o que a Bíblia Dake diz sobre o Novo Nascimento?
1. Uma mudança moral e espiritual, e não física.
A afirmação de que é uma mudança moral e espiritual, e não física, é fundamentalmente correta. O problema, no entanto, é a implicação de que a moralidade do homem é o ponto de partida. O novo nascimento é, primariamente, uma mudança de natureza, e a mudança de moral é apenas uma consequência. O ser humano não tem em si a capacidade moral de mudar, pois a “mente carnal é inimizade contra Deus” (Romanos 8:7).
2. Uma mudança de coração, vontade, motivos, desejos, vida e conduta.
Esta afirmação pode ser vista como correta no resultado final, mas é falha em sua premissa. O texto sugere que essa mudança é um processo que o ser humano de alguma forma inicia. A Bíblia ensina que a vontade do homem é escrava do pecado (João 8:34). A mudança de vontade e desejos é uma obra sobrenatural de Deus, que dá um novo coração (Ezequiel 36:26).
3. Uma mudança de mestres, não da constituição do corpo, alma ou espírito.
A afirmação é correta em seu sentido final, de que há uma mudança de domínio, de Satanás para Deus (Colossenses 1:13). No entanto, o novo nascimento não é simplesmente uma decisão de trocar de mestre. É uma transferência de reino feita por Deus, que nos liberta do domínio das trevas e nos transporta para o reino de Seu Filho amado.
4. A adoção de alguém da família de Satanás para a família de Deus.
Este ponto está correto. A adoção é um ato de Deus, que nos resgata do reino das trevas e nos torna Seus filhos pela graça (Efésios 1:5). É a manifestação visível da obra de regeneração operada por Ele.
5. Não a vinda à existência do corpo, alma ou espírito, mas a sua consagração em servir a Deus...
A ideia de que não é uma nova existência física está correta. O equívoco, entretanto, está na conotação de que o ser humano se "consagra". A consagração é uma resposta à vivificação que Deus opera. Estávamos "mortos em ofensas e pecados" (Efésios 2:1), e a consagração só é possível após Deus nos dar vida.
6. Não uma geração pelo Espírito Santo no mesmo sentido de Jesus..., mas uma renovação em justiça e verdadeira santidade.
Este ponto é fundamentalmente enganoso. A Bíblia ensina que o nascimento de Cristo é, sim, o protótipo ou as primícias do novo nascimento. A diferença essencial reside na natureza de cada um:
Cristo, sendo Deus, assumiu a natureza humana (sem pecado) sem deixar de ser Deus.
Nós, seres humanos caídos, recebemos a natureza divina sem deixarmos de ser humanos.
Ambos os eventos são uma obra sobrenatural do Espírito Santo, onde uma natureza é "agregada" a outra, de forma que o resultado é uma união inseparável. O novo nascimento é uma geração pelo Espírito Santo no exato sentido de ser uma obra soberana de Deus para dar uma nova vida, assim como o foi o nascimento de Cristo.
7. Uma mudança de natureza, não a vinda à existência desta natureza.
Este ponto é falso. O novo nascimento não é apenas uma "mudança" da natureza velha, mas a criação de uma nova natureza que antes não existia em nós. O novo nascimento operado pelo Espírito Santo apenas agrega uma natureza incorruptível e incontaminável que nos torna participantes da natureza divina (2 Pedro 1:4). É por isso que as Escrituras nos chamam de "nova criatura" (2 Coríntios 5:17), pois esta natureza é gerada pela Palavra de Deus (1 Pedro 1:23).
8. Uma mudança de favor, uma nova posição diante de Deus.
Este ponto está correto. Pela justificação, somos reconciliados com Deus e Ele nos declara justos (Romanos 5:1). Essa mudança de posição é uma obra totalmente de Deus, sem qualquer mérito ou ação humana.
9. Uma mudança de caráter, estado e serviço.
O novo nascimento realmente leva a uma mudança de caráter e serviço, com a pessoa
produzindo o fruto do Espírito (Gálatas 5:22).
No entanto, a falha está na implicação de que a mudança de caráter é algo que a pessoa busca por conta própria. O novo caráter é um dom de Deus, o resultado de uma obra interna que Ele opera.
10. A conotação de que o arrependimento e a fé são a causa do novo nascimento.
Este é o ponto mais problemático do texto. A afirmação “no momento em que alguém... se arrepende e crê... uma mudança moral e espiritual ocorre” inverte a ordem bíblica da salvação. O ser humano não se arrepende e crê por conta própria; a fé e o arrependimento são dons de Deus, que são dados somente após a pessoa ser vivificada pelo Espírito Santo. Ninguém pode vir a Cristo se o Pai não o atrair (João 6:44). O novo nascimento é a causa da fé, e não o contrário.
O novo nascimento (4.19)
10 fatos sobre o novo nascimento
1 Uma mudança moral e espiritual, e não física f (v. 29; Jo 3.1-8).
🔎 Análise à luz dos 5 princípios:
1. Difusão do evangelho – Se for entendido como obra de Deus (não apenas esforço humano), favorece o testemunho correto do evangelho. Mas, se entendido como moralidade humana, enfraquece, pois reduz o novo nascimento a ética.
2. Glória a Deus – Só glorifica a Deus se reconhecida como obra d’Ele. A ideia de mudança moral como iniciativa do homem tira a glória de Deus.
3. Utilidade pessoal – É útil, pois transforma a vida; mas só se a mudança é fruto do Espírito (Romanos 8:7 mostra que o homem carnal não pode se sujeitar a Deus).
4. Utilidade para o próximo – Uma vida regenerada beneficia os outros; porém, se a base é apenas moralismo humano, não há poder real de mudança.
5. Conformidade bíblica – Parcial. João 3:3–8 mostra que o novo nascimento é espiritual, mas a conotação de ser uma mudança de moralidade humana não se sustenta.
✅ Conclusão
O ponto 1 cumpre os 5 princípios apenas se entendido como obra exclusiva de Deus. Se interpretado como moralismo humano, fere os princípios 1, 2 e 5, pois desloca a glória e o poder do evangelho para a capacidade do homem.
2 Uma mudança de coração, vontade, motivos, desejos, vida e conduta, e não no organismo (2 Co 5.17,18).
🔎 Análise à luz dos 5 princípios:
1. Difusão do evangelho – Cumpre parcialmente. A mudança real só fortalece o evangelho se for obra de Deus; se entendida como iniciativa humana, enfraquece o testemunho da salvação divina.
2. Glória a Deus – A glória a Deus depende da obra sobrenatural. A ideia de esforço humano desloca a glória do Criador para a ação do homem.
3. Utilidade pessoal – Transformadora se for feita pelo Espírito; como esforço próprio, a mudança não é duradoura nem plena.
4. Utilidade para o próximo – Beneficia outros apenas se a mudança é autêntica, fruto do Espírito.
5. Conformidade bíblica – Parcialmente falha. João 8:34 e Ezequiel 36:26 mostram que a vontade do homem é escrava do pecado e que só Deus pode dar um novo coração.
✅ Conclusão breve:
O ponto 2 cumpre os 5 princípios apenas quando entendido como obra sobrenatural de Deus. Interpretado como mudança iniciada pelo homem, falha nos princípios 1, 2 e 5, pois ignora a necessidade da regeneração divina.
3 Uma mudança de mestres, não da consti-tuição do corpo, alma ou espírito (Rm 6.11-23; r 8.1-4).
🔎 Análise à luz dos 5 princípios:
1. Difusão do evangelho – Correto se entendido como libertação feita por Deus (Colossenses 1:13). Mas se visto apenas como decisão humana de trocar de mestre, enfraquece o evangelho.
2. Glória a Deus – Só glorifica a Deus quando reconhecido como obra d’Ele. Se for tratado como escolha humana, a glória é desviada para o homem.
3. Utilidade pessoal – Realmente útil, pois liberta do domínio das trevas; mas só se a transferência for feita por Deus. Como esforço humano, não tem poder real.
4. Utilidade para o próximo – Uma vida sob o governo de Cristo traz benefícios a outros, mas apenas quando é transformação autêntica do Espírito.
5. Conformidade bíblica – Parcial. O ensino bíblico mostra que não é apenas “troca de mestres”, mas uma obra de Deus que nos transporta de um reino para outro (Colossenses 1:13).
✅ Conclusão breve:
O ponto 3 cumpre os 5 princípios apenas quando entendido como obra de Deus. Se reduzido a uma decisão humana, fere os princípios 1, 2 e 5, porque ignora a ação soberana de Deus na regeneração.
4 A adoção de alguém da família de Satanás para a família de Deus (Rm 8.14-16; GI 4.5; Ef 1.5).
🔎 Análise à luz dos 5 princípios:
1. Difusão do evangelho – Cumpre, pois a mensagem da adoção fortalece o testemunho da graça de Deus (Efésios 1:5).
2. Glória a Deus – Totalmente cumprido, porque a adoção é obra divina, não mérito humano.
3. Utilidade pessoal – Elevada, já que dá ao regenerado identidade e segurança como filho de Deus.
4. Utilidade para o próximo – Também cumpre, pois o adotado manifesta amor e serviço ao próximo como reflexo da nova filiação.
5. Conformidade bíblica – Plena, visto que a adoção é ensinada claramente (Romanos 8:14-16; Gálatas 4:5).
✅ Conclusão breve:
O ponto 4 cumpre integralmente os 5 princípios, pois reflete fielmente a doutrina bíblica da adoção como ato soberano de Deus, sem espaço para glória humana.
5 Não a vinda à existência do corpo, alma ou espírito, como no nascimento natural, mas a sua consagração em servir a Deus e à santi-dade, em vez de a Satanás e ao pecado (Rm 6.16-22; 8.1-13; CI 3.5-10; GI 5.16-26)0
🔎 Análise à luz dos 5 princípios:
1. Difusão do evangelho – Parcial. A ênfase na consagração pode ser boa, mas se entendida como ação humana antes da regeneração, enfraquece o testemunho do evangelho.
2. Glória a Deus – Só cumpre se a consagração for vista como resposta à vivificação divina (Efésios 2:1). Se colocada como mérito humano, rouba a glória de Deus.
3. Utilidade pessoal – Cumpre apenas quando fruto da vida nova recebida do Espírito; como esforço humano, não tem valor real (Romanos 8:8).
4. Utilidade para o próximo – A verdadeira consagração produz serviço ao próximo; mas se for moralismo humano, não gera fruto espiritual.
5. Conformidade bíblica – Parcial. A Bíblia mostra que primeiro Deus dá vida, depois o homem pode se consagrar (Romanos 12:1; Efésios 2:5).
✅ Conclusão breve:
O ponto 5 cumpre os 5 princípios apenas se entendido como consequência da obra divina. Se visto como ação autônoma do homem, falha nos princípios 1, 2 e 5, pois ignora que a consagração só é possível após Deus vivificar.
6 Não uma geração pelo Espírito Santo no mes-mo sentido de Jesus, e Ele é o Filho unigênito de Deus (Jo 1.14,18, 3.16), mas uma renovação em justiça e verdadeira santidade de alguém que já existe (Ef 4.23,24; Cl 3.10; SI 51.10).
🔎 Análise à luz dos 5 princípios:
1. Difusão do evangelho – Parcial. A distinção forçada entre o nascimento de Cristo e o novo nascimento pode confundir o evangelho, reduzindo a regeneração a mera reforma moral.
2. Glória a Deus – Fere a glória de Deus, pois diminui a soberania do Espírito na regeneração, tratando-a como simples renovação ética.
3. Utilidade pessoal – Fraca, pois se a regeneração é vista apenas como ajuste moral, não liberta plenamente do pecado (João 3:5-6).
4. Utilidade para o próximo – Limitada, já que sem a verdadeira obra do Espírito, não há fruto duradouro para edificação do próximo.
5. Conformidade bíblica – Não cumpre. A Escritura mostra que o novo nascimento é obra criadora do Espírito Santo, paralelo espiritual ao nascimento de Cristo (Lucas 1:35; João 1:13; 1 Pedro 1:23).
✅ Conclusão breve:
O ponto 6 não cumpre integralmente os 5 princípios. Ele falha especialmente nos princípios 2 e 5, porque minimiza a obra criadora do Espírito e reduz o novo nascimento a mera renovação moral, em desacordo com o ensino bíblico.
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7. Uma mudança de natureza, não a vinda à existência desta natureza (Rm 3.24,25; 2 Co 5:17; Tt-3.5)
🔎 Análise à luz dos 5 princípios:
1. Difusão do evangelho – Enfraquece, pois transmite a ideia de que a natureza antiga apenas é ajustada, e não substituída, obscurecendo a mensagem de “nova criatura” (2 Coríntios 5:17).
2. Glória a Deus – Fere, porque minimiza o poder criador de Deus ao tratar a regeneração como mera alteração da velha natureza.
3. Utilidade pessoal – Limitada, pois se a natureza velha não é substituída, o crente não tem plena vitória sobre o pecado (Efésios 4:24).
4. Utilidade para o próximo – Prejudicada, já que uma mudança incompleta não gera frutos consistentes para edificação dos outros.
5. Conformidade bíblica – Não cumpre. A Bíblia ensina que o novo nascimento cria algo que antes não existia (1 Pedro 1:23; 2 Pedro 1:4).
✅ Conclusão breve:
O ponto 7 não cumpre os 5 princípios, pois contradiz a revelação bíblica: não somos apenas “ajustados”, mas novas criaturas em Cristo.
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8 Uma mudança de favor, uma nova posição diante de Deus (Rm 5.1,2; Ef 2.1-9; Tt 2.11-14; 2 Pe 3.18; 1 Jo 3:8-10)... -
🔎 Análise à luz dos 5 princípios:
1. Difusão do evangelho – Cumpre, pois proclama claramente a justificação e reconciliação com Deus (Romanos 5:1).
2. Glória a Deus – Cumpre totalmente, já que a justificação é obra de Deus, não de mérito humano.
3. Utilidade pessoal – Elevada, pois dá ao crente paz, segurança e certeza de salvação.
4. Utilidade para o próximo – Cumpre, porque alguém que vive em paz com Deus transmite essa graça aos outros.
5. Conformidade bíblica – Plena, confirmada em passagens como Efésios 2:8-9 e Colossenses 1:13-14.
✅ Conclusão breve:
O ponto 8 cumpre integralmente os 5 princípios, pois reflete fielmente a doutrina bíblica da justificação e da nova posição diante de Deus.
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9 Uma mudança de caráter, estado e serviço (Rm 3.24-31, 5.1-11; 1 Co 13; Gl 5.21,22; 2 Tm 2.21; Tt 2.11-14),
🔎 Análise à luz dos 5 princípios:
1. Difusão do evangelho – Cumpre parcialmente. Quando visto como fruto da obra de Deus, fortalece o evangelho; mas se entendido como esforço humano, obscurece a graça.
2. Glória a Deus – Só cumpre plenamente quando a transformação é atribuída ao Espírito Santo (Gálatas 5:22). Se vista como conquista própria, a glória é desviada.
3. Utilidade pessoal – Elevada, pois o novo caráter dá firmeza espiritual; mas apenas se for dom divino, não mera disciplina humana.
4. Utilidade para o próximo – Cumpre, pois o fruto do Espírito edifica a comunidade e promove o serviço cristão.
5. Conformidade bíblica – Parcial. A Bíblia mostra que não é o homem quem “constrói” o novo caráter, mas o Espírito que o gera (2 Coríntios 3:18).
✅ Conclusão breve:
O ponto 9 cumpre os 5 princípios apenas quando visto como resultado da obra do Espírito. Se interpretado como busca autônoma do homem, falha nos princípios 1, 2 e 5.
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10 Não há comparação entre o nascimento natural e o espiritual quanto à escolha no ato, concepção, estado embrionário, processo e o nascimento em si. No momento em que al-
guém cresce o suficiente para reconhecer que é um pecador e quando se arrepende e crê no evangelho, uma mudança morale espiritual ocorre (Mc 1.15; 2 Co 5.17,18; Rm 1.16; 10.9,10;
Ef 2.8,9; 1 Jo 1.9). No momento em que ele de-cide pecar novamente, tem uma queda moral e incorre na pena de violar a lei novamente e volta a ficar sob a sentença de morte (Tg 1.13-15; 5.19,20; Rm 6.11-23; 8.1-13; Jo 8.34; 2 Pe 2.19-22; Hb 6.4-9; 10.26-29; GI 5.4,19-21; 1 Co 6.9-11; 1 Jo 3.9,10; Ez 18.4 etc.). Se o homem peca, deve ser perdoado e restaurado ou pagar a pena de morte como em Gálatas 6,7,8 e nas passagens anteriores.
Analize cada ponto e diga de forma breve se o segunte tópico compre os requisitos, seja imparcial e onesto !
Ótimo 🙌 vamos ao ponto 10.
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10. Para fazer tudo o que agrada a Deus
🔎 Análise à luz dos 5 princípios:
1. Difusão do evangelho – Cumpre apenas se for entendido que Deus mesmo capacita o homem a agradá-Lo. Caso contrário, vira moralismo e não promove o evangelho.
2. Glória a Deus – Só cumpre quando reconhecemos que o querer e o realizar vêm de Deus (Filipenses 2:13). Se atribuído ao esforço humano, rouba a glória divina.
3. Utilidade pessoal – Elevada, pois o crente encontra segurança e direção em viver agradando a Deus; mas apenas se não pesar como fardo de obras.
4. Utilidade para o próximo – Cumpre, já que uma vida agradável a Deus inspira, edifica e serve de testemunho aos outros.
5. Conformidade bíblica – Parcial. A Bíblia afirma que só se pode agradar a Deus pela fé (Hebreus 11:6), e não por esforço humano isolado.
✅ Conclusão breve:
O ponto 10 cumpre os 5 princípios quando reconhece que é Deus quem opera em nós o querer e o efetuar. Se visto como obra da carne, falha nos princípios 1, 2 e 5.
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