15 contradições nos evangelhos!!!! Jesus não ressuscitou!?
As Supostas Contradições da Ressurreição de Cristo
As chamadas contradições nos relatos bíblicos sobre a ressurreição não são, na verdade, incoerências, mas sim diferenças de perspectiva e ênfase. A análise cuidadosa dos textos mostra que os relatos se complementam, formando um quadro unificado. A seguir, apresentamos os 15 pontos de questionamento e a sua harmonização.
1. Quem foi ao túmulo?
A aparente contradição é que cada evangelho cita mulheres diferentes.
Refutação: Não há contradição, mas sim uma seleção de informações. Cada autor dos evangelhos destacou as pessoas conforme sua própria ênfase. João, por exemplo, foca em Maria Madalena, enquanto Lucas, sendo mais detalhista, lista outras mulheres. A soma dos relatos mostra que várias mulheres foram ao túmulo, mas cada escritor destacou aquelas que eram relevantes para sua narrativa. Um evangelho não nega o outro; ele apenas acrescenta informações.
2. Quantos anjos estavam no túmulo?
Mateus menciona um anjo, enquanto Marcos fala de um jovem. Já Lucas e João descrevem dois anjos.
Refutação: A Bíblia nunca afirma que havia somente um anjo. Mateus e Marcos podem ter focado em apenas um dos anjos, provavelmente o que falou com as mulheres. A divergência é apenas na quantidade registrada, e o fato de haver dois não nega a presença de um. Portanto, os relatos são complementares, não contraditórios.
3. A pedra já tinha sido removida?
Mateus descreve o anjo removendo a pedra diante das mulheres, enquanto Marcos, Lucas e João dizem que a pedra já tinha sido removida quando elas chegaram.
Refutação: O texto de Mateus 28:2, no grego, pode ser entendido como um ato prévio. Ele diz que "houvera um grande terremoto", indicando que a remoção da pedra aconteceu antes da chegada das mulheres. Ou seja, Mateus descreve o evento de remoção, mas não necessariamente que ele ocorreu naquele exato momento. Quando as mulheres chegaram, a pedra já estava removida, o que está em harmonia com os outros relatos.
4. Quais foram as últimas palavras de Jesus?
Mateus e Marcos registram: "Deus meu, por que me desamparaste?". Lucas registra: "Pai, em tuas mãos entrego meu espírito". Já João descreve: "Está consumado."
Refutação: Jesus pronunciou todas essas frases, e cada evangelista escolheu destacar a que era mais relevante para seu enfoque. Lucas enfatizou a entrega confiante de Jesus ao Pai, João destacou a vitória de Cristo sobre a morte, e Mateus e Marcos deram ênfase ao cumprimento profético do Salmo 22:1. Portanto, as frases não são contraditórias, mas sim complementares.
5. A hora da crucificação?
Marcos menciona que a crucificação ocorreu por volta das 9h da manhã, enquanto João diz que foi por volta do meio-dia.
Refutação: A diferença se explica pelo uso de sistemas horários diferentes. Os judeus contavam as horas a partir do nascer do sol (cerca das 6h da manhã), enquanto os romanos contavam a partir do meio-dia. Supondo que Marcos usou o sistema judaico (a terceira hora) e João o sistema romano (a sexta hora), ambos os relatos estão corretos.
6. Escuridão e terremoto
Apenas Mateus, Marcos e Lucas mencionam a escuridão e o terremoto, enquanto João não os cita.
Refutação: O silêncio de João não é uma negação. O autor de João frequentemente omite eventos que já eram conhecidos através dos outros evangelhos, pois sua prioridade era apresentar um relato com ênfase mais teológica, e não uma cronologia exaustiva. A ausência de menção por parte de João não invalida os relatos dos outros evangelistas.
7. O véu do templo
Mateus e Marcos afirmam que o véu do templo foi rasgado após a morte de Jesus, mas Lucas sugere que foi antes de Ele expirar.
Refutação: A ordem de Lucas pode ser entendida como uma descrição geral dos sinais que acompanharam a morte de Jesus, não necessariamente uma cronologia precisa. Já Mateus e Marcos parecem ser mais cronológicos, mostrando a sequência exata dos eventos: a morte de Jesus, seguida pelo rasgar do véu. No entanto, os três relatos concordam que os eventos ocorreram de forma simultânea.
8. Os "mortos-vivos" em Mateus
Apenas o Evangelho de Mateus registra que, após a ressurreição de Cristo, muitos corpos de santos ressuscitaram e apareceram em Jerusalém.
Refutação: O fato de um evento ser exclusivo de um evangelho não o torna falso. Cada autor dos evangelhos registrou o que lhe foi transmitido, e Mateus, escrevendo para um público judeu, destacou sinais escatológicos importantes para essa cultura. O silêncio dos outros evangelhos sobre este ponto não o invalida.
9. Os 500 irmãos de Paulo
Apenas Paulo, em sua primeira carta aos coríntios, menciona que Jesus ressuscitado apareceu para mais de 500 irmãos ao mesmo tempo.
Refutação: O testemunho de Paulo é independente dos evangelhos e, na verdade, reforça a veracidade da ressurreição. Ele escreveu sua carta por volta de 55 d.C., antes de os evangelhos sinóticos serem finalizados, e o fato de que um grande grupo de pessoas foi testemunha do mesmo evento corrobora os relatos dos evangelistas.
10. A ascensão de Jesus
Marcos e Lucas parecem indicar que a ascensão de Jesus ocorreu no mesmo dia da ressurreição, enquanto o livro de Atos afirma que foi 40 dias depois.
Refutação: Lucas é o autor tanto do Evangelho de Lucas quanto do livro de Atos. Em seu evangelho, ele faz um resumo dos eventos, enquanto em Atos ele apresenta um relato mais detalhado. Não são versões diferentes, mas níveis distintos de detalhe, e o resumo não contradiz a versão mais completa.
11. Galileia ou Jerusalém?
Mateus e Marcos dizem que Jesus ordenou que os discípulos fossem para a Galileia, enquanto Lucas e Atos afirmam que eles deveriam ficar em Jerusalém.
Refutação: Mateus 28:16-17 registra que os onze foram para a Galileia e ali viram Jesus (encontro galileu). João também registra aparições em Jerusalém (salão superior — João 20) e uma aparição posterior na Galileia junto ao mar de Tiberíades (João 21:1-14).
Lucas / Atos: Lucas 24 enfatiza aparições em e perto de Jerusalém e dá instrução para aguardarem ali o cumprimento da promessa; Atos 1:3 diz que Jesus se apresentou vivo por 40 dias e Atos 1:9-12 relata a ascensão em Betânia/Monte das Oliveiras, com o retorno dos discípulos a Jerusalém.
Harmonização plausível: houve múltiplas aparições em momentos e lugares diferentes — algumas em Jerusalém logo após a ressurreição, outras na Galileia (conforme ordem de Jesus em Mateus). As aparições se estenderam por um período (Atos 1:3 = 40 dias) e a ascensão ocorreu ao fim desse período em Jerusalém/Betânia, quando os discípulos então retornaram a Jerusalém.
12. As primeiras palavras do ressuscitado
Cada evangelho registra uma fala inicial diferente de Jesus ressuscitado.
Refutação: Isso se explica porque Jesus apareceu em momentos diferentes e para pessoas diferentes. A primeira fala a Maria (João 20) não invalida a saudação posterior aos discípulos (Mateus 28; Lucas 24), e não há contradição nisso.
13. Ninguém reconhecia Jesus?
Lucas e João relatam uma certa demora em reconhecer Jesus, mas Mateus e Marcos indicam que o reconhecimento foi imediato.
Refutação: O corpo glorificado de Jesus tinha propriedades diferentes das de seu corpo físico, o que por vezes dificultava o reconhecimento imediato. Essa dificuldade na percepção reforça a natureza sobrenatural da ressurreição, em vez de invalidá-la.
14. Nenhum historiador menciona a ressurreição?
Questiona-se que historiadores antigos como Filo, Josefo e Tácito não mencionaram o evento.
Refutação: Muitos historiadores antigos ignoraram eventos locais, mas há registros que corroboram a narrativa. O historiador Tácito, por exemplo, menciona a execução de Cristo sob Pôncio Pilatos. Além disso, os evangelhos foram escritos na mesma geração do evento, enquanto testemunhas oculares ainda estavam vivas, o que dá validade aos relatos.
15. Teólogos modernos negam a ressurreição?
Muitos teólogos modernos, como Bultmann, Ehrman e Spong, negam a ressurreição de Cristo.
Refutação: A autoridade para a fé cristã não reside na opinião de estudiosos modernos, mas nas Escrituras e no testemunho apostólico. A Bíblia já alertava para aqueles que, sem fé, não seriam capazes de entender as coisas divinas. O ceticismo desses teólogos prova apenas que a razão humana, por si só, não alcança a revelação espiritual.
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