribuir ao homem a capacidade de conquistar perdão ou justiça por meio de suas próprias obras é transformar a criatura em ídolo, pois isso significa dividir com ela a glória que pertence somente ao Criador. Louvar a si mesmo em lugar de confiar unicamente em Deus é a mesma essência da idolatria, como se o homem pudesse tornar o Eterno seu devedor.

“Eu sou o Senhor; este é o meu nome; a minha glória, pois, não darei a outrem, nem o meu louvor às imagens de escultura.” (Isaías 42:8)Louvar a criatura em lugar do Criador é idolatria em sua forma mais sutil. Quando o homem transgride a lei e, em vez de reconhecer sua dependência da misericórdia divina, tenta conquistar ou barganhar o perdão por meio de suas próprias obras, ele se coloca como igual ao Criador, atribuindo a si mesmo a capacidade de gerar justiça. Isso desonra a Deus duas vezes: primeiro pela desobediência, e depois pela pretensão de substituir a graça pela autossuficiência. Se a salvação fosse pela prática da lei, o homem teria do que se gloriar diante de Deus, e o Santo de Israel se tornaria devedor da criatura. Tal pensamento anula a transcendência divina, reduzindo o Eterno ao nível de uma balança comercial. Por isso, as Escrituras afirmam:

“Eu sou o Senhor; este é o meu nome; a minha glória, pois, não darei a outrem, nem o meu louvor às imagens de escultura.” (Isaías 42:8)


​Isaías 1:18
​Vinde então, e arguí-me, diz o Senhor; ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã.

​Deus mesmo promete apagar o pecado e purificar o homem. Não há mérito humano nisso. O rabinismo legalista nega essa gratuidade, fazendo da Torá um peso de barganha.
​Isaías 43:25
​Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim, e dos teus pecados não me lembro.

​O perdão é por amor do próprio Deus, não por obras. O orgulho rabínico, ao insistir em méritos, afronta a declaração direta do Eterno.
​Isaías 44:22
​Apaguei, como a névoa, as tuas transgressões e, como a nuvem, os teus pecados; torna-te para mim, porque eu te remi.

​A redenção vem como ato unilateral de Deus. A fé responde, mas a lei não pode produzir essa libertação.
​Isaías 45:25
​Mas no Senhor será justificada e se gloriará toda a descendência de Israel.

​A justiça é no Senhor, não no homem. O judeu que se gloria na lei rouba de Deus a glória da salvação.
​Isaías 53:11
​Ele verá o fruto do trabalho da sua alma, e ficará satisfeito; com o seu conhecimento o meu Servo, o Justo, justificará a muitos, porque as iniquidades deles levará sobre si.

​A justificação vem do Servo de Deus que leva as iniquidades. Não é conquista humana, mas dádiva recebida pela fé.
​Isaías 54:17
​Toda a ferramenta preparada contra ti não prosperará; e toda língua que se levantar contra ti em juízo, tu a condenarás; esta é a herança dos servos do Senhor, e a sua justiça que de mim procede, diz o Senhor.

​A justiça procede de Deus, não do esforço humano. O rabinismo inverte isso ao afirmar mérito próprio.
​Isaías 61:10
​Regozijar-me-ei muito no Senhor, a minha alma se alegra no meu Deus; porque me vestiu de roupas de salvação, cobriu-me com o manto de justiça, como noivo que se adorna com atavios sacerdotais, e como noiva que se enfeita com as suas joias.

​A salvação é vestimenta recebida, não tecida pelas mãos do homem. O orgulho rabínico, ao costurar justiça própria, rejeita o manto divino.
​Jeremias 31:33-34
​33 Mas este é o pacto que farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei a minha lei no seu interior, e a escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.
34 E não ensinará mais cada um a seu próximo, nem cada um a seu irmão, dizendo: Conhecei ao Senhor; porque todos me conhecerão, desde o menor deles até ao maior, diz o Senhor; porque lhes perdoarei a sua maldade, e nunca mais me lembrarei dos seus pecados.

​O perdão e a transformação vêm do próprio Deus, que escreve a lei no coração. O ensino rabínico, focado em repetição de mandamentos externos, contradiz essa promessa.
​Jeremias 50:20
​Naqueles dias, e naquele tempo, diz o Senhor, buscar-se-á a iniquidade de Israel, mas não haverá; e os pecados de Judá, mas não se acharão; porque perdoarei os que eu deixar de resto.

​O perdão apaga completamente o pecado. O legalismo jamais poderia produzir essa realidade.
​Ezequiel 11:19-20
​19 E lhes darei um só coração, e porei dentro deles um espírito novo; e tirarei da sua carne o coração de pedra, e lhes darei um coração de carne;
20 para que andem nos meus estatutos, e guardem os meus juízos, e os cumpram; e eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus.

​O coração novo é dádiva divina, não produto de disciplina legalista. A fé acolhe, a lei externa não transforma.
​Ezequiel 18:22
​De todas as suas transgressões que cometeu, não se terá lembrança contra ele; na sua justiça que praticou, viverá.

​A lembrança das transgressões é removida. Nenhum ritual ou mérito humano poderia realizar isso.
​Ezequiel 36:25-27
​25 Então aspergirei água pura sobre vós, e ficareis purificados; de todas as vossas imundícies, e de todos os vossos ídolos vos purificarei.
26 E vos darei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei da vossa carne o coração de pedra, e vos darei um coração de carne.
27 E porei dentro de vós o meu Espírito, e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis os meus juízos, e os observeis.

​Deus promete purificação, novo coração e Seu Espírito. O rabinismo reduz isso a esforço humano, anulando a obra graciosa.
​Daniel 9:9
​Ao Senhor nosso Deus pertencem as misericórdias e os perdões; pois nos rebelamos contra ele.

​A misericórdia e o perdão pertencem ao Senhor. O mérito humano não entra nessa equação.
​Habacuque 2:4
​Eis que a sua alma, que se ensoberbece, não é reta nele; mas o justo, pela sua fé, viverá.

​O justo vive pela fé, não pela lei. O legalismo se ensoberbece e cai na idolatria de si mesmo.
​Miquéias 7:18-19
​18 Quem, ó Deus, é semelhante a ti, que perdoas a iniquidade, e que te esqueces da transgressão do remanescente da tua herança? O Senhor não retém a sua ira para sempre, porque tem prazer na benignidade.
19 Tornará a apiedar-se de nós; sujeitará as nossas iniquidades, e lançará todos os nossos pecados nas profundezas do mar.

​Deus perdoa porque tem prazer em amar. O rabino que confia no mérito nega esse prazer da graça divina.
​Zacarias 3:4
​E respondeu, e falou aos que estavam diante dele, dizendo: Tirai-lhe estas vestes sujas. E a Josué disse: Eis que tenho feito com que passe de ti a tua iniquidade, e te vestirei de roupas novas.

​É Deus quem remove as vestes sujas e veste de justiça nova. O homem não pode se purificar sozinho.


A Torá revela claramente a condição do homem diante de Deus. Ela mostra a insuficiência das obras humanas, expondo que mesmo a justiça observada externamente não basta, pois o coração do homem é corrompido:

Salmos 14:1-3 – "Diz o insensato no seu coração: Não há Deus. Corromperam-se e praticaram ações abomináveis; não há ninguém que faça o bem."

Isaías 64:6 – "Todos nós éramos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia; e caímos todos nós como a folha, e as nossas iniquidades, como o vento, nos levaram."

Jeremias 17:9 – "Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?"


Essas passagens revelam que a lei cumpre sua função de condenar o pecado, mostrando que a humanidade não pode alcançar a justiça plena por si mesma.

Os profetas, no entanto, anunciam a promessa de restauração e de transformação interior, prefigurando o que Deus fará para capacitar o homem a viver segundo Sua vontade.

Ezequiel 11:19 – "E lhes darei um só coração, e porei dentro deles um espírito novo; e tirarei da sua carne o coração de pedra, e lhes darei um coração de carne."

Ezequiel 36:26-27 – "E vos darei coração novo e porei espírito novo dentro de vós; e tirarei o coração de pedra da vossa carne, e vos darei coração de carne. E porei dentro de vós o meu Espírito, e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis os meus juízos, e os observeis."



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Parte 2 – A Restauração pelo Espírito e a Vida Plena

A promessa do Espírito visa capacitar o homem a cumprir a lei de dentro para fora, tornando a obediência natural e verdadeira:

Isaías 32:15 – "Até que se derrame sobre nós o Espírito lá do alto; então o deserto se tornará em campo fértil, e o campo fértil será reputado por um bosque."

Isaías 44:3 – "Porque derramarei água sobre o sedento e rios sobre a terra seca; derramarei o meu Espírito sobre a tua posteridade e a minha bênção sobre os teus descendentes."

Joel 2:28-29 – "E acontecerá depois que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne; e os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão; os velhos terão sonhos, os jovens terão visões. E também sobre os servos e sobre as servas derramarei o meu Espírito naqueles dias."

Zacarias 4:6 – "Não por força nem por violência, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos."


Essa transformação interior garante que o homem, agora renovado pelo Espírito, seja capaz de observar a Lei verdadeiramente, cumprindo-a em obediência genuína e não apenas por ritual ou tradição:

Jeremias 31:33 – "Mas esta é a aliança que farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei a minha lei no seu interior, e a escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo."

Jeremias 32:38-40 – "E serão o meu povo, e eu serei o seu Deus; e não se ensinará mais cada um a seu próximo, dizendo: Conhece ao Senhor; porque todos me conhecerão, desde o menor até ao maior, diz o Senhor; porque lhes perdoarei a sua maldade, e nunca mais me lembrarei do seu pecado."


O Espírito também promove vida, arrependimento e restauração, cumprindo o objetivo final da lei e da profecia:

Ezequiel 37:14 – "E porei o meu Espírito dentro de vós, e vivereis, e vos farei repousar sobre a vossa terra; e sabereis que eu, o Senhor, o disse, e o fiz, diz o Senhor."

Ezequiel 39:29 – "E não mais esconderei de eles o meu rosto; e derramarei o meu Espírito sobre a casa de Israel, diz o Senhor Deus."

Zacarias 12:10
[10]Suscitarei sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém um espírito de boa vontade e de prece, e eles voltarão os seus olhos para mim. Farão lamentações sobre aquele que traspassaram, como se fosse um filho único; chorá-lo-ão amargamente como se chora um primogênito!

Os judeus e rabinos tropeçam no próprio Deus por não aceitar a misericórdia e a graça, desonrando a Deus pela transgressão e pela barganhar , o Ato de tentar conquistar o perdão de Deus. 

Isaías 8:13-22
[13]É o Senhor que vós deveis ter por conspirador; é a ele que é preciso respeitar, a ele que se deve temer.
[14]Ele será a pedra de escândalo e a pedra de tropeço para as duas casas de Israel, o laço e a cilada para os habitantes de Jerusalém.
[15]Muitos dentre eles vacilarão, cairão e serão despedaçados; serão presos ao laço e apanhados na armadilha.
[16]Eu vou recolher esta declaração e selar esta revelação para os meus discípulos.
[17]Terei confiança no Senhor que se esconde da casa de Jacó,e esperarei nele.
[18]Eu e os filhos que o Senhor me deu somos, em Israel, sinais e presságios da parte do Senhor dos exércitos, que habita no monte de Sião.
[19]Se vos disserem: Consultai os espíritos dos mortos, os adivinhos, os que conhecem segredos e dizem em voz baixa: Porventura um povo não deve consultar os seus deuses? Consultar os mortos em favor dos vivos?
[20]Para aceitar uma lei e um testemunho. É o que se dirá. Porque não haverá aurora para eles.
[21]Andarão errantes pela terra, fatigados e esfomeados; atormentados pela fome, agastar-se-ão e amaldiçoarão o seu rei e o seu Deus. Levantarão os olhos, depois olharão para a terra,
[22]e só verão misérias, escuridão e trevas angustiantes. Repelir-se-ão dentro da noite

Portanto, a Torá cumpre seu papel de condenação, enquanto o Espírito cumpre a promessa de transformação interior, dando ao homem coração renovado, justiça verdadeira e comunhão plena com Deus. A obediência deixa de ser esforço humano limitado e se torna fruto de um coração guiado pelo Espírito, cumprindo a intenção de Deus desde o princípio.

O judaísmo está contaminado por tradições e costumes e não sabem nem o verdadeiro caminho da salvação". Falam de Deus, mas o coração está longe dele

Isaías 29:13
“Então disse o Senhor: Porque este povo se chega a mim com a sua boca, e com os seus lábios me honra, mas o seu coração está longe de mim, e o seu temor para comigo é ensinado por preceito de homens.”

Jeremias 7:8-10
“Mas vós confiais em palavras falsas, dizendo: ‘Temos paz’; e não há paz. Porventura vocês andam conforme os seus corações, seguindo a maldade? Porventura profanam o meu nome continuamente? Diz o Senhor. Mas não ouvireis, nem escutareis a minha palavra.”


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2. Ofertas e sacrifícios não agradam a Deus quando há hipocrisia

Oséias 8:1-3
“Põe-te ao alto, ó Israel, que sejas como a águia que voa; porque derramei sobre eles o meu juízo como água. Porque, embora multipliquem sacrifícios, eu os castigarei; embora ofereçam ofertas de cereais, não me agradarei deles; pois se tornaram como ações de um povo corrupto, e a sua injustiça se mantém. Por isso conhecerei Israel e os seus pecados, e a casa de Jacó os seus pecados.”

Oséias 4:1-2
“Ouvi a palavra do Senhor, filhos de Israel; porque o Senhor tem um contencioso com a terra e com os habitantes dela. Não há verdade, nem misericórdia, nem conhecimento de Deus na terra. Mas só a maldade, e o assassinato, e o furto, e o adultério prevalecem, e se derrama sangue sobre sangue.”

Amós 5:21-24
“Eu odeio, desprezo as vossas festas, e não me agrado das vossas assembléias solenes. Ainda que me ofereçais holocaustos e vossos sacrifícios, não os aceitarei; afasta de mim o barulho dos teus cânticos. Não quero ver o som das tuas harpas. Mas corra o juízo como águas, e a justiça como ribeiro perene.”


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3. Profetas que enganam e proclamam palavras falsas

Miquéias 3:5-7
“Assim diz o Senhor a respeito dos profetas que fazem errar o meu povo, que mordem os meus lábios e dizem: Paz! quando têm de dar o mal; e a quem, quando abençoam, maldizem. Portanto, noite virá sobre vós, sem visões; e trevas sobre vós, sem adivinhações. As visões dos vossos profetas serão para vós como palavras de um cão que ladra; pois eles verão vaidade e adivinharão mentira; dirão: Assim diz o Senhor, mas o Senhor não o enviou.”

Ezequiel 13:10-12
“Assim diz o Senhor Deus: Porque estes profetas enganam o meu povo, dizendo: Paz, e não há paz; e o que edifica a parede, eis que eles a revestem com estuque; dizeis aos que vêem a espada: Não passará; e aos que a tiram da espada: Não sereis mortos; pelo que o meu furor se acenderá contra os profetas que vêem a mentira, e os farei sair da parede e cairão; e sabereis que eu sou o Senhor.”


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4. Líderes e povo que se esquecem de Deus e vivem em falsidade

Ezequiel 22:26
“Os príncipes da casa de Israel usam o engano, e o meu povo ama a falsidade. Eles se esqueceram de mim, diz o Senhor.”

Jeremias 6:16
“Assim diz o Senhor: Ponde-vos nas veredas, e vede, e perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, e andai por ele; e achareis descanso para as vossas almas. Mas eles disseram: Não andaremos.”



Se eles mesmos não conseguem ver o caminho da salvação, que é o exencial , será que se deve ouvir oque resta no judaísmo? Se nem a salvação eles entendem ? 



Parte 2 refutando o judaísmo


Misericórdia e não sacrifício: a denúncia dos profetas contra a tradição humana

Os rabinos desonram a Yahweh.
Eles se gloriam em tradições humanas, criadas séculos depois dos profetas, e ousam colocá-las em pé de igualdade com a própria Palavra do Altíssimo. Com isso, desprezam a Lei e os Profetas, transformando a glória que pertence a Deus em vanglória da carne, e fazem da obediência um fardo vazio, sustentado por rituais e mandamentos que não estão escritos na Torá nem nos Profetas. A tradição humana não ensina nada de útil ou novo que a Palavra de Deus, dirigida a Moisés e aos Profetas, já não tenha revelado. Se alguma tradição afirma algo novo, isso demonstra que os próprios mestres reconhecem que a Palavra seria insuficiente – mas a Palavra de Yahweh é perfeita, completa e suficiente, devendo ser a única fonte de glória e obediência.

A Escritura é clara: a palavra dos homens é vaidade, mas a Palavra de Yahweh permanece para sempre. Assim diz o Senhor:

Oséias 6:6 – “Porque eu quero misericórdia, e não sacrifício; e o conhecimento de Deus, mais do que holocaustos.”

Oséias denuncia Israel por substituir fidelidade e amor por ritos exteriores. Yahweh deseja obediência de coração, mas os rabinos, cheios de soberba, criam tradições humanas para preencher o vazio deixado pela própria rebeldia.

Isaías 1:10-11, 15 – “Ouvi a palavra do Senhor, príncipes de Sodoma! De que me serve a abundância dos vossos sacrifícios? Estou farto dos holocaustos... Quando multiplicais as vossas orações, não as ouço; as vossas mãos estão cheias de sangue.”
Isaías 58:3-5 – “Eis que jejuais para contenda e para debate, e não jejuais para fazer ouvir a vossa voz no alto.”

Miquéias 6:6-8, 16 – “Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o Senhor pede de ti, senão que pratiques a justiça, ames a misericórdia e andes humildemente com o teu Deus?... O vosso pecado é grande, porque rejeitastes a lei do Senhor e desprezastes a palavra do Santo de Israel.”

Amós 8:11-12 – “Eis que vêm dias em que enviarei fome à terra, não fome de pão, nem sede de água, mas de ouvir as palavras do Senhor. Vaguearão buscando a palavra do Senhor, e não a acharão.”

Jeremias 6:16 – “Ponde-vos nos caminhos e vede as veredas antigas, qual é o bom caminho, e andai por ele... mas disseram: Não andaremos.”
Isaías 29:13 – “E o Senhor disse: Este povo me honra com os lábios, mas o coração está longe de mim, e o temor deles é apenas mandamento de homens aprendido por preceito.”

Ezequiel 34:2-5
[2] Filho do homem, profetiza contra os pastores de Israel; dize-lhes, a esses pastores, este oráculo: eis o que diz o Senhor Javé: ai dos pastores de Israel que só cuidam do seu próprio pasto. Não é seu rebanho que devem pastorear os pastores?
[3] Vós bebeis o leite, vestis-vos de lã, matais as reses mais gordas e sacrificais, tudo isso sem nutrir o rebanho.
[4] Vós não fortaleceis as ovelhas fracas; a doente, não a tratais; a ferida, não a curais; a transviada, não a reconduzis; a perdida, não a procurais; a todas tratais com violência e dureza.
[5] Assim, por falta de pastor, dispersaram-se minhas ovelhas, e em sua dispersão foram expostas a tornarem-se presa de todas as feras.

Jeremias 23:1-2
[1] Ai dos pastores que deixam perder-se e dispersar-se o rebanho miúdo de minha pastagem! – oráculo do Senhor.
[2] Por isso, assim fala o Senhor, Deus de Israel, acerca dos pastores que apascentam o meu povo: Dispersastes o meu rebanho e o afugentastes, sem dele vos ocupar. Eu, porém, vou ocupar-me à vossa custa da malícia de tal procedimento – oráculo do Senhor.

Ezequiel e Jeremias denunciam os falsos pastores que exploram o povo, vivendo de vaidade e não guiando o rebanho. Isso evidencia que a tradição humana, quando colocada acima da Palavra, corrompe o ser humano e a própria Palavra.

1 Samuel 15:22-23 – “O obedecer é melhor do que o sacrificar; e o atender é melhor do que a gordura de carneiros. A rebeldia é como o pecado de feitiçaria, e a arrogância como o pecado de idolatria. Pois que rejeitaste a palavra do Senhor, também ele te rejeita.”

Aqui vemos claramente que a misericórdia, a obediência e a fidelidade à Palavra são mais valiosas que qualquer sacrifício externo. A tradição humana, ao tentar substituir essa obediência, equivale a rebeldia, feitiçaria e idolatria.

Ao aceitar a tradição no mesmo nível da Palavra de Deus, os rabinos levam o povo a cair em ainda mais erros. A palavra das criaturas é apresentada como equivalente à Palavra do Criador, e os homens chegam a crer que a Palavra de Deus só estaria completa com a interpretação dos rabinos. Mas não é assim: a Palavra de Deus é eterna e completa!

Isaías 40:5-8
[5] Então a glória do Senhor manifestar-se-á; todas as criaturas juntas apreciarão o esplendor, porque a boca do Senhor o prometeu.
[6] Clama!, disse uma voz, e eu respondi: Que clamarei? Toda criatura é como a erva, e toda a sua glória como a flor dos campos!
[7] A erva seca e a flor fenece quando o sopro do Senhor passa sobre elas. (Verdadeiramente, o povo é semelhante à erva.)
[8] A erva seca e a flor fenece, mas a Palavra de nosso Deus permanece eternamente.

O Senhor Deus não precisa de tradução ou de tradições humanas para completar Sua Palavra. Pelo contrário, é o ser humano que cria mandamentos e ritos para se sentir menos pecador, ocultando seu pecado diante dos outros e tentando acalmar a consciência. Ao assumir ritos rigorosos e com aparência de piedade, o homem ostenta uma virtude superior, mas os preceitos humanos não têm o poder de remover pecados diante de Deus.

Isaías 29:9, 11-20
[9] Pasmai-vos e maravilhai-vos, obstinai-vos, feridos de cegueira, embriagai-vos, mas não de vinho, cambaleai, mas não por causa da bebida.
[11] A revelação de todos esses acontecimentos permanece para vós como o texto de um livro selado. Quando o oferecem a um letrado, pedindo-lhe que o leia, ele responde: Não posso, o livro está selado;
[12] se o oferecem a um iletrado, pedindo-lhe que o leia, ele responde: Não sei ler.
[13] O Senhor disse: Esse povo vem a mim apenas com palavras e me honra só com os lábios, enquanto seu coração está longe de mim, e o temor que ele me testemunha é convencional e rotineiro.
[14] Por isso continuarei a tratar esse povo de modo tão estranho que a sabedoria dos espertalhões se perderá e a inteligência dos astutos desaparecerá.
[15] Ai daqueles que querem esconder do Senhor seus desígnios, que fazem intrigas nas trevas e dizem: Quem nos vê e quem nos conhece?
[16] Que perversidade a vossa! Pode-se tratar como barro o oleiro? Pode a obra dizer do artífice: Ele nada me fez? Pode o pote dizer do oleiro: Ele nada entende disso?
[17] Acaso, dentro de pouco tempo, não será o Líbano convertido em vergel, e o vergel não passará por floresta?
[18] Naquele tempo, os surdos ouvirão as palavras de um livro; e, livres da obscuridade e das trevas, os olhos dos cegos verão.
[19] Os humildes encontrarão cada vez mais ventura no Senhor, e os homens mais pobres, graças ao Santo de Israel, estarão jubilosos.
[20] Pois não haverá mais tiranos, já terá desaparecido o cético, e todos os que planejavam o mal serão exterminados.

De fato, o judaísmo se afastou da Palavra de Deus, constituindo-se apenas de mandamentos humanos, abandonando a Palavra do Altíssimo.

Salmo 50:16-17 – “Que tens tu a enumerar os meus estatutos e a tomar a minha aliança na tua boca? Pois tu odias a instrução e lanças as minhas palavras atrás de ti.”
Salmo 119:89; 19:7 – “Para sempre, ó Senhor, está firmada a tua Palavra no céu. A lei do Senhor é perfeita, converte a alma; o testemunho do Senhor é fiel, dá sabedoria aos simples.”

Malaquias 3:6 – “Porque eu, o Senhor, não mudo; por isso, vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos.”


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Conclusão
Os rabinos desonram a Yahweh ao colocar a tradição no mesmo nível da Escritura. Mas a Palavra de Deus é eterna, perfeita e suficiente. A misericórdia e a obediência são mais valiosas que todos os sacrifícios, e a rebeldia e a arrogância equivalem a feitiçaria e idolatria. A tradição humana que contradiz a Lei e os Profetas não ensina nada de novo; apenas revela a tentativa dos homens de substituir a Palavra de Yahweh por suas próprias interpretações e vanglórias. Obedecer à Palavra de Deus é a verdadeira forma de honrar Yahweh, e não meros rituais ou mandamentos criados por homens.



Misericórdia e obediência: a denúncia dos profetas contra a tradição humana

O povo de Israel tem sido denunciado pelos profetas por sua negligência e hipocrisia. Ao invés de obedecer à Palavra de Yahweh, glorificam a tradição humana e os mandamentos de homens, transgredindo a Lei e os profetas, e desonrando o Criador ao atribuirem louvores à criatura em vez de a Ele. Confiar na palavra humana em lugar da Palavra eterna de Deus é uma forma velada de idolatria e feitiçaria.

Os líderes de Israel são acusados de encherem seus próprios corações de glória, enquanto o povo se afasta da Palavra de Deus. O apego à tradição humana, que surgiu depois dos profetas, não pode ter o mesmo peso que a Palavra eterna de Yahweh. Ensinar mandamentos que não estão na Lei e nos Profetas, usando pretexto de piedade, é corrupção espiritual. A glória humana é passageira, enquanto a Palavra do Altíssimo permanece para sempre.

Como Samuel declarou a Saul:

> “Samuel replicou-lhe: Acaso o Senhor se compraz tanto nos holocaustos e sacrifícios como na obediência à sua voz? A obediência é melhor que o sacrifício e a submissão vale mais que a gordura dos carneiros. A rebelião é tão culpável quanto a superstição; a desobediência é como o pecado de idolatria. Pois que rejeitaste a palavra do Senhor, também ele te rejeita e te despoja da realeza!” (1 Samuel 15:22-23)



E a Palavra de Deus permanece imutável:

> “Porque eu, o SENHOR, não mudo; por isso, vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos.” (Malaquias 3:6)



A vida humana, por outro lado, é frágil e efêmera, como descreve o Salmo:

> “Tu os levas como uma torrente; são como o sono; de manhã são como a erva que floresce. De manhã brota e floresce; à tarde murcha e seca.” (Salmo 90:5-6)



Os profetas deixam claro que a tradição humana e a vaidade religiosa não salvam, e glorificar homens em lugar de Deus é idolatria. Os líderes ensinam fábulas e mandamentos próprios para preencher o vazio dos mandamentos que não conseguem cumprir, e usam grandes orações como justificativa para sua ganância e hipocrisia.

Isaías revela a consequência de tal obstinação:

> “Vai, pois, dizer a esse povo: Escutai, sem chegar a compreender; olhai, sem chegar a ver... Até que o Senhor tenha banido os homens, e seja grande a solidão na terra. Se restar um décimo, ele será lançado ao fogo, como o terebinto e o carvalho, cuja linhagem permanece quando são abatidos.” (Isaías 6:9-13)



E adverte sobre o espírito de torpor que acomete aqueles que confiam em palavras humanas:

> Isaías 29:10-23 mostra a cegueira espiritual, a confusão dos sábios e a destruição da sabedoria daqueles que elevam tradições humanas acima da Palavra de Deus.



Confiar em tradições humanas é colocar criaturas no mesmo nível que o Criador. A Palavra de Yahweh, eterna e imutável, é a única base segura para a obediência e salvação. A glória do homem é como a flor da erva: cedo murcha e desaparece, enquanto a Palavra do Altíssimo permanece para sempre.

Os rabinos desonram a Yahweh ao exaltarem suas tradições e mandamentos humanos acima daquilo que o próprio Deus estabeleceu. Eles transformaram a obediência em formalidade, esqueceram-se da essência da Torá e da voz dos profetas. Yahweh sempre deixou claro que deseja misericórdia, justiça e conhecimento Dele, e não apenas sacrifícios e rituais mecânicos.
O profeta Oséias denuncia:
“Porque eu quero misericórdia, e não sacrifício; e o conhecimento de Deus, mais do que holocaustos.” (Oséias 6:6)
Este versículo atinge o coração do judaísmo apóstata, pois mostra que o ritual vazio nunca foi aceito por Yahweh. O povo se glorificava nos sacrifícios, mas negligenciava a verdadeira obediência e humildade diante do Altíssimo.
Samuel também confrontou Saul quando este tentou justificar sua desobediência com o pretexto de sacrifícios:
“Tem, porventura, o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios, como em que se obedeça à palavra do Senhor? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar; e o atender melhor é do que a gordura de carneiros. Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e o porfiar é como iniquidade e idolatria.” (1 Samuel 15:22-23)
Aqui fica evidente: quando os rabinos exaltam sua tradição acima da Palavra, cometem a mesma rebelião que Saul. Desonram a Yahweh porque pensam que seus acréscimos podem substituir a obediência pura à Lei.
O profeta Isaías também clamou contra esse engano:
“De que me serve a mim a multidão de vossos sacrifícios? — diz o Senhor. Já estou farto dos holocaustos de carneiros e da gordura de animais cevados; e não me agrado do sangue de bezerros, nem de cordeiros, nem de bodes. Quando vindes para comparecer perante mim, quem requereu isso de vossas mãos, que viésseis a pisar os meus átrios? Não continueis a trazer ofertas vãs; o incenso é para mim abominação, e também as festas da lua nova, e os sábados, e a convocação das assembleias; não posso suportar a iniquidade associada ao ajuntamento solene.” (Isaías 1:11-13)
Este texto mostra que Yahweh rejeita o culto hipócrita. Os rabinos desonram a Yahweh quando usam os ritos como máscara para esconder a transgressão da Lei.
Miquéias resume de forma perfeita aquilo que Yahweh exige, em oposição à soberba dos líderes:
“Com que me apresentarei ao Senhor, e me inclinarei diante do Deus Altíssimo? Virei perante ele com holocaustos, com bezerros de um ano? Agradar-se-á o Senhor de milhares de carneiros, de dez mil ribeiros de azeite? Darei o meu primogênito pela minha transgressão, o fruto do meu ventre pelo pecado da minha alma? Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o Senhor pede de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a misericórdia, e andes humildemente com o teu Deus?” (Miquéias 6:6-8)
O judaísmo apóstata rejeita esta simplicidade. Os rabinos acrescentaram mandamentos de homens, leis além da Lei, tradições que obscurecem a justiça, a misericórdia e a humildade. Assim, desonram a Yahweh, porque criam fardos que Ele nunca estabeleceu.
Amós também denunciou o mesmo espírito hipócrita:
“Eu aborreço, desprezo as vossas festas, e não tenho prazer nas vossas assembleias solenes. E, ainda que me ofereçais holocaustos e ofertas de alimentos, não me agradarei delas; nem atentarei para as ofertas pacíficas de vossos animais cevados. Afasta de mim o estrépito dos teus cânticos; porque não ouvirei as melodias das tuas violas. Corra, porém, o juízo como as águas, e a justiça como um ribeiro perene.” (Amós 5:21-24)
Ou seja, o culto vazio, moldado por tradições humanas, nunca poderá substituir o coração quebrantado e a obediência verdadeira.
Portanto, vemos que todos os profetas — Oséias, Samuel, Isaías, Miquéias e Amós — ergueram a mesma denúncia: os rabinos desonram a Yahweh quando transformam a Torá em um sistema de aparência e tradições, esquecendo-se que o Senhor deseja obediência, justiça, misericórdia e conhecimento Dele acima de tudo.






A raiz da apostasia de Israel está no fato de que os rabinos abandonaram a pureza da Torá e dos profetas para se gloriar em interpretações humanas, envaidecendo-se em seus próprios pensamentos. Eles não apenas desonram Yahweh, mas ainda fingem piedade, criando mandamentos que Ele não ordenou, transformando a obediência em orgulho e a religião em pretexto para opressão.

O profeta Isaías denunciava esse espírito rebelde:

> “Ai dos que são sábios a seus próprios olhos, e prudentes em seu próprio conceito!” (Isaías 5:21)



A soberba dos rabinos é insulto direto contra Yahweh, pois a verdadeira sabedoria está somente em temer ao Senhor:

> “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria; os loucos desprezam a sabedoria e a instrução.” (Provérbios 1:7)



Ao colocarem a tradição acima da Palavra de Deus, desprezam a instrução verdadeira e seguem o engano de seus próprios corações. Yahweh advertiu Seu povo contra este caminho:

> “Como, pois, dizeis: Somos sábios, e a lei do Senhor está conosco? Certamente que a falsa pena dos escribas a converteu em mentira. Os sábios serão envergonhados, espantados e presos; eis que rejeitaram a palavra do Senhor; que sabedoria, pois, têm eles?” (Jeremias 8:8-9)



Os escribas, precursores dos rabinos, corromperam a Torá, falsificando-a com interpretações e tradições humanas que não vinham de Yahweh. Ezequiel denuncia sua hipocrisia:

> “Os seus sacerdotes transgrediram a minha lei, e profanaram as minhas coisas santas; entre o santo e o profano não fizeram diferença, nem discerniram entre o imundo e o limpo; e de meus sábados esconderam os seus olhos, e assim fui profanado no meio deles.” (Ezequiel 22:26)



Oséias mostra que tal desvio é traição espiritual:

> “O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; e, visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos. Como eles se multiplicaram, assim contra mim pecaram; eu mudarei a sua honra em vergonha.” (Oséias 4:6-7)



A arrogância dos rabinos os faz crer que podem corrigir a Palavra de Deus com suas tradições, mas Yahweh os humilhará:

> “Os olhos altivos dos homens serão abatidos, e a altivez dos varões será humilhada, e só o Senhor será exaltado naquele dia. Porque o dia do Senhor dos Exércitos será contra todo soberbo e altivo, e contra todo aquele que se exalta, para que seja abatido.” (Isaías 2:11-12)



Os profetas mostram que Israel caiu na soberba, acreditando mais em si do que na Lei de Yahweh. Os rabinos transformam piedade em pretexto para opressão e Lei em tradição morta. Toda sua glória é vanglória, e toda sua sabedoria é loucura. Ao rejeitar a Palavra de Deus, são rejeitados como sacerdotes, e suas tradições se tornam afronta contra Yahweh.

Samuel declara a Saul que a obediência é superior a todo sacrifício:

> “Samuel replicou-lhe: Acaso o Senhor se compraz tanto nos holocaustos e sacrifícios como na obediência à sua voz? A obediência é melhor que o sacrifício e a submissão vale mais que a gordura dos carneiros. A rebelião é tão culpável quanto a superstição; a desobediência é como o pecado de idolatria. Pois que rejeitaste a palavra do Senhor, também ele te rejeita e te despoja da realeza!” (1 Samuel 15:22-23)



A Palavra de Deus permanece imutável:

> “Porque eu, o SENHOR, não mudo; por isso, vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos.” (Malaquias 3:6)



A vida humana é frágil e efêmera:

> “Tu os levas como uma torrente; são como o sono; de manhã são como a erva que floresce. De manhã brota e floresce; à tarde murcha e seca.” (Salmo 90:5-6)



Isaías adverte sobre a cegueira espiritual de quem confia em palavras humanas:

> “Vai, pois, dizer a esse povo: Escutai, sem chegar a compreender; olhai, sem chegar a ver... Até que o Senhor tenha banido os homens, e seja grande a solidão na terra. Se restar um décimo, ele será lançado ao fogo, como o terebinto e o carvalho, cuja linhagem permanece quando são abatidos.” (Isaías 6:9-13)



> Isaías 29:10-23 mostra a cegueira espiritual, a confusão dos sábios e a destruição da sabedoria daqueles que elevam tradições humanas acima da Palavra de Deus.



Confiar em tradições humanas é colocar criaturas no mesmo nível que o Criador. A glória do homem é como a flor da erva: cedo murcha e desaparece, enquanto a Palavra de Yahweh, eterna e imutável, permanece para sempre.




Como a tradição rabínica estraga a Lei de Moisés

1. Prozbul (Hillel e as dívidas)



Lei de Moisés:
📖 Deuteronômio 15:1-2 — “No fim de cada sete anos farás remissão de dívidas...”

Tradição: Hillel criou o prozbul, permitindo transferir dívidas ao tribunal para continuarem válidas.

Efeito: A Torá mandava perdoar, mas a tradição ensinou a cobrar.
👉 O mandamento da misericórdia virou um meio de injustiça.


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2. “Cerca guardadora” — carne e leite



Lei de Moisés:
📖 Êxodo 23:19 — “Não cozinharás o cabrito no leite de sua mãe.”

Tradição: Proibiram qualquer mistura de carne e leite, criaram regras extras (utensílios, esperas, restrições).

Efeito: A Torá falava de um caso específico, mas a tradição multiplicou regras humanas.
👉 O mandamento simples virou um fardo que Deus não colocou.


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3. Isenção das mulheres em mandamentos positivos



Lei de Moisés: Mandamentos como tzitzit (Números 15:38) e tefilin (Deuteronômio 6:8) eram para Israel em geral, sem exceção por sexo.

Tradição: Rabinos isentaram as mulheres “por estarem ocupadas em casa”.

Efeito: A lei universal foi restrita por critério humano.
👉 A ordem de Deus foi distorcida culturalmente.


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4. Konam/Corban (votos pessoais)



Lei de Moisés:
📖 Êxodo 20:12 — “Honra teu pai e tua mãe.”

Tradição: Permitiram declarar bens “corban” (consagrados), mesmo que isso significasse negar ajuda aos pais.

Efeito: O mandamento de honra foi anulado pela tradição.
👉 A tradição justificou a desobediência direta.


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5. Lavar as mãos antes das refeições



Lei de Moisés:

Sacerdotes deviam lavar-se antes do serviço (Êxodo 30:17-21).

Pessoas deviam se purificar em casos de impureza (Levítico 15).

Tradição: Impuseram lavagem obrigatória antes de comer pão para todo judeu (Mishná Yadayim).

Efeito: Tornaram pecado o que Deus nunca proibiu.
👉 A tradição acrescentou mandamentos, quebrando Deuteronômio 4:2: “Nada acrescentareis...”.


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📌 Conclusão

A cada caso se repete o mesmo padrão:

1. Deus deu um mandamento claro.


2. Os rabinos criaram uma regra diferente, maior ou contrária.


3. O resultado foi inverter, acrescentar ou anular a própria Lei.



Ou seja, ao guardar essas tradições, o judeu não obedece a Moisés — ele substitui a Lei de Deus pela lei dos homens, exatamente comoCoração longe de Deus (Isaías 29:13).

Tradições humanas em lugar da lei (Ezequiel 22:26).

Pastores falsos e autoindulgentes (Ezequiel 34).

Profetas mentirosos (Jeremias 23).

Invalidam a minha lei com as suas interpretações, mas dizem: “Assim diz o Senhor”, quando eu não falei (Jeremias 23:30-32):

> “Portanto eis que eu sou contra os profetas, diz o Senhor, que roubam de mim as minhas palavras cada um, dizendo: Assim diz o Senhor, e eu não as tenho enviado; e os profetas dizem: Espiritualidade! e eu não os enviei;
Por isso, eis que sou contra os profetas, diz o Senhor, que usam de sua própria língua, e dizem: Assim diz o Senhor, quando eu não falei.
Eis que, sobre os profetas, que usam de mentira, e dizem: Assim diz o Senhor, quando eu não falei, eis que sou contra eles, diz o Senhor.”



Coração longe de Deus (Isaías 29:13):

> “E o Senhor disse: Porquanto este povo se aproxima de mim com a boca, e com os lábios me honra, porém o seu coração está longe de mim, e o temor deles para comigo é só um mandamento de homens aprendido por preceito.”



Tradições humanas em lugar da lei (Ezequiel 22:26):

> “Os seus sacerdotes violaram a minha lei e profanaram as minhas coisas santas; não fizeram distinção entre santo e profano, nem entre o limpo e o imundo, e fecharam os olhos sobre os meus sábados; e eu fui profanado no meio deles.”



Pastores falsos e autoindulgentes (Ezequiel 34:2-3):

> “Filho do homem, profetiza contra os pastores de Israel; profetiza e dize-lhes: Assim diz o Senhor Deus: Ai dos pastores de Israel que se apascentam a si mesmos! Porventura não se apascentam os pastores do rebanho?
Vós devorais a gordura, vestis-vos da lã e matais o gado gordo, mas não apascentais o rebanho.”



Têm o coração endurecido, e não conhecem o caminho do Senhor, nem o juízo do seu Deus; juram falsamente, mas dizem: “Vive o Senhor” (Jeremias 5:2-4):

> “Olhai entre as nações, vede, perguntai; quem jamais ouviu tal coisa? Foi alguma vez ouvida uma coisa semelhante?
Porventura a terra se revolta de um juiz, ou os povos são pecadores por seu caminho?
Mas o meu povo não conhece o juízo do Senhor, nem o meu povo entende; enchem a boca de juramentos, mas não me invocam com sinceridade; pois vivem no engano do coração e não temem a mim.”



Assim se cumpre o que foi dito: “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?” (Jeremias 17:9):

> “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?”



“Nada há fora do homem que, entrando nele, o possa manchar; mas o que sai do homem, isso é que mancha o homem. Se alguém tem ouvidos para ouvir, ouça. [...] Não compreendeis que tudo o que de fora entra no homem não o pode tornar impuro? Porque é do coração que procedem os maus pensamentos, os adultérios, as prostituições, os homicídios, os furtos, as avarezas, as maldades, o engano, a dissolução, a inveja, a blasfêmia, a soberba e a loucura. Todas estas coisas más procedem de dentro e contaminam o homem”











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C.T. Russell

Porque apenas algumas testemunhas de Jeová vão para o céu?.​A Vontade de Jesus e a Vontade do Pai​João 5:30: "Não posso eu mesmo fazer coisa alguma; conforme ouço, julgo; e o meu julgamento é justo, porque não busco a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou."​João 6:38: "Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou."​Nesse contexto, Deus poderia dizer que a vontade d'Ele é a vontade de Jesus, e a vontade de Jesus é a vontade de Deus. Embora uma criatura possa fazer a vontade de Deus, é necessário considerar que, para fazer toda a vontade de Deus, é preciso saber toda a Sua vontade, o que implica onisciência e um conhecimento intrínseco sobre os propósitos de Deus. Somente o próprio Deus pode afirmar que faz tudo o que Ele quer. Jesus está dizendo que Ele faz a vontade do Pai, que é a Sua própria vontade. A vontade de Jesus é a vontade de Deus e a vontade de Deus é a vontade de Jesus. Jesus não tem mais de uma vontade, pois a Sua vontade é fazer a vontade do Pai.​Uma criatura pode fazer a vontade de Deus se tiver conhecimento sobre a vontade de Deus, e ela faz tudo baseado no conhecimento que possui. No entanto, ainda há limitações por causa do conhecimento. Apenas Deus pode realizar toda a Sua obra e toda a Sua vontade, porque só Ele sabe o que quer fazer e só Ele faz o que quer. Além disso, qual criatura ousaria dizer que faz toda a vontade de Deus sem ter o conhecimento de toda a Sua vontade?Jesus expressa muita coisas que são não por causa do seu relacionamento com o pai, mas para nos seguirmos o seu exemplo e exercemos o nosso próprio relacionamento com o pai através dele mesmo. afasta de mim este cálice; porém não seja o que eu quero, mas o que tu queres.”não seja como eu quero, mas como tu queres.”todavia não se faça a minha vontade, mas a tua.”Lucas 22:42 / Marcos 14:36 / Mateus 26:39João 12:27-28Jesus não diz que não tem vontade alguma , mas que a sua vontade é a vontade do pai ... você consegue conceber que uma criatura do mais alto escalão na hierarquia poderia , dizer que a vontade dele é a vontade de Deus? > “Agora a minha alma está perturbada; e que direi eu? Pai, salva-me desta hora? Mas para isto vim a esta hora.[11]Não hei de beber eu o cálice que o Pai me deu?E que ele deve ser glorificado como o criador? São João 5:23[23]Desse modo, todos honrarão o Filho, bem como honram o Pai. São João 5:30[30]De mim mesmo não posso fazer coisa alguma. Julgo como ouço; e o meu julgamento é justo, porque não busco a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou.Se Jesus fizesse outra vontade além da vontade do pai ele seria tão pecador quanto as pessoas as quais ele dirige a palavra, veja que nos capítulos seguintes Jesus acusa eles de justamente faser a vontade que eles tiveram junto do pai deles , Satanás. Jesus nunca se rebaixou para engrandecer o pai ele mesmo explica .São João 5:23[23]Desse modo, todos honrarão o Filho, bem como honram o Pai. Aquele que não honra o Filho, não honra o Pai, que o enviou.São João 5:18[18]Por esta razão os judeus, com maior ardor, procuravam tirar-lhe a vida, porque não somente violava o repouso do sábado, mas afirmava ainda que Deus era seu Pai e se fazia igual a Deus.É costume dos seres humanos dar mais valor ao quadro da pintura do que o pintor que fez o quadro, porém Deus não é como os seres humanos ! ​A Glória de Jesus e a Honra de Deus​Jesus nunca é visto adorando a Deus. No entanto, o Pai lhe disse: "Já tenho te honrado e outra vez te glorificarei!" (João 12:28). Deus não atribui honra a uma criatura, pois isso usurparia a Sua honra, já que Ele criou todas as coisas. A cadeira não pode receber o elogio, pois foi o marceneiro quem a fez. O que Jesus teria de especial se Deus pudesse fazer outro igual a Ele?​O Filho só pode fazer o que vê o Pai fazer. Jesus viu tudo que Deus fez porque Ele estava antes da criação. Jesus diz: "Pai, glorifica-me com aquela glória que eu tinha contigo antes da criação do mundo" (João 17:5). Jesus sempre esteve com Deus, por isso Ele faz tudo o que Deus faz. Ele não pode fazer outra coisa, pois isso fugiria da sua própria natureza, que é fazer a vontade de Deus, vontade essa que é a vontade de Jesus. Em outras palavras, Deus só faz o que é da vontade de Jesus.​E se Ele faz exatamente como Deus faz, por que não pode receber a mesma glória de Deus? "Para que todos honrem o Filho como honram o Pai" (João 5:23). O mundo foi feito por Jesus, mas o mundo não O conheceu (João 1:10).​A Natureza de Deus e Jesus na Bíblia​Ninguém jamais viu a Deus. Isso é consolidado pelas próprias palavras de Deus na Lei de Moisés, que diz que ninguém jamais O viu e sobreviveu. Contudo, os profetas afirmaram categoricamente: "Vi o Senhor sentado sobre o trono", como em Ezequiel 1, Isaías 6 e Amós 9. Em João 12, o apóstolo João descreve que Isaías disse aquilo quando viu a glória de Jesus e escreveu sobre Ele. Já o apóstolo Paulo diz em Atos 28 que o respeito ao que o EspíritoSanto disse a Isaías, ou seja um paradoxo se o Espírito e Jesus, não são o mesmo jeova.​Quando Moisés descreve a criação, ele diz que "foram criadas as águas de cima e as águas de baixo", na mesma perspectiva do Espírito Santo que pairava sobre as águas em Gênesis 1:2. E no livro de Salmos, diz que tudo foi criado pelo "Espírito da boca de Deus" (Salmo 33:6).​A Bíblia explica que Jesus é a imagem de Deus em 2 Coríntios 4:4 e em Hebreus 1:3. Se Jesus fosse um ser finito, não poderia refletir com precisão a imagem do Deus infinito. Mas em Hebreus, diz que Ele é "a expressão exata do seu Ser" (Hebreus 1:3). Jesus é o Criador por isso adorá-lo e atribuir honra a ele não é idolatria/ Jesus não é a cadeira mais bem feita , ele mesmo é o " marceneiro " Romanos 1:25[25]Trocaram a verdade de Deus pela mentira, e adoraram e serviram à criatura em vez do Criador, que é bendito pelos séculos. Amém!Romanos 9:5[5]; deles descende Cristo, segundo a carne, o qual é, sobre todas as coisas, Deus bendito para sempre. Amém. De fato, Jesus não é a criatura. Como Ele é a imagem de Deus, todos que O adoram estão adorando a Deus, pois a imagem de Deus é equivalente a Deus.​O Papel de Jesus e o Espírito do Anticristo​João escreve no seu Evangelho, no capítulo 1, que João Batista foi enviado à frente de Jesus, o que significa que Jesus é o Senhor, para quem João Batista prepara o caminho (João 1:23). Outra vez, "eis que vos enviarei o meu mensageiro antes do dia do Senhor" (Malaquias 3:1), e Paulo diz que aquele dia é o "dia de Cristo" (Filipenses 1:6).​João 5:19: "Então Jesus lhes respondeu: Em verdade, em verdade vos digo que o Filho por si mesmo nada pode fazer, mas só aquilo que vê fazer o Pai; porque tudo quanto ele faz, também o Filho assim o faz."​Jesus sempre esteve com Deus, logo tudo que Deus faz Ele faz também. A criação, em São João 1:2-3, diz: "Ele estava no princípio junto de Deus. Tudo foi feito por ele, e sem ele nada foi feito." Em São João 1:10: "Estava no mundo e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o reconheceu."​Jesus não pode fazer nada que não seja a vontade de Deus, pois a vontade de Deus é a vontade de Jesus. Em outras palavras, Deus só faz o que é da vontade de Jesus, pois a vontade de Jesus é que Deus faça Sua vontade. Ambos têm a mesma vontade e o mesmo sentimento, pois Eles são um.​Além disso, como Jesus poderia receber glória como Deus sem ser objeto de idolatria? A idolatria não é somente fazer uma imagem de escultura, mas adorar a criatura em vez do Criador. No Evangelho de João, no capítulo 1, João nos dá informações valiosas sobre quem é Jesus:• ​São João 1:2-3: "Ele estava no princípio junto de Deus. Tudo foi feito por ele, e sem ele nada foi feito."• ​São João 1:10: "Estava no mundo e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o reconheceu."• ​São João 1:18: "Ninguém jamais viu Deus. O Filho único, que está no seio do Pai, foi quem o revelou."• ​São João 1:23: "Ele respondeu: Eu sou a voz que clama no deserto: Endireitai o caminho do Senhor, como o disse o profeta Isaías (40,3)."• No original essa voz que clama é o próprio jeova! E os 4 evangelhos atribuem que , João Batista preparou o caminho para Jesus, não é só preparar o povo para escutar a vós de Deus e Jesus como uma pessoa trazendo a mensagem de Deus , mas preparar o caminho do criador! Em Isaías 66 jeova dece em chamas de fogo para tomar vingança dos que não o conhecem isso é exatamente oque Paulo descreve de Jesus em 2 Tessalonicenses sobre o dia de jesus como sendo Jeová, eo jeova comosendo Jesus / 1. Manifestação em fogoIsaías 66:15 – “O Senhor virá em fogo... em chamas de fogo.”2 Ts 1:8 – “Em chama de fogo, tomando vingança.”Ambos falam do Senhor vindo em fogo de juízo.2. Vingança / JuízoIsaías 66:16 – “Com fogo e com sua espada entrará em juízo contra toda a carne.”2 Ts 1:8 – “Tomando vingança dos que não conhecem a Deus.”Mesmo tema: Deus intervindo em juízo universal.3. Contra os rebeldesIsaías 66:24 – “Verão os cadáveres dos que prevaricaram contra mim... seu fogo não se apagará.”2 Ts 1:9 – “Eterna perdição... longe da face do Senhor.”Ambos mostram o castigo eterno dos ímpios.4. Anúncio às nações / ilhasIsaías 66:18-19 – “Anunciarei a minha glória entre as nações... às ilhas remotas.”2 Ts 1:10 – “Quando vier para ser glorificado nos seus santos e admirável em todos os que creram.”Tanto Isaías quanto Paulo ligam o juízo ao anúncio da glória de Deus às nações.​A primeira informação é que tudo foi feito por Jesus e sem Jesus nada do que existe foi feito.​Nas cartas de João, ele diz que todo aquele que nega que Jesus Cristo assumiu a forma humana não é de Deus, mas se opõe a Jesus. Esse é justamente o espírito do anticristo, que se opõe a tudo o que se adora e que se chama Deus. Jesus assumiu a forma de homem para que Deus condenasse o pecado na carne de Jesus, a fim de que as santas demandas de Deus se cumprissem em nós, que já não andamos segundo a natureza humana, mas segundo a natureza do Espírito Santo, como está em Romanos 8.​Salvação e a Justiça de Deus​As Testemunhas de Jeová não negam que Jesus Cristo assumiu a forma humana, mas negam que Jesus seja eterno e que a obra d'Ele seja suficiente, pois eles acrescentam obras antes e depois da salvação. Ou seja, para eles, a fé na obra de Cristo não é suficiente para salvar. Pois, se a fé vier sozinha, não é suficiente. E também depois da salvação, porque se o membro da organização não se esforçar, ele perde a salvação.​Mesmo que Jesus tenha assumido a forma humana, a pessoa só é salva se ela se esforçar. Isso nega a suficiência da obra de Cristo como a única solução para levar o homem a Deus. Se houver outra forma de salvação além da obra de Cristo, então Jesus Cristo morreu em vão. Como Paulo escreve em Gálatas 2:21: "se a justiça provém da lei, logo segue-se que Cristo morreu em vão". Ele continua: "e não aniquilo a graça de Deus, porque se a justiça provém da lei, segue-se que Cristo morreu em vão".​Eles negam que Cristo morreu em vão de uma forma sutil e velada, pois a fé na obra de Cristo não é suficiente para salvar eternamente, precisa de algo mais. Esse é justamente o espírito do anticristo, que atribui glória a si mesmo em vez de atribuir a Deus, e se opõe a tudo o que se chama de Deus e se adora.​Em outras palavras, se eu for salvo pelos meus esforços, então o louvor é para mim. Mas se Deus me salva unicamente por eu confiar n'Ele, então o louvor é para Deus. É por isso que Paulo escreve que o justo viverá pela fé (Romanos 1:17) e não por fazer parte de alguma organização ou pelo esforço humano. Porque se o esforço humano entra na salvação, o louvor resulta para a criatura e não para o Criador.​Nesse mesmo assunto, o espectro do anticristo se manifesta quando eles negam que a justiça de Deus seja eterna. Isto é, a justiça seria apenas uma criação de Deus. Em algum momento, antes de Deus criar a justiça , não existiam bem nem mal, era uma coisa só. É por isso que eles dizem que o lago de fogo não tem duração eterna, mas consequência eterna ,. Se eles admitissem que a justiça de Deus é eterna e que a punição no lago de fogo é eterna, os que são submetidos ao juízo eterno teriam que ser, legitimamente ser substituidos por um ser eterno, isso é se o lago de fogo é eterno , logo a pessoa que vai substituir o pecador tem que ser eterno, não apenas sem fim, mas sem começo nem fim . Só Deus não tem começo nem fim , a justiça é o caráter do próprio Deus! E Jesus segundo eles não é sem começo, pois ele é uma criatura, a primeira , a obra prima de Deus, e segundo eles o lago de fogo é uma criação também, por isso deixará de existir quando aniquilar todos os infiéis . ​A resposta é que Deus não criou a justiça, pois a justiça é o próprio Deus. Deus olha para Si mesmo e julga as pessoas conforme Ele mesmo é. As pessoas que não são como Ele são condenadas eternamente. Pois se a justiça de Deus é eterna, quais seriam as consequências se a justiça não fosse? Descaradamente, eles negam a justiça de Deus, pois a justiça d'Ele é eterna, mas não nas pessoas. Isso contrasta exatamente com o perfil de Deus, que é ser justo. Eles colocam em jogo tanto a justiça de Deus quanto a bondade de Deus quando dizem que a salvação e o juízo de Deus não são eternos. Eles são exatamente como os homens de 1 Timóteo 4:2 e 2 Timóteo 3:5: homens que têm "aparência de piedade, mas negam a sua eficácia".---1. No Batismo de JesusDeus dá testemunho público de Seu Filho:📖 Mateus 3:16–17“E, sendo Jesus batizado, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo sobre ele. E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo.”---2. Na TransfiguraçãoDeus novamente confirma a glória de Seu Filho diante dos discípulos:📖 Mateus 17:5“Estando ele ainda a falar, eis que uma nuvem luminosa os cobriu; e da nuvem saiu uma voz, que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo; escutai-o.”---3. Na Entrada em Jerusalém, quando Jesus oraJesus pede ao Pai que o glorifique, e o Pai responde do céu:📖 João 12:27–28“Agora a minha alma está perturbada; e que direi eu? Pai, salva-me desta hora? Mas para isto vim a esta hora. Pai, glorifica o teu nome. Então veio uma voz do céu que dizia: Já o tenho glorificado, e outra vez o glorificarei.”---4. Na Oração SacerdotalJesus fala que o Pai já lhe deu glória e pede que seja plenamente manifestada:📖 João 17:1, 4–5“Jesus falou assim, e, levantando os olhos ao céu, disse: Pai, é chegada a hora; glorifica o teu Filho, para que também o teu Filho te glorifique a ti; (…) Eu glorifiquei-te na terra, tendo consumado a obra que me deste a fazer. E agora, glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse.”---5. Na RessurreiçãoA ressurreição é o maior ato de Deus Pai glorificando Jesus:📖 Atos 3:13, 15“O Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó, o Deus de nossos pais, glorificou a seu Filho Jesus, a quem vós entregastes e perante a face de Pilatos negastes, tendo ele determinado que fosse solto. (…) E matastes o Príncipe da vida, ao qual Deus ressuscitou dentre os mortos, do que nós somos testemunhas.”---6. Na Exaltação à Direita do PaiApós subir ao céu, Jesus recebe glória e honra de Deus:📖 Filipenses 2:9–11“Pelo que também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome; para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai.”📖 Hebreus 2:9“Vemos, porém, coroado de glória e de honra aquele Jesus que fora feito um pouco menor do que os anjos, por causa da paixão da morte, para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todos.”---São João 12:38[38]Assim se cumpria o oráculo do profeta Isaías: Senhor, quem creu em nossa pregação? E a quem foi revelado o braço do Senhor (Is 53,1)?🔹 1. Justificação dos homens📖 Isaías 53:11> “O Justo, meu Servo, justificará muitos homens, e tomará sobre si suas iniquidades.”👉 A justificação é prerrogativa divina.Isaías 45:25: “No Senhor será justificada e se gloriará toda a descendência de Israel.”Romanos 8:33: “É Deus quem justifica.”➡️ Se esse homem justifica, ele participa daquilo que só Deus pode fazer. Logo, ele não é mera criatura.---🔹 2. Carregar pecados e curar pela expiação📖 Isaías 53:5–6> “Mas ele foi castigado por nossos crimes, e esmagado por nossas iniquidades; o castigo que nos salva pesou sobre ele; fomos curados graças às suas chagas. (…) o Senhor fazia recair sobre ele o castigo das faltas de todos nós.”👉 Quem pode tomar sobre si os pecados de todos e ainda oferecer cura e salvação?Salmo 103:3: “É ele quem perdoa todas as tuas iniquidades e sara todas as tuas enfermidades.”Miquéias 7:18: “Quem é Deus semelhante a ti, que perdoa a iniquidade e esquece a transgressão do remanescente da sua herança?”➡️ Essa ação é divina, e se atribuída a um homem, significaria dar louvor de salvação a uma criatura. Aqui vemos que é o próprio braço do Senhor (Is 53:1) agindo.---🔹 3. O sacrifício expiatório aceito por Deus📖 Isaías 53:10> “Mas aprouve ao Senhor esmagá-lo pelo sofrimento; se ele oferecer sua vida em sacrifício expiatório, terá uma posteridade duradoura, prolongará seus dias, e a vontade do Senhor será por ele realizada.”👉 O termo aqui é “oferta pela culpa” (asham no hebraico), sacrifício que no sistema mosaico era oferecido a Deus.Nenhum homem poderia se oferecer a si mesmo como sacrifício aceito por Deus, a menos que fosse de natureza divina.Aqui esse Servo é aceito de forma única, cumprindo a vontade eterna de Deus.---🔹 4. Recebe honra, recompensa e parte com os grandes📖 Isaías 53:12> “Eis por que lhe darei parte com os grandes, e ele dividirá a presa com os poderosos: porque ele próprio deu sua vida, e deixou-se colocar entre os criminosos, tomando sobre si os pecados de muitos homens, e intercedendo pelos culpados.”👉 Esse Servo não apenas sofre, mas recebe exaltação, herança e vitória.Filipenses 2:9–11 mostra esse cumprimento: Deus lhe deu um Nome acima de todo nome, para que toda língua confesse que Ele é Senhor.➡️ Honra de governar e dividir a presa é linguagem de soberania — atributo do Criador.---🔹 5. O Servo como o Braço do Senhor📖 Isaías 53:1> “Quem poderia acreditar nisso que ouvimos? A quem foi revelado o braço do Senhor?”👉 O Servo aqui é identificado como o braço do Senhor, expressão usada no Antigo Testamento para o poder criador e salvador de Deus:Isaías 51:9: “Desperta, desperta, veste-te de força, ó braço do Senhor…”Deuteronômio 7:19: “o Senhor teu Deus te tirou [do Egito] com mão forte e braço estendido.”➡️ O Servo é o próprio braço de Deus revelado em carne.---📌 ConclusãoEm Isaías 53 vemos atributos divinos dados a esse Homem/Servo:1. Justifica muitos (Is 53:11) → só Deus justifica.2. Carrega pecados e cura (Is 53:5–6) → só Deus perdoa e sara.3. É sacrifício expiatório aceito (Is 53:10) → só Deus pode ser oferta eficaz.4. Recebe honra, herança e soberania (Is 53:12) → linguagem de vitória divina.5. É o braço do Senhor (Is 53:1) → manifestação direta do poder criador e salvador de Deus.✝️ Tudo isso mostra que o Servo de Isaías 53 não é uma criatura comum, mas o Deus-Homem, o Messias, que recebe honra como o próprio Criador.O Salmo 110:1 (109:1 na numeração católica) declara:“Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos por escabelo dos teus pés.”Nesse ponto, o salmista coloca o “Senhor” dele no nível de Deus. Se analisarmos cuidadosamente, temos apenas duas possibilidades: ou o Senhor de Davi é o próprio Deus, ou Davi está fazendo de uma criatura objeto de adoração. Se for apenas uma criatura, então trata-se de idolatria, pois uma criatura estaria recebendo a glória e a posição que pertencem somente ao Criador. Mas se não é idolatria, então esse Senhor só pode ser o próprio Deus, exaltado à Sua direita.Jesus confirma que esse salmo foi pronunciado pelo Espírito Santo:Marcos 12:36“Porque o mesmo Davi disse pelo Espírito Santo: Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos por escabelo dos teus pés.”Portanto, não é uma opinião pessoal de Davi, mas revelação divina, inspirada pelo Espírito.1. Deus não dá honra a criaturaO próprio Deus declara:Isaías 42:8“Eu sou o Senhor; este é o meu nome; a minha glória, pois, a outrem não darei, nem o meu louvor às imagens de escultura.”Logo, se o Senhor de Davi recebe glória, honra e exaltação ao lado do Pai, não pode ser criatura. Se fosse, isso violaria a própria palavra de Deus.Isso é reforçado em Mateus 4:10, quando Jesus responde à tentação de Satanás:“Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás.”A adoração pertence somente a Deus, e qualquer criatura que recebesse tal adoração seria objeto de idolatria.2. Jesus é adoradoMesmo assim, no próprio Evangelho de Mateus, Jesus é adorado pelos discípulos e por aqueles que reconhecem sua divindade:Mateus 14:33“Então os que estavam na barca o adoraram, dizendo: Verdadeiramente és Filho de Deus.”Mateus 28:9,17“E, quando o viram, o adoraram; alguns, porém, duvidaram.”Isso demonstra que Jesus é digno de adoração, mas não como criatura; Ele é Deus, o Messias divino, o próprio Senhor de Davi.3. Paralelo com Zacarias 13:7Zacarias 13:7“Ó espada, desperta-te contra o meu pastor, e contra o homem que é meu companheiro, diz o Senhor dos Exércitos...”O termo “companheiro” indica associação íntima com Deus. Uma criatura nunca poderia ocupar tal posição, nem ser chamada de “companheiro” do Senhor, pois isso configuraria idolatria.4. Confirmação pelo Novo TestamentoJesus, ao citar o Salmo 110:1, deixa claro que o Messias é Senhor de Davi, ou seja, é divino, não criatura:Mateus 22:43-45“Ele lhes disse: Como é então que Davi, em espírito, lhe chama Senhor... Se Davi, pois, lhe chama Senhor, como é seu filho?”Hebreus 1:13 também confirma que essa honra não foi dada a nenhum anjo ou criatura:“A qual dos anjos disse jamais: Assenta-te à minha direita, até que ponha os teus inimigos por escabelo dos teus pés?”---ConclusãoO Salmo 110:1 e Zacarias 13:7 mostram que:1. Deus não dá honra a criatura.2. O Senhor de Davi e o companheiro de Deus são o Filho eterno, que compartilha a glória do Pai.3. Jesus é adorado porque é Deus, e não criatura, confirmando que a adoração lhe é devida.🔹 Apocalipse 5Aqui temos a cena celestial, no trono literal de Deus.O trono visto por João corresponde ao mesmo que Isaías viu (Is 6) e Ezequiel descreveu (Ez 1), também ligado a Amós 9, onde Deus está em seu templo.Jesus é apresentado como o Cordeiro que foi morto, mas que também está no trono e, ao mesmo tempo, é descrito como estando à direita do Pai — mostrando a sua plena divindade e unidade com Deus.Os 24 anciãos que estão ao redor do trono são sacerdotes que representam a igreja glorificada, adorando a Cristo. Eles têm coroas e harpas, símbolos de realeza e adoração.O fato de o Cordeiro ser adorado pelos anciãos mostra que Ele recebe a mesma adoração divina que o Pai.---🔹 Apocalipse 6Ao abrir os selos, Jesus dá início ao plano de juízo de Deus sobre a terra.Aqui começa o cumprimento da visão de Romanos 11: Deus passa a tratar novamente com Israel, após o arrebatamento da igreja.O desenrolar dos selos mostra o princípio das dores, juízos e perseguições.No quinto selo, João vê a grande multidão de mártires debaixo do altar.Esse altar é o mesmo de onde foram tiradas brasas para purificar o pecado de Isaías (Is 6:6–7).Essa multidão é composta de gentios e judeus que morreram na tribulação, esperando a ressurreição futura.---🔹 Apocalipse 7O capítulo traz um parêntese consolador entre os juízos.1. Primeiro, aparecem os 144.000 israelitas selados, divididos por tribos.Eles permanecem vivos na terra, como remanescente fiel de Israel durante a tribulação.Representam o cumprimento de Romanos 11, quando Deus volta a lidar com Israel.2. Depois, João vê a grande multidão diante do trono e do Cordeiro.Eles estão debaixo do altar, como os mártires do capítulo 6.São os que vieram da “grande tribulação”, esperando a ressurreição para viver na terra juntamente com os 144.000.---📌 Conclusão O trono é literal, o mesmo visto por Isaías, Ezequiel e Amós.Jesus está no trono e à direita de Deus, recebendo adoração dos anciãos (a igreja).Os 144.000 são judeus vivos, preservados como remanescente de Israel.A grande multidão são gentios e judeus mortos na tribulação, aguardando a ressurreição debaixo do altar.No fim, todos — 144.000 e grande multidão — participarão do banquete eterno com Abraão, Isaque e Jacó na terra renovada.

Apenas os salvos operam prodígios em nome de Jesus?